Haiti

país no Caribe
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Haiti (pronunciado em português europeu[ajˈti]; pronunciado em português brasileiro[ajˈtʃi]; em francês: Haïti, pronunciado: [a.iti]; em crioulo haitiano: Ayiti), oficialmente República do Haiti (République d'Haïti; Repiblik Ayiti[7]), é um país do Caribe. Ocupa uma pequena porção ocidental da ilha de Hispaniola, no arquipélago das Grandes Antilhas, que partilha com a República Dominicana. Ayiti ("terra de altas montanhas") era o nome indígena dos taínos para a ilha.


República do Haiti
République d'Haïti (francês)
Repiblik Ayiti (crioulo haitiano)
Bandeira do Haiti
Brasão de armas do Haiti
Brasão de armas do Haiti
Bandeira Brasão de armas
Lema: "L'union fait la force" ("A união faz a força")
Hino nacional: "La Dessalinienne" ("A Dessaliniana")
noicon
Gentílico: haitiano(a)[1]

Localização República do Haiti
Localização República do Haiti

Capital Porto Príncipe
18° 32' N 72° 20' O
Cidade mais populosa Porto Príncipe
Língua oficial Francês e crioulo haitiano
Governo República unitária semipresidencialista
• Presidente Sem Representante
• Primeiro-ministro Michel Patrick Boisvert
Independência da França 
• Declarada 1 de janeiro de 1804 
• Reconhecida 1825 
Área  
  • Total 27 750 km² (143.º)
 • Água (%) 0,7
 Fronteira República Dominicana
População  
  • Estimativa para 2018 11 439 646 [2] hab. (88.º)
 • Densidade 292 hab./km² (28.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 18,535 bilhões*[3] 
 • Per capita US$ 1 771[3] 
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 8,919 bilhões*[3] 
 • Per capita US$ 852[3] 
IDH (2022) 0,552 (158.º) – médio[4]
Gini (2001) 59,2[5] 
Moeda Gourde (HTG)
Fuso horário UTC −5
 • Verão (DST) UTC −4[6]
Hora atual: 23:21
Cód. ISO HTI
Cód. Internet .ht
Cód. telef. +509
Website governamental http://primature.gouv.ht
¹ "Dessaliniana" vem de Jean Jacques Dessalines, líder revolucionário do Haiti.

Em francês o país é chamado de La Perle des Antilles (A Pérola das Antilhas), por conta de sua beleza natural. O ponto mais alto do país é Pic la Selle, com 2 680 metros de altitude. Tanto em área quanto em população, o Haiti é o terceiro maior país do Caribe (depois de Cuba e da República Dominicana), com 27 750 quilômetros quadrados e cerca de 10,4 milhões de habitantes, sendo que pouco menos de um milhão deles vivem na capital, Porto Príncipe. O francês e o crioulo haitiano são as línguas oficiais do país.[8][9]

A posição histórica e etnolinguística do Haiti é única por várias razões. Quando conquistou a independência em 1804, se tornou a primeira nação independente da América Latina e do Caribe, sendo o único país do mundo estabelecido como resultado de uma revolta de escravos bem-sucedida e a segunda república da América. A Revolução Haitiana, feita por escravos e negros libertos, durou quase uma década; todos os primeiros líderes do governo foram antigos escravos.[10] O país é uma das duas nações independentes do continente americano (junto com o Canadá) que designa o francês como língua oficial;[11] as outras áreas de língua francesa no continente são todos departamentos ou coletividades ultramarinas da França.

O Haiti é o mais populoso membro pleno da Comunidade do Caribe (CARICOM). O país também é um membro da União Latina. Em 2012, o Haiti anunciou sua intenção de obter o estatuto de membro associado da União Africana.[12] É o país menos desenvolvido, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A violência política tem ocorrido regularmente ao longo da história do país, o que levou a instabilidade no governo. Mais recentemente, em fevereiro de 2004, um golpe de Estado originário do norte do país forçou a renúncia e o exílio do presidente Jean-Bertrand Aristide. Um governo provisório assumiu o controle com a segurança proporcionada pela Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH).

História editar

 Ver artigo principal: História do Haiti

Primeiros povos e colonização editar

 Ver artigo principal: São Domingos (colônia francesa)
 
Chefaturas da ilha de Hispaniola.

Os primeiros humanos nesta ilha, conhecida como Quisqueya pelos índios arauaques (ou taínos) e caraíbas,[13] chegaram à ilha há mais de 7 mil anos. Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo chegou a uma grande ilha, à qual deu o nome de Hispaniola. Mais tarde passou a ser chamada de São Domingos pelos franceses. Dividida entre dois países, a República Dominicana e o Haiti, é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76 192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 641 quilômetros de extensão entre seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão, pequeno crocodilo abundante na região, cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de La Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).[carece de fontes?]

A Ilha Hispaniola foi visitada por Cristóvão Colombo em 1492. Já no fim do século XVI, quase toda a população nativa havia desaparecido, escravizada ou morta pelos colonizadores. A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, foi cedida à França pela Espanha em 1697. No século XVIII, a região foi a mais próspera colônia francesa na América, graças à exportação de açúcar, cacau e café.[carece de fontes?]

Independência editar

 Ver artigo principal: Revolução Haitiana
 
Batalha em San Domingo, pintado por January Suchodolski representando uma luta entre as tropas polonesas ao serviço francês e os rebeldes do Haiti.
 
Representação do massacre de 1804.

Após uma revolta de escravos, em 1794, o Haiti tornou-se o primeiro país das Américas e, talvez, do mundo a abolir a escravidão[carece de fontes?]. Nesse mesmo ano, a França passou a dominar toda a ilha. Em 1801, o ex-escravo Toussaint Louverture tornou-se governador-geral, mas, logo depois, foi deposto e morto pelos franceses. O líder Jean Jacques Dessalines organizou o exército e derrotou os franceses em 1803. No ano seguinte, foi declarada a independência (o segundo país a se tornar independente nas Américas) e Dessalines proclamou-se imperador. Como forma de retaliação, em 1804, os escravistas europeus e estadunidenses mantiveram o Haiti sob bloqueio comercial por 60 anos.[carece de fontes?]

Em 1815 Simon Bolívar refugiou-se no Haiti, após o fracasso de sua primeira tentativa de luta contra os espanhóis. Recebeu dinheiro, armas e pessoal militar, com a condição de que abolisse a escravidão nas terras que libertasse. Posteriormente, para pôr fim ao bloqueio, o Haiti, sob o governo de Jean Pierre Boyer, cercado pela frota da ex-metrópole, concordou em assinar um tratado pelo qual seu país pagaria à França a quantia de 150 milhões de francos a título de indenização. A dívida depois foi reduzida para 90 milhões, mas assim mesmo isso exauriu a economia do país.[carece de fontes?]

Após um período de instabilidade, o Haiti foi dividido em dois e a parte oriental - atual República Dominicana - reocupada pela Espanha. Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer reunificou o país e conquistou toda a ilha. Em 1844, porém, uma nova revolta derrubou Boyer e a República Dominicana conquistou a independência.[carece de fontes?]

Século XX editar

Da segunda metade do século XIX ao começo do século XX, 20 governantes sucederam-se no poder. Desses, 16 foram depostos ou assassinados. Tropas dos Estados Unidos ocuparam o Haiti entre 1915 e 1934 sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país. O almirante William B. Caperton impôs ao governo uma convenção cujas cláusulas depositavam a administração civil e militar, as finanças, as alfândegas e o banco do Estado (substituído pelo National City Bank) em mãos norte-americanas. Para quebrar a rebelião, proclamou a lei marcial sobre toda a extensão do território.[14] Em 1946 foi eleito um presidente negro, Dumarsais Estimé. Após a derrubada de mais duas administrações governamentais, o médico François Duvalier foi eleito presidente em 1957.[carece de fontes?]

François Duvalier, conhecido como Papa Doc, apoiado pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria, instaurou uma feroz ditadura baseada no terror policial dos tontons macoutes (bichos-papões) - sua guarda pessoal - e na exploração do vodu. Presidente vitalício, a partir de 1964, Duvalier exterminou a oposição e perseguiu a Igreja Católica. Papa Doc morreu em 1971 e foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier - o Baby Doc.[carece de fontes?]

Em 1986, Baby Doc decretou estado de sítio. Os protestos populares se intensificaram e ele fugiu com a família para a França; deixando em seu lugar o General Henri Namphy. Eleições foram convocadas e Leslie Manigat foi eleito, em pleito caracterizado por grande abstenção. Manigat governou de fevereiro a junho de 1988, quando foi deposto por Namphy. Três meses depois, outro golpe pôs no poder o chefe da guarda presidencial, General Prosper Avril.[carece de fontes?]

Depois de mais um período de grande conturbação política, foram realizadas eleições presidenciais livres em dezembro de 1990, vencida pelo padre salesiano Jean-Bertrand Aristide, ligado à teologia da libertação. Em setembro de 1991, Aristide foi deposto num golpe de Estado liderado pelo General Raoul Cédras e se exilou nos EUA. A Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização das Nações Unidas (ONU) e os EUA impuseram sanções econômicas ao país para forçar os militares a permitirem a volta de Aristide ao poder.[carece de fontes?]

Em julho de 1993, Cedras e Aristide assinaram pacto em Nova York, acordando o retorno do governo constitucional e a reforma das Forças Armadas. Em outubro de 1993, porém, grupos paramilitares impediram o desembarque de soldados norte-americanos, integrantes de uma Força de Paz da ONU. O elevado número de refugiados haitianos que tentavam ingressar nos EUA fez aumentar a pressão americana pela volta de Aristide. Em maio de 1994, o Conselho de Segurança da ONU decretou bloqueio total ao país. A junta militar empossou um civil, Émile Jonassaint, para exercer a presidência até as eleições marcadas para fevereiro de 1995. Os EUA denunciaram o ato como ilegal. Em julho, a ONU autorizou uma intervenção militar, liderada pelos EUA. Jonaissant decretou estado de sítio em 1º de agosto.[carece de fontes?]

Em setembro de 1994, força multinacional, liderada pelos Estados Unidos, entrou no Haiti para reempossar Aristide. Os chefes militares haitianos renunciaram a seus postos e foram amnistiados. Jonaissant deixou a presidência em outubro e Aristide reassumiu o País com a economia destroçada pelo bloqueio comercial e por convulsões internas.[carece de fontes?]

Século XXI editar

No período de 1994-2000, apesar de avanços como a eleição democrática de dois presidentes, o Haiti viveu mergulhado em crises. Devido à instabilidade, não puderam ser implementadas reformas políticas profundas. A eleição parlamentar e presidencial de 2000 foi marcada pela suspeita de manipulação por Aristide e seu partido. O diálogo entre oposição e governo ficou prejudicado. Em 2003, a oposição passou a clamar pela renúncia de Aristide. A Comunidade do Caribe, Canadá, União Europeia, França, Organização dos Estados Americanos e Estados Unidos, apresentaram-se como mediadores. Entretanto, a oposição refutou as propostas de mediação, aprofundando a crise.[carece de fontes?]

 
Soldado do Exército Brasileiro da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH) na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe.

Em fevereiro de 2004, ex-integrantes do exército haitiano (tontons macoutes) deram início a um levante militar em Gonaives, espalhando-se por outras cidades nos dias subsequentes. Gradualmente, os revoltosos assumiram o controle do norte do Haiti. Apesar dos esforços diplomáticos, a oposição armada ameaçou marchar sobre Porto Príncipe, onde se preparava uma resistência pró-Aristide.[carece de fontes?]

Aristide foi retirado do país por militares norte-americanos em 29 de fevereiro, contra sua vontade, e conseguiu asilo na África do Sul. De acordo com as regras de sucessão constitucional, o presidente do Supremo Tribunal (Cour suprême), Bonifácio Alexandre, assumiu a presidência interinamente e requisitou, de imediato, assistência das Nações Unidas para apoiar uma transição política pacífica e constitucional e manter a segurança interna. Nesse sentido, o Conselho de Segurança (CS) aprovou o envio da Força Multinacional Interina (MIF), liderada pelo Brasil, que prontamente iniciou seu desdobramento.[carece de fontes?]

Considerando que a situação no Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança na região, o Conselho de Segurança (CS) decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), que assumiu a autoridade exercida pela MIF em 1º de junho de 2004. Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Commander) foi designado o General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro, posteriormente sucedido pelo General Urano Teixeira da Mata Bacelar que morreu no Haiti em Janeiro de 2006.[15] O efetivo autorizado para o contingente militar é de 6 700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benim, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.[carece de fontes?]

 
Carro da ONU patrulhando as ruas de Porto Príncipe após o terremoto de 2010.

Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica 7,0 na escala de magnitude de momento[16] (7,3 na escala de Richter), atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Em seguida, foram sentidos na área múltiplos tremores com magnitude em torno de 5,9 graus. O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram destruídos após o terremoto e estima-se que 80% das construções de Porto Príncipe foram destruídas ou seriamente danificadas. Estima-se que entre 220 000 e 300 000 pessoas tenham morrido devido ao tremor, além de 300 000 feridos e 1,5 milhões de desabrigados. Em 2017 ainda contava-se um pouco mais de 37 000 pessoas desabrigadas.[17]

Em 3 de fevereiro, o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive afirmou que já passava de 200 mil o número de óbitos e o número de desabrigados pode ter chegado aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano. O presidente norte-americano Barack Obama afirmou, logo após a tragédia, que o povo haitiano não seria esquecido; obrigando a comunidade internacional a refletir sobre a responsabilidade dos países que exploraram e abandonaram o Haiti.[18] Segundo as Nações Unidas, o sismo foi o pior desastre já enfrentado pela organização desde sua criação em 1945.[carece de fontes?]

Michel Martelly foi eleito presidente nas eleições gerais de 2010, assumiu em 2011[19] e deixou a presidência em 2016 numa profunda crise eleitoral onde não houve um resultado formal do vencedor e cujo Senado teve que fazer uma eleição indireta e empossou Jocelerme Privert, presidente do Senado do Haiti, após um breve vácuo na presidência onde o país ficou sob o comando do então Primeiro Ministro Evans Paul.[20][21]

Em 7 de julho de 2021, o presidente Moïse foi assassinado em um ataque à sua residência privada, com a primeira-dama, Martine Moïse, tendo sido hospitalizada.[22][23] A enviada especial das Nações Unidas para o Haiti, Helen La Lime, disse no dia 8 de julho de 2021 que o primeiro-ministro interino Claude Joseph liderará o Haiti até que uma eleição seja realizada no final deste ano, clamando todas as partes a deixar de lado as diferenças após o assassinato do presidente.[24]

Geografia editar

 
Imagem de satélite do território haitiano.

O Haiti está localizado na parte ocidental da ilha de Hispaniola, a segunda maior ilha das Grandes Antilhas, no Caribe. O país é o terceiro maior do Caribe atrás de Cuba e da República Dominicana (esta última partilha uma fronteira de 360 ​​quilômetros com o Haiti).[carece de fontes?]

O país em seu ponto mais próximo fica a cerca de 83 quilômetros de distância de Cuba e tem o segundo maior litoral (1 771 quilômetros) das Grandes Antilhas, sendo o de Cuba o mais longo. O território haitiano encontra-se principalmente entre as latitudes 18° e 20° N (ilha Tortuga fica ao norte de 20°) e longitudes 71° e 75° W. O país consiste principalmente de montanhas escarpadas, intercaladas por pequenas planícies costeiras e vales fluviais.[carece de fontes?]

Geologia editar

O país encontra-se em um território com falhas geológicas que fazem parte do sistema Enriquillo-Plantain Garden.[25] Até o terremoto de 2010, não havia nenhuma evidência de ruptura de superfície e com base em dados sismológicos, geológicos e de deformação do solo.[26]

O limite norte da falha é onde a placa tectônica do Caribe se desloca para leste por cerca de 20 mm por ano em relação à placa norte-americana. O sistema de falhas transcorrentes na região tem duas áreas no Haiti, a falha Setentrional-Oriental, no norte, e a Falha de Enriquillo-Plantain Garden, no sul.[27][28]

Um estudo sobre o perigo de terremotos de 2007, por C. DeMets e M. Wiggins-Grandison, observou que a zona da falha Enriquillo-Plantain Garden poderia estar no final do seu ciclo sísmico e concluiu que uma previsão pessimista envolveria um terremoto de 7,2 Mw, semelhante em tamanho do terremoto de 1692, na Jamaica.[29] Paul Mann e um grupo que inclui a equipe de estudo de 2006, apresentaram uma avaliação de risco do sistema de falhas Enriquillo-Plantain Garden em março 2008, observando a grande tensão na região; a equipe recomendou "alta prioridade" em estudos históricos de ruptura geológica.[27] Um artigo publicado no jornal haitiano Le Matin em setembro de 2008 citou comentários do geólogo Patrick Charles sobre que havia um alto risco de grande atividade sísmica em Porto Príncipe.[30]

Meio ambiente editar

 
Imagem de satélite da fronteira do Haiti com a República Dominicana (direita) mostra a quantidade de desmatamento no lado haitiano.

Além da erosão do solo, o desmatamento tem causado inundações periódicas e graves no Haiti, como, por exemplo, em 17 de setembro de 2004. Em maio deste ano, as inundações tinham matado mais de três mil pessoas na fronteira sul do Haiti com a República Dominicana.[31]

Tem havido pouca gestão das bacias marinhas, costeiras e hidrográficas. A cobertura florestal nas encostas íngremes ao redor da bacia hidrográfica do Haiti mantém o solo, que por sua vez retém a água da chuva, reduzindo picos de cheias dos rios e conservando os fluxos de água na estação seca. Mas o desmatamento tem causado a liberação do solo a partir das bacias superiores. Muitos dos rios do Haiti são agora altamente instáveis, mudando rapidamente de inundações destrutivas para fluxos baixos de água.[32]

Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Programa das Nações Unidas para o Ambiente estão trabalhando em uma iniciativa com o objetivo de reduzir a pobreza e a vulnerabilidade a desastres naturais da população local por meio de restauração de ecossistemas e gestão sustentável dos recursos naturais.[carece de fontes?]

Demografia editar

 
Vista das ruas de Porto Príncipe

Embora a média do país seja de 350 pessoas por quilômetro quadrado, sua população se concentra mais fortemente nas áreas urbanas, nas planícies costeiras e nos vales. A população haitiana era de cerca de 11,4 milhões de acordo com estimativas de 2018 das Nações Unidas,[33] sendo que metade da população tem menos de 20 anos.[34] O primeiro censo oficial, feito em 1950, registrou uma população de 3,1 milhões de pessoas.[35]

Cerca de 95% dos haitianos são negros, descendentes de escravos africanos. Os restantes 5% são mulatos ou brancos.[36]

Grupos minoritários menores incluem pessoas de Europa Ocidental (franceses, alemães, italianos, neerlandeses, poloneses, portugueses e espanhóis), árabes, armênios ou pessoas de origem judaica.[37][38] Os haitianos de ascendência da Ásia Oriental são de origem indiana e são cerca de 400.[37]

Milhões de haitianos vivem no exterior, como nos Estados Unidos, República Dominicana, Cuba, Canadá (principalmente em Montreal), Bahamas, França, Antilhas Francesas, Turks e Caicos (Reino Unido), Jamaica, Porto Rico, Venezuela, Brasil e Guiana Francesa. Estima-se que 881 500 haitianos vivam nos Estados Unidos,[39] 800 mil na República Dominicana,[40] 300 mil em Cuba,[41] 100 mil no Canadá,[42] 80 mil na França[43] e até 80 mil nas Bahamas.[44] Mas também existem comunidades haitianas menores em muitos outros países, como Chile, Suíça, Japão e Austrália.

Sistema de castas editar

Devido ao sistema de casta racial instituído no Haiti colonial, os mulatos haitianos se tornaram uma elite social dentro da nação e foram racialmente privilegiados. Vários líderes ao longo da história do Haiti eram mulatos. Compondo 5% da população do país, os mulatos têm mantido a sua preeminência evidente na hierarquia política, econômica, social e cultural do país.[45] Alexandre Pétion, cuja mãe era haitiana e o pai era um francês rico, foi o primeiro presidente da República do Haiti.

Religião editar

Religião no Haiti[46]
Religião % aprox.
Catolicismo romano
  
56,8%
Protestantismo
  
29,6%
Sem religião
  
10,6%
Religiosidade popular
  
2,2%
Outras
  
0,8%
 Ver artigo principal: Religião no Haiti

O catolicismo romano é a religião mais praticada no Haiti. Nos últimos anos, tem crescido o número de protestantes. O vodu é uma religião de matriz africana semelhante às de Cuba e às do Brasil, que tem origem nos tempos coloniais, quando os escravos eram obrigados a disfarçar suas crenças em loás ou espíritos com os santos católicos. Devido ao sincretismo religioso entre o catolicismo e o vodu, é difícil estimar o número de seus seguidores no Haiti.[47][48]

Cidades mais populosas editar

Política editar

 
Jovenel Moise, Ex-Presidente do Haiti, foi assassinado no dia 7 de Julho de 2021 na residência oficial do governo.

O governo do Haiti é uma república semipresidencialista, com um sistema multipartidário em que o presidente é o chefe de Estado eleito diretamente por eleições populares.[50] O primeiro-ministro atua como chefe de governo e é nomeado pelo presidente, escolhido a partir do partido majoritário na Assembleia Nacional. O poder executivo é exercido pelo presidente e pelo primeiro-ministro, que, juntos, constituem o governo. Em 2013, o orçamento anual foi de 1 bilhão de dólares.[51]

O poder legislativo é investido no governo e em duas câmaras da Assembleia Nacional do Haiti. O governo está organizado unitariamente, assim, os delegados do governo central governam os departamentos sem a necessidade constitucional de consentimento. A atual estrutura do sistema político do Haiti foi estabelecida na constituição de 29 de março de 1987. O atual presidente é Jovenel Moise.[carece de fontes?]

A política haitiana tem sido controversa: em sua história de 200 anos, o Haiti sofreu 32 golpes de Estado.[52] O país é o único do Hemisfério Ocidental que conseguiu ter uma revolução de escravos bem-sucedida, mas uma longa história de opressão por ditadores, como François Duvalier e seu filho Jean-Claude Duvalier, tem afetado significativamente a nação. França, Estados Unidos e outros países ocidentais intervieram repetidamente na política local desde a fundação do país, às vezes a pedido de uma parte ou de outra. Junto com as instituições financeiras internacionais, eles impuseram grandes quantidades de dívidas, tanto que os pagamentos da dívida externa rivalizam com o orçamento do governo para despesas sociais. Eles também aplicaram políticas econômicas que se acabaram com a capacidade do governo haitiano proteger a economia local, forçando uma maior dependência das importações e minando a autossuficiência econômica do país.[53]

De acordo com um relatório do Índice de Percepção da Corrupção de 2006, há uma forte correlação entre a corrupção e a pobreza e o Haiti ficou em primeiro lugar entre todos os países pesquisados ​​para os níveis de corrupção interna.[54] A Cruz Vermelha Internacional informou que sete em cada dez haitianos vivem com menos de dois dólares por dia.[55]

Cité Soleil, a maior favela do país, na capital Porto Príncipe, foi chamada de "o lugar mais perigoso da Terra" pela Organização das Nações Unidas.[56] A favela é um reduto de partidários do ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide,[57] que, de acordo com a BBC, "acusou os Estados Unidos de exilá-lo - uma acusação os Estados Unidos rejeitaram como 'absurda'".[58]

O país passa atualmente (2016) por uma grave crise política e eleitoral onde não há uma definição das eleições presidenciais iniciadas em 2015 pelo presidente Michel Martelly. Foi empossado em 14 de fevereiro de 2016 o presidente Jocelerme Privert.[carece de fontes?]

Subdivisões editar

 Ver artigo principal: Subdivisões do Haiti

O Haiti está dividido em dez departamentos:

  1. Nord-Ouest
  2. Nord
  3. Nord-Est
  4. Artibonite
  5. Centre
  6. Ouest
  7. Grand'Anse
  8. Nippes (criado em 2003)
  9. Sud
  10. Sud-Est

 

Economia editar

 Ver artigo principal: Economia do Haiti
 
Principais produtos de exportação do Haiti em 2019 (em inglês).

O produto interno bruto (PIB) por paridade do poder de compra (PPC) do Haiti caiu 8% em 2010 (12,15 bilhões de dólares para 11,18 bilhões de dólares) e o PIB per capita manteve-se em 1200 dólares.[59] O país é o 145º entre os 182 países avaliados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas em 2010.[60]

O World Factbook relata uma escassez de mão de obra qualificada, desemprego generalizado e subemprego, dizendo que "mais de dois terços da força de trabalho não têm empregos formais" e descreve o Haiti pré-terremoto como o "o país mais pobre do Hemisfério Ocidental, com 80% da população que vive abaixo da linha da pobreza e 54% em extrema pobreza.".[59] Três quartos da população vive com 2 dólares ou menos por dia.[61] Reformas para melhorar o ambiente de negócios têm tido pouco efeito por causa de corrupção generalizada e pela estrutura judicial ineficiente.[62]

Embora mais da metade de todos os haitianos trabalhem no setor agrícola, o país depende de importações para metade de suas necessidades de alimentos e 80% do seu arroz.[61] O país exporta culturas como manga, cacau e café. Os produtos agrícolas incluem 6% de todas as exportações.[63] O Haiti tinha um grande déficit comercial de 3 bilhões de dólares em 2011, ou 41% do seu PIB.[63] A ajuda externa representa cerca de 30 a 40% do orçamento do governo nacional. O maior doador são os Estados Unidos, seguido por Canadá e União Europeia.[64] De 1990 a 2003, o Haiti recebeu mais de 4 bilhões de dólares em ajuda internacional, incluindo 1,5 bilhão de dólares dos Estados Unidos.[65] Em janeiro de 2010, após o terremoto, a China prometeu 4,2 milhões dólares[66] e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu 1,15 bilhão de dólares em assistência.[67] Os países da União Europeia prometeram mais de 400 milhões de euros em ajuda de emergência e para fundos de reconstrução.[68]

 
Barco de pesca em Cabo Haitiano.

Após a eleição e acusações sobre o governo do presidente Aristide em 2000, a ajuda dos Estados Unidos para o governo haitiano foi completamente cortada, entre 2001 e 2004.[69] Depois da partida de Aristide, em 2004, a ajuda foi restaurada e o exército brasileiro liderou a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH). Depois de quase quatro anos de recessão, a economia cresceu 1,5% em 2005.[70] Em setembro de 2009, o Haiti cumpriu as condições estabelecidas pelo programa para países pobres altamente endividados do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para qualificar o cancelamento de sua dívida externa.[71]

O Banco Mundial estima que mais de 80% dos haitianos com ensino superior estavam vivendo no exterior em 2004 (fenômeno conhecido como fuga de cérebros), sendo que as remessas de dinheiro que enviam para casa representam 52,7% do PIB do país.[72] Os 1% mais ricos do país possuem quase metade da riqueza nacional.[73] O território haitiano aparentemente não tem recursos de hidrocarbonetos em terra ou no Golfo do Gonâve e é, portanto, muito dependente das importações de energia (petróleo e produtos petrolíferos).[74]

Cité Soleil é considerado uma das piores favelas da América;[75] a maioria de seus 500 mil habitantes vivem em extrema pobreza.[56] A pobreza forçou pelo menos 225 mil crianças haitianas a trabalhar como restavecs (empregados domésticos sem remuneração). As Nações Unidas consideram está uma forma moderna de escravidão.[76]

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton expressou recentemente arrependimento e pediu desculpas por políticas de comércio do seu país no Haiti.[77] Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), um em cada dois haitianos não tem acesso à água potável e apenas 19% da população têm acesso ao sistema de saneamento básico. Apesar de ser uma sociedade essencialmente rural, com 66% da população vivendo no campo, as famílias camponesas não têm acesso à terra ou créditos, o que faz com que hoje o Haiti importe 80% dos alimentos que consome.[78]

Turismo editar

 
Labadee, um destino de cruzeiros no país.

Em 2012, o país recebeu 950 mil turistas (a maioria dos navios de cruzeiro) e esta indústria gerou 200 milhões de dólares em 2012.[51] Em dezembro do mesmo ano, o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta de viagem para o país, observando que apesar de milhares de cidadãos norte-americanos visitam com segurança Haiti a cada ano, os turistas estrangeiros foram vítimas de crimes violentos, incluindo assassinato e sequestro, predominantemente na região de Porto Príncipe.[79]

Em 2012, vários hotéis foram abertos, como um hotel de quatro estrelas Marriott na área de Porto Príncipe[80] e outros novos empreendimentos hoteleiros na capital e em Les Cayes, Cabo Haitiano e Jacmel.

O Carnaval do Haiti tornou-se um dos mais populares do Caribe desde que o governo decidiu encenar o evento em uma cidade diferente a cada ano. O Carnaval Nacional normalmente é realizado em uma das maiores cidades do país (ou seja, Porto Príncipe, Cabo Haitiano ou Les Cayes), mas o de Jacmel também é muito popular e ocorre uma semana antes do outro, em fevereiro ou março.[81]

Infraestrutura editar

Educação editar

O sistema educacional do Haiti é baseado no sistema francês. O ensino superior, sob responsabilidade do Ministério da Educação, é ministrado por universidades e outras instituições públicas e privadas.[82][83]

Saúde editar

A esperança de vida, em 2016, era de 65,9 anos. Os homens viviam, em média, 63,2 anos, enquanto a expectativa de vida para as mulheres era de 68,7 anos de idade.[84] Em 2022, a taxa de mortalidade foi de 7,23 mortes por 100 000 nascidos vivos e a taxa de natalidade registrada ficou em 21,12 nascimentos a cada 1 000 pessoas.[85] Essas taxas vêm melhorando há décadas, graças ao fato de que o governo investe 4,7% de seu PIB nessa área, muito embora a densidade de médicos seja baixa: apenas 0,23 para cada 1 000 habitantes. Em 2013, o número de leito para cada 1 000 habitantes também era baixo (0,7). A obesidade é bastante alta, com 22,7% da população adulta sendo considerada obesa (dados de 2016), além de que 7,6% da população consome tabaco.[86]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) cita a predominância de doenças diarreicas, HIV/AIDS, meningite e infecções respiratórias como causas comuns de morte no Haiti.[87] Cerca de 90% das crianças do Haiti sofrem de doenças transmitidas pela água e parasitas intestinais.[88] A infecção pelo HIV é encontrada em 1,9% da população do país (est. 2015).[84] A incidência de tuberculose é mais de dez vezes maior do que no resto da América Latina.[89] Aproximadamente 30 000 haitianos adoecem com malária a cada ano.[90]

No passado, as taxas de vacinação das crianças eram baixas – em 2012, apenas cerca de 60% das crianças no Haiti, com menos de 10 anos, estavam vacinadas. Recentemente, ocorreram campanhas de vacinação em massa com o objetivo de alcançar a vacinação de até 91% da população-alvo contra doenças específicas (sarampo, rubéola, dentre outras). A maioria das pessoas não detém transporte ou acesso a hospitais haitianos.[91][92][93]

Cultura editar

 Ver artigo principal: Cultura do Haiti
 
Um ônibus "tap tap" em Port-Salut.

A cultura haitiana é uma mistura principalmente de elementos franceses, africanos e taínos, com influência dos espanhois do período colonial. Os costumes do país são essencialmente uma mistura de crenças culturais que derivam dos vários grupos étnicos que habitaram a ilha de Hispaniola ao longo do tempo. No entanto, em quase todos os aspectos da sociedade haitiana moderna os elementos africanos e europeus predominam.

A música haitiana combina uma ampla gama de influências extraídas dos muitos povos que se instalaram na ilha caribenha. Ela reflete ritmos franceses, africanos, espanhóis e de outras culturas que habitaram a ilha de Hispaniola, com uma influência menor dos tainos nativos. Entre os estilos musicais exclusivos da nação estão músicas derivadas de tradições cerimoniais do vodu haitiano, entre outros.

Esportes editar

 
Stade Sylvio Cator em Porto Príncipe.

O futebol é o esporte mais popular no Haiti, com centenas de pequenos clubes de futebol competindo em nível local. O basquetebol está crescendo em popularidade.[94] O Stade Sylvio Cator é o principal estádio poliesportivo em Porto Príncipe, onde atualmente é usado principalmente para jogos de futebol, tem capacidade para 10 000 pessoas. Em 1974, a Seleção Haitiana de Futebol se tornou a segunda equipe do Caribe a se classificar para a Copa do Mundo FIFA (após a entrada de Cuba em 1938). A seleção venceu a Copa das Nações do Caribe de 2007.[95]

O Haiti participa dos Jogos Olímpicos desde o ano de 1900, tendo ganho duas medalhas em 1924 e 1928.

Ver também editar

Referências

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Ligações externas editar

 
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