Partido Comunista do Brasil
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um partido político brasileiro de esquerda[16][17][18] e baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo.[19][20][5]
Partido Comunista do Brasil | |
---|---|
Sigla | PCdoB |
Número eleitoral | 65[1] |
Presidente | Luciana Santos[2] |
Vice-presidente | Carlos Batista Lopes[2] |
Vice-presidente | Jandira Feghali[2] |
Vice-presidente | Walter Sorrentino[2] |
Fundação | 18 de fevereiro de 1962 (62 anos)[3] |
Registro | 23 de junho de 1988 (36 anos)[1] |
Sede | Brasília, DF |
Ideologia | • Desenvolvimentismo[4] Oficial: • Comunismo • Marxismo-leninismo[5] |
Espectro político | Esquerda[6][7] |
Publicação | A Classe Operária |
Think tank | Fundação Maurício Grabóis |
Ala de juventude | • União da Juventude Socialista (UJS) • Juventude Pátria Livre (JPL)[8] |
Dividiu-se de | PC-SBIC |
Fusão | Incorporou o PPL |
Membros (2024) | 389.920 filiados[9] |
Afiliação nacional | Federação Brasil da Esperança |
Afiliação internacional | • Foro de São Paulo[10] • EIPCO[11] |
Grupo no Parlamento do Mercosul | Bancada Progressista no Parlasul |
Governadores (2024) | 0 / 27 |
Prefeitos (2024)[12] | 19 / 5 569 |
Senadores (2024)[13] | 0 / 81 |
Deputados federais (2024)[14] | 7 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 18 / 1 024 |
Vereadores (2024)[15] | 354 / 58 026 |
Cores | Vermelho Amarelo Branco |
Slogan | "100 anos de Amor e Coragem pelo Brasil." |
Símbolo eleitoral | |
Bandeira do partido | |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
Foi criado em 1958 como uma dissidência alinhada ao stalinismo dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que, àquela época, apoiava as reformas defendidas por Nikita Khrushchov durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956 e que, mais tarde, ficaram conhecidas como desestalinização.
A dissidência era liderada por Maurício Grabois, João Amazonas e Pedro Pomar e resolveu se separar do partido após o documento Carta dos Cem (assinada por cem militantes, em quatro Estados do País) ter sido rejeitado no V Congresso do PCB.[21][22] Logo após, em 1962, é fundado por essa dissidência o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).[3][23]
Desde o seu surgimento, o PCdoB seguiu diversas linhas políticas baseadas em distintas experiências comunistas pelo mundo. Surgiu sendo contrário à linha adotada por Nikita Khrushchov na antiga União Soviética e reivindicando o legado de Josef Stalin. Nos anos 1960, adotou a linha maoista (alinhando-se com o Partido Comunista da China) e passa a praticar a tática de guerrilhas (o PCdoB é famoso pela atuação na Guerrilha do Araguaia). Em 1978, por razões de segurança, passou a reivindicar o comunismo da Albânia (Hoxhaísmo).[24][25]
O PCdoB mantém o portal Vermelho,[26] publica o jornal A Classe Operária e a revista Princípios, através da Editora Anita Garibaldi e, internacionalmente, é membro do Foro de São Paulo.[10] No movimento estudantil, organiza-se na União da Juventude Socialista (UJS) e na Juventude Pátria Livre (JPL)[27][28] e, no movimento sindical, organiza-se pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).[29] Em novembro de 2024 o partido contava com 389.920 filiados.[9]
História
editarAntecedentes e fundação
editarNos dias 25, 26 e 27 de março de 1922, grupos regionais admiradores da Revolução Russa (1917) se reuniram em Niterói para fundar o então denominado Partido Comunista do Brasil com a sigla PCB; tal encontro é considerado o primeiro congresso do partido.[30] Na metade de 1924, o V Congresso da Internacional Comunista (ou III Internacional) admitiu o PCB como sua seção brasileira oficial.[30]
O V Congresso do Partido Comunista do Brasil realizou-se em setembro de 1960 sob influência da maré política mundial aprovada no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956 em Moscou. O embate no PCB se deu entre a maioria da direção, favorável à posição de Kruschev, e entre os chamados "stalinistas". Assim, foram retirados da Comissão Executiva João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda e Sérgio Holmos, acusados de resistir às mudanças nos métodos de direção e na linha política. Todos foram tachados de stalinistas, e também de “dogmáticos e sectários”.
Graças às mudanças, Prestes conseguiu aprovar sem maiores dificuldades, as novas teses, como a famosa Declaração de Março publicada em 1958 pelo Comitê Central, criticada por Grabois e Amazonas. A direção partidária, eleita em 1960, mudou o nome do partido de Partido Comunista do Brasil para Partido Comunista Brasileiro, mantendo a sigla PCB. Entre outras alterações efetuadas incluiu-se a retirada dos estatutos e do programa de toda referência ao internacionalismo proletário, ao marxismo-leninismo e ao objetivo final: o comunismo.[31]
Em dezembro de 1961, o jornal Novos Rumos publicou notas de diversos Comitês Estaduais informando as expulsões de João Amazonas, Pedro Pomar, Maurício Grabois, Ângelo Arroyo, Carlos Danielli, Calil Chade, José Duarte, entre outros. Alguns membros sancionados chegaram a afirmar que eram membros do Partido Comunista do Brasil e não do Partido Comunista Brasileiro, portanto, não poderiam ser expulsos.[carece de fontes]
No dia 18 de fevereiro de 1962 realizou-se na Rua do Manifesto, bairro do Ipiranga, a 5ª Conferência (extraordinária) visando a reorganizar o Partido Comunista do Brasil. Ali se aprovou o Manifesto-Programa e o relançamento do jornal A Classe Operária, que estava registrado no nome do Maurício Grabois[32][21][33]
Década de 1960
editarEnquanto o PCB abandonava definitivamente a figura de Stálin, o PCdoB manteve o ex-líder soviético como uma de suas referências teóricas (ao lado de Marx, Engels e Lênin). Na mesma época, a crise entre a União Soviética e a China atingiu o seu auge, quando o líder chinês Mao Tse Tung criticou o processo de desestalinização em curso na União Soviética,[21] e acusou Khruschev de desvios "oportunistas" e "reformistas". [carece de fontes]
Como a direção do PCB mantinha-se rigidamente fiel a Moscou, a cisão de Mao com o restante do movimento comunista atraiu a simpatia do PCdoB,[21] que enviou emissários a Beijing para formalizar a vinculação ideológica com as novas diretrizes ideológicas do Partido Comunista da China. Dentre esses emissários, estava o então presidente exilado do partido, João Amazonas, que foi recebido pelo próprio Mao Tsé Tung. A partir de então, o partido passou a aproximar-se progressivamente dos postulados maoistas, considerando apenas a China Popular e a Albânia como países comunistas, e que os demais tinham retrocedido a uma diretriz revisionista e não mais revolucionária.[21]
Porém, a adesão ao maoismo incluiu uma mudança nas estratégias seguidas pelo PCdoB. Seguindo o princípio da Guerra Popular Prolongada, o PCdoB assumiu o compromisso de transferir seus quadros para o campo, iniciando a formação de um exército camponês.[21] Essa concepção de luta revolucionária contrastava tanto com as táticas tradicionais do PCB (que, fiel ao "caminho pacífico, se opôs à luta armada contra a Ditadura) quanto com o foquismo de novas forças como a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), que priorizavam a guerrilha urbana e o foco como forma de combater o governo militar estabelecido em 1964. [carece de fontes]
A adesão definitiva do PCdoB ao maoismo deu-se em 1966, em seu VI Congresso. No ano seguinte, o partido elaborou uma declaração de apoio à Revolução Cultural em curso na China. Em 1966, o PCdoB sofreu duas cisões internas: a Ala Vermelha do PCdoB (favorável à tática foquista) e o Partido Comunista Revolucionário (PCR).[34]
Década de 1970
editarDesde 1966, o PCdoB buscava a formação de um núcleo de guerrilha no campo. A área escolhida para a irradiação do futuro exército camponês (seguindo as linhas maoistas) foi a região sul do Pará, próximo à divisa com Tocantins. Estima-se que o partido reuniu de 70 a 80 guerrilheiros na área, sob o comando militar do ex-militar Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) e sob o comando máximo de Maurício Grabois (então comandante em chefe da guerrilha).[carece de fontes]
A maior parte dos efetivos da coluna guerrilheira do PCdoB (sob o nome de "Força Guerrilheira do Araguaia") era composta por estudantes secundaristas ou universitários, organizados em torno da União da Juventude Patriótica (UJP, braço juvenil do partido), profissionais liberais e operários vindos principalmente de São Paulo e Minas Gerais. Como era pequena a adesão entre os habitantes locais, o partido criou a União pela Liberdade e pelos Direitos do Povo (ULDP), cujo manifesto continha a base programática da guerrilha.[carece de fontes]
Em 1971, unidades do Exército descobriram a localização do núcleo guerrilheiro e foram mobilizadas a fim de isolar a área, impedindo que sua atuação se alastrasse em direção ao norte da Amazônia. As operações de repressão à guerrilha tiveram início em 1972, com três expedições militares que mobilizaram 25 mil soldados. Sendo repelidas as duas primeiras, a terceira expedição derrotou os últimos focos de resistência. A maior parte dos guerrilheiros morreu em choque com as forças do Exército, incluindo Osvaldão e Maurício Grabois, que morreu em confronto com o Exército em 25 de dezembro de 1973. A derrota do Araguaia comprometeu a organização partidária, mas consagrou o mito da guerrilha, reconhecida como a mais efetiva experiência de luta armada à Ditadura. A maior parte dos mortos na repressão do regime militar entre 1964 e 1979 foi de militantes do PCdoB.[carece de fontes]
Desde o final da década anterior, a Ação Popular Marxista-Leninista (APML), um grupo oriundo da esquerda católica, tinha adotado a ideologia maoista e se aproximado do PCdoB. A fusão dos dois grupos foi realizada em 1975, após o fim da luta armada. O PCdoB também atraiu egressos do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8).[35]
Em 16 de dezembro de 1976, o DOI-CODI invadiu uma casa na rua Pio XI, em São Paulo, assassinou, no local, Pedro Pomar e Ângelo Arroyo, matou, na tortura, João Batista Franco Drummond, e manteve presos até a Anistia, Wladimir Pomar (filho de Pedro), Aldo Arantes, Haroldo Lima e Elza Monnerat (os dois, egressos da AP), no episódio conhecido como o Massacre ou Chacina da Lapa. Num clima onde a oposição começava a ganhar força, a imprensa noticiou o crime, que chocou e comoveu, dentro e fora do Brasil. A direção do Partido, duramente atingida, funcionou até a Anistia com base num núcleo no exílio. [carece de fontes]
Anos mais tarde, descobriu-se que a operação contara com a ajuda de um delator preso naquele ano, o dirigente do PCdoB Manoel Jover Teles (ex-membro do CC do PCB e ex-PCBR), que foi expulso do partido em 1983.[carece de fontes]
Desfalcado de seus principais quadros, o PCdoB começou a se reorganizar com quadros vindos da AP e a liderança pessoal de João Amazonas, que junto com Diógenes Arruda eram os últimos remanescentes do grupo que reconstruiu do Partido em 1943 na Conferência da Mantiqueira, em pleno Estado Novo, e em 1962. A morte de Arruda (em 1979) deixou Amazonas como a liderança máxima do PCdoB até sua morte.[carece de fontes]
O fracasso da guerrilha camponesa e a nova política adotada pela China a partir da morte de Mao, em 1976, levaram o PCdoB a romper totalmente com o maoismo. Em 1978, o partido acompanhou Enver Hoxha na sua crítica aos dirigentes chineses e passou a considerar apenas a Albânia como país socialista, na condição de último baluarte do stalinismo. [carece de fontes]
Nesse período, uma cisão interna do PCdoB deu origem ao Partido Revolucionário Comunista (PRC), liderado por José Genoíno e Tarso Genro, e que mais tarde se juntaria ao Partido dos Trabalhadores (PT),[36] ao lado da Ala Vermelha.
A adoção da linha albanesa não significou a radicalização da política do PCdoB. Em 1978, toda a esquerda tinha ação institucional através do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição moderada ao governo militar. O PCdoB retomou seu espaço parlamentar e elegeu seus primeiros deputados sob a clandestinidade. [carece de fontes]
Em 1979, com a Abertura política e a concessão da Anistia, o PCdoB encontrou um ambiente favorável à sua penetração no sindicalismo e nas organizações estudantis. João Amazonas regressou do exílio em 1979, e Diógenes Arruda Câmara morreu de infarto no carro, a caminho de um ato político. A refundação da UNE (1979), com Aldo Rebelo, marcou o início da hegemonia do partido na entidade universitária (que se mantém desde então, salvo no biênio 1987-1988).[carece de fontes]
Década de 1980
editarO VI Congresso foi realizado em 1983, logo após a conquista da anistia, numa conjuntura de luta pela democratização do país. Aconteceu na semiclandestinidade. O Congresso analisou as mudanças estruturais e políticas ocorridas na sociedade brasileira nas últimas décadas. Fez o balanço da atividade comunista durante a ditadura militar – incluindo a análise da experiência da Guerrilha do Araguaia e da luta pelas bandeiras da "Anistia ampla, geral e irrestrita", "Fim dos atos e leis de exceção" e "Convocação da Constituinte democrática, livre e soberana". E preparou o Partido para a retomada da legalidade e da legitimidade.[37]
Em 1984, o PCdoB fundou a União da Juventude Socialista (UJS), seu braço juvenil.[38] No sindicalismo, o PCdoB adotou inicialmente uma política de aliança com os sindicalistas ligados ao PCB, aderindo em 1983 à CONCLAT, que incluía também moderados e não marxistas.[39] Dessa forma, o partido se opôs à Central Única dos Trabalhadores (braço sindical do PT). Em 1984, o PCdoB integrou-se ao movimento das Diretas Já (formado por todos os partidos de oposição),[37] e no ano seguinte, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, procurou Tancredo Neves buscando convencê-lo a lançar-se candidato no Colégio eleitoral, no que coincidiam com o PCB e o MR8, que consideravam a candidatura decisiva para a redemocratização e a legalização dos partidos de esquerda, com exceção do PT, já legalizado já em 1980.[carece de fontes]
Nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte de 1987, o PCdoB elegeu seis deputados federais, incluindo Haroldo Lima[40] e Aldo Arantes. Destes, três foram originalmente eleitos pela legenda do PMDB, com o qual permanecia aliado, fazendo parte da base de sustentação do governo José Sarney.[37] Na Constituinte, o PCdoB foi o único partido a votar contra a menção a Deus na Constituição.[40]
A crise social e econômica que se seguiu ao Plano Cruzado (1987) levou o PCdoB a romper com o PMDB. Em seu lugar, buscou uma aproximação cada vez maior com o PT[37] e o PSB. Em 1988, os sindicalistas do PCdoB romperam com a CGT e formaram a Corrente Sindical Classista, que em seguida integrou-se à Central Única dos Trabalhadores.[41]
Ocorreu em maio de 1988, em São Paulo, o VII Congresso do partido. Legalizado desde 1985, estava em expansão e crescimento. No plano mundial, começava o fim da União Soviética. Foi examinada a reestruturação partidária na vida legal e desmascarados os objetivos anticomunistas da Perestroika russa e o papel de Mikhail Gorbatchev. No âmbito nacional, explicitou que o Brasil estava sob uma encruzilhada histórica: ou trilhava por um caminho de soberania e desenvolvimento nacional, ou se aprofundaria na lama da submissão e da dependência. Seus documentos e resoluções estão no livro "A política revolucionária do PCdoB".[42]
Em 1989, junto com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o PCdoB apoiou a candidatura de Lula à presidência, derrotada por Fernando Collor de Melo no segundo turno.[37]
Década de 1990
editarJunto com o PT, o PCdoB também fez oposição acirrada ao governo Fernando Collor. O PCdoB defendeu, já em 1991, o seu afastamento, que ocorreria em setembro de 1992 com grandes mobilizações estudantis e participação da UJS, à frente juntamente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Nessa ocasião, destacou-se a liderança pessoal de Lindberg Farias, então presidente da UNE e militante do PCdoB.[carece de fontes]
Paralelamente à adoção de uma postura mais radical internamente, o PCdoB começou a perder suas referências externas. Em 1990, um ano após a queda do Muro de Berlim, também o regime albanês desmoronou e com ele o stalinismo entrou em crise. Partidos comunistas de vários países chegavam à autodissolução. O principal reflexo dessas mudanças foi a decisão do PCdoB, no seu 8.º congresso, em 1992, com o lema O Socialismo Vive, de deixar de citar Stalin como um dos "clássicos" do marxismo. O PCdoB analisou a experiência soviética e voltou-se mais para a realidade e as especificidades brasileiras. Foi adotada resolução política apontando o socialismo como o objetivo da luta dos comunistas no Brasil. O país vivia o começo da aplicação do neoliberalismo, iniciada pelo governo Fernando Collor e depois retomada e desenvolvida pelo governo Fernando Henrique Cardoso.[carece de fontes]
Essa decisão abriu ideologicamente o partido e permitiu a incorporação de novos militantes. O PCdoB retomou os vínculos com Cuba. Em 1995, na sua 8ª conferência, o partido aprovou seu Programa Socialista. Vários intelectuais comunistas anteriormente ligados ao PCB (como Nelson Werneck Sodré e Edgard Carone) aproximaram-se do PCdoB.[43][44] Nesse período, com a queda do campo socialista no leste europeu, o PCdoB passou a considerar a vigência de uma fase "defensiva estratégica", ou seja, um período de retração das ideias socialistas e de necessidade de acumulação de forças para avançar a uma etapa de ofensiva.[carece de fontes]
Em outubro de 1997, em São Paulo, ocorreu o IX Congresso do partido, no apogeu da globalização neoliberal. Os comunistas concentraram-se na construção de uma ampla frente visando a derrotar o neoliberalismo – enfrentar a escalada neoliberal construindo ampla frente oposicionista nacional, democrática e popular – e abrir caminho para o socialismo. Teve início a definição do tipo de partido revolucionário que é preciso construir, de princípios e feição moderna. Do Congresso, saiu o livro "União do povo contra o neoliberalismo: documentos do 9.º Congresso do PCdoB".[45]
Década de 2000
editarEntre 9 e 12 de dezembro de 2001, no Rio de Janeiro, foi realizado o X Congresso do partido. Foi a maior reunião de comunistas brasileiros. Contou com a participação de 32 representantes de partidos e organizações estrangeiras, dezenas de convidados e 821 delegados. Nele, foi eleito Renato Rabelo para substituir João Amazonas na Presidência do Partido. Amazonas, às vésperas de completar 90 anos (em 1.º de janeiro de 2002), passou a ser presidente de honra. O Congresso debateu alternativas ao neoliberalismo, a eleicão de 2002, a luta pela paz mundial.[46]
Com a vitória de Lula nas eleições de 2002, o PCdoB, pela primeira vez, passou a fazer parte do governo federal, ocupando a pasta dos Esportes com Agnelo Queiroz.[47] Essa participação foi ampliada em 2004, com a indicação de outro deputado, Aldo Rebelo, para a Coordenação Política do governo (que deixaria no ano seguinte para voltar ao Congresso e ser eleito presidente da Câmara dos Deputados).[48] O PCdoB também conseguiu obter participação no Senado, com a filiação, por um breve período, do senador Leomar Quintanilha (ex-PMDB).[49] Em setembro de 2005 o partido obtém a Presidência da Câmara Federal com o deputado Aldo Rebelo tendo apoio dos governistas e de parte da oposição.[48]
Nas eleições de 2006, o PCdoB participou da aliança pela reeleição do presidente Lula. O partido elegeu Inácio Arruda como senador pelo Ceará com quase dois milhões de votos. A primeira eleição de um senador comunista depois de Luis Carlos Prestes, em 1946.[50] Em 13 de novembro de 2006, Aldo Rebelo assumiu por um dia a Presidência da República.[51] O partido abandonou a Central Única dos Trabalhadores no final de 2007 para, junto com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e outras correntes independentes no movimento sindical, fundarem a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).[52]
Em outubro de 2005, em Brasília, ocorreu o XI Congresso Nacional do PCdoB. Reuniu cerca de 1.400 pessoas de todas as unidades federativas, dos quais 1.100 delegados, bem como 80 convidados estrangeiros. O Congresso aconteceu num momento de crescimento, de firmação do Partido, que completava 20 anos de legalidade. No evento, Lula elogiou a lealdade do PCdoB e Renato Rabelo foi reeleito presidente da sigla.[53]
Em outubro de 2008, o partido teve a sua maior ampliação nas eleições municipais, elegendo 40 prefeitos(as),[54] entre os quais Edvaldo Nogueira, em Aracaju, e outras cidades como Olinda (PE), Juazeiro (BA) e Maranguape (CE). Em novembro o PCdoB foi anfitrião do 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, reunindo 65 partidos comunistas e operários de todo o mundo, evento até então inédito na América Latina.[55]
Em novembro de 2009, em São Paulo, ocorreu o XII Congresso Nacional. O evento fez uma avaliação das consequências da grande crise do capitalismo em um mundo em transição quanto ao sistema de poder internacional, que conduzia a uma nova realidade de forças mundial. Considerou o grande embate eleitoral de 2010 no contexto da luta no Brasil contra o neoliberalismo, em busca de uma alternativa para o país frente à crise e pela construção de um projeto de afirmação nacional, com desenvolvimento, soberania, integração regional, democratização política e social e defesa do meio ambiente. E aprovou um novo programa Socialista para o Brasil, como também alterações no estatuto partidário, além de resoluções políticas.[56]
Década de 2010
editarO XIII Congresso foi realizado em novembro de 2013, na cidade de São Paulo. As discussões se deram sobre as crises nas esferas internacional e nacional, no balanço dos governos Lula e Dilma, sobre as eleições de 2014 e o projeto de eleger Flávio Dino governador do Maranhão.
Em maio de 2015, durante a X Conferência Nacional, a deputada Luciana Santos foi eleita presidente do partido.[57]
Foi realizado entre 17 e 19 de novembro de 2017, em Brasília. O Congresso teve como principais objetivos a aprovação de uma resolução política que guiará o partido nos próximos anos; a eleição da nova Direção Nacional do PCdoB, onde a deputada pernambucana Luciana Santos acabou reconduzida à presidência do partido; e a aprovação da pré-candidatura de Manuela d'Ávila à Presidência da República, para as eleições de 2018.[58][59]
Década de 2020
editarO PCdoB teve uma grande decaída durante as eleições municipais de 2020, de 86 eleitos em 2016, para 46 prefeitos eleitos em 2020, a região que mais elegeram os candidatos do PCdoB foi a região Nordeste, nos estados da Bahia e o Maranhão.[60] Dentre as capitais e cidades maiores, a candidata que mais chegou longe foi Manuela d'Ávila, que foi ao segundo turno das eleições de Porto Alegre. Em uma disputa acirrada, Manuela conseguiu 45,37% dos votos, perdendo para Sebastião Melo, que teve 54,63% dos votos.[61] Outro candidato que não conseguiu se eleger foi João Paulo, por Olinda. Ainda no primeiro turno, João foi derrotado com os 63,62% do Professor Lupércio, contra 23,32% do próprio.[62]
Em 2021, Flávio Dino, único governador eleito pelo PCdoB em 2018, anunciou a sua saída do partido após 15 anos de filiação.[63]
O 15º Congresso Nacional do PCdoB ocorreu em outubro de 2021 e reconduziu Luciana Santos na presidência do partido pelos próximos quatro anos. O evento foi nomeado “Haroldo Lima” em homenagem ao histórico dirigente comunista falecido neste ano em decorrência da Covid-19 e marcou os preparativos para o centenário do partido.[64] No evento, foi aprovada também uma resolução política com foco no fortalecimento da agremiação e na luta pela construção de uma frente ampla para isolar e derrotar o governo Bolsonaro.[65]
Organização
editar
Parlamentares atuaiseditar
Número de filiadoseditar
Presidentes nacionaiseditarJoão Amazonas foi o primeiro presidente do PCdoB e o presidiu desde sua fundação até sua morte, somando 40 anos. Renato Rabelo foi eleito presidente durante o 10º Congresso do partido. Luciana Santos é a primeira mulher a assumir a presidência do partido e foi reconduzida ao posto durante o 15º Congresso, com mandato até 2025.
|
Cisões
editarPartido Comunista do Brasil (PCB) 1922–1961 |
Partido Comunista Brasileiro (PCB) 1961–1992 |
Partido Popular Socialista (PPS) 1992–2019 |
Cidadania 2019–presente | ||||
Partido Comunista (PC) 1992–1993 |
|||||||
Partido Comunista Brasileiro (PCB) 1993–presente | |||||||
Liga Comunista Internacionalista (LCI) | |||||||
Partido Operário Leninista (POL) | |||||||
Partido Socialista Revolucionário (PSR) | |||||||
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) 1962–presente | |||||||
Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR8) | Partido Pátria Livre (PPL) 2009–2019 |
- Partido Comunista Revolucionário - PCR (1966) - O PCR foi uma cisão do PCdoB ocorrida em 1966, quatro anos após a reorganização do Partido Comunista do Brasil. Foi formado por alguns militantes do movimento estudantil e alguns ativistas das Ligas Camponesas. Seus militantes, em 2016, fundaram o partido Unidade Popular (Brasil).[71]
- Ala Vermelha do PCdoB (1966) - Favorável à tática foquista, a Ala Vermelha foi uma das cisões surgidas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em 1966.[72][73][74]
- Partido Revolucionário Comunista - PRC (1979) - O Partido Revolucionário Comunista (PRC) foi uma cisão do PCdoB ocorrida em 1979. Essa organização política brasileira atuou de 1980 a 1989, e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) junto à Ala Vermelha.[36] Hoje em dia, funciona como tendência interna do PT, com o nome de Democracia Radical (DR); a qual é fruto de uma fusão com outra tendência interna do Partido dos Trabalhadores, a Tendência Marxista (TM).
Desempenho eleitoral
editarLegislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
48ª (1987–1991) | 3 / 494 |
0,60 | 3 |
49ª (1991–1995) | 5 / 503 |
0,99 | 2 |
50ª (1995–1999) | 10 / 513 |
1,94 | 5 |
51ª (1999–2003) | 7 / 513 |
1,36 | 3 |
52ª (2003–2007) | 12 / 513 |
2,33 | 5 |
53ª (2007–2011) | 13 / 513 |
2,53 | 1 |
54ª (2011–2015) | 15 / 513 |
2,92 | 2 |
55ª (2015–2019) | 10 / 513 |
1,94 | 5 |
56ª (2019–2023) | 9 / 513 |
1,75 | 1 |
57ª (2023–2027) | 6 / 513 |
1,16 | 3 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais
editarParticipação e desempenho do PCdoB nas eleições estaduais de 2022[76] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (5 governadores e 8 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PCdoB durante a eleição.
|
Participação e desempenho do PCdoB nas eleições estaduais de 2018[76] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (11 governadores e 19 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PCdoB durante a eleição.
|
Eleições presidenciais
editarAno | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
1989 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
José Paulo Bisol
(PSB) |
Frente Brasil Popular (PT, PSB e PCdoB) |
31.076.364 (44,23%) | 2ª | |
1994 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
Aloizio Mercadante
(PT) |
Frente Brasil Popular pela Cidadania (PT, PSB, PCdoB, PPS, PV e PSTU) |
17.122.127 (27,04%) | 2ª | |
1998 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
Leonel Brizola
(PDT) |
União do Povo Muda Brasil (PT, PDT, PSB, PCdoB e PCB) |
21.475.218 (31,71%) | 2ª | |
2002 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
José Alencar
(PL) |
Lula Presidente (PT, PL, PCdoB, PMN e PCB) |
52.793.364 (61,27%) | 1ª | |
2006 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
José Alencar
(PRB) |
A Força do Povo (PT, PRB e PCdoB) |
58.295.042 (60,83%) | 1ª | |
2010 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Para o Brasil Seguir Mudando (PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB, PTC e PTN) |
55.752.529 (56,05%) | 1ª | |
2014 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Com a Força do Povo (PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB) |
54.495.459 (51,64%) | 1ª | |
2018 | Fernando Haddad
(PT) |
Manuela d'Ávila
(PCdoB) |
O Povo Feliz de Novo (PT, PCdoB e PROS) |
47.040.906 (44,87%) | 2ª | |
2022 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
Geraldo Alckimin
(PSB) |
Brasil da Esperança (FE Brasil, PSB, Federação PSOL REDE, Solidariedade, PROS, Avante e Agir) |
60.345.999 (50,90%) | 1ª |
Referências
- ↑ a b TSE. «Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ a b c d «Direções e diretórios». PCdoB. Consultado em 30 de outubro de 2024
- ↑ a b Fundação Getúlio Vargas. «História do PCdoB (até 2014)». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ Fernandes, 2019, p. 163
- ↑ a b PCdoB (13 de setembro de 2019). «Nota: PCdoB segue coerente com sua identidade marxista-leninista». Consultado em 12 de abril de 2019
- ↑ Fernandes, Sabrina (2019). Sintomas mórbidos : a encruzilhada da esquerda Brasileira. São Paulo: [s.n.] OCLC 1229932805.
Embora ambas as partes reivindiquem a propriedade da história do Partido Comunista do Brasil (PCB) original, fundado em 1922, é a virada gradual do PCdoB de um partido comunista para o aceite de práticas social-democratas, e até uma política de apreço da burguesia nacional, que atualmente define sua localização no espectro político
Enquanto os documentos da recente era do PCdoB mantêm uma lealdade às suas raízes marxista-leninistas, eu argumento, contrariamente à visão geral de Daniel Aarão Reis, que esses documentos foram concebidos para coesão partidária em relação às suas raízes e não correspondem às práticas políticas que predominaram no PCdoB desde o período de democratização no Brasil. - ↑ Fernandes, Sabrina (2019). Sintomas mórbidos : a encruzilhada da esquerda Brasileira. São Paulo: Autonomia Literária. pp. 128–157. OCLC 1229932805
- «As diferenças entre os partidos de esquerda». Congresso em Foco. 30 de setembro de 2006
- «PSB e PCdoB devem formar federação; entenda as regras do novo modelo». Exame (revista brasileira). 29 de setembro de 2021
- Sergio Roxo (15 de setembro de 2020). «Partidos pequenos de esquerda e de centro já negociam formar federações; entenda as regras do novo modelo». 'O Globo
- Edmar Almeida de Macedo (2017). «Recrutamento político da esquerda nas eleições municipais do Brasil em 2016». Montevidéu: Biblioteca Digital da Justiça Eleitoral. Congresso Latino-americano de Ciência Política: 2-3
- ↑ «Juventude do PCdoB está "em contato com milhões de estudantes"». PCdoB. Consultado em 9 de agosto de 2023
- ↑ a b c TSE. «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». Consultado em 2 de dezembro de 2024
- ↑ a b FSP. «Membros do Foro de São Paulo Partidos». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ EIPCO (18 de outubro de 2019). «Membros do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ g1 (27 de outubro de 2024). «Mapa de Apuração e Resultado do 10 Turno das Eleições de 2025». g1. Consultado em 27 de outubro de 2024
- ↑ Senado Federal. «Senadores em Exercício 55ª Legislatura (2019 - 2023)». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ a b Câmara dos Deputados. «Deputados federais do PCdoB (56ª legislatura)». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ Wesley Bischoff (7 de outubro de 2024). «MDB, PP e PSD crescem e mantêm liderança no número de vereadores no Brasil; PSDB encolhe». G1. Consultado em 7 de outubro de 2024
- ↑ «PSB e PCdoB devem formar federação; entenda as regras do novo modelo | Exame». exame.com. Consultado em 23 de outubro de 2024
- ↑ Foco, Congresso em (30 de setembro de 2006). «As diferenças entre os partidos de esquerda». Congresso em Foco. Consultado em 23 de outubro de 2024
- ↑ «Partidos pequenos de esquerda e de centro já negociam formar federações; entenda as regras do novo modelo». O Globo. 29 de setembro de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2024
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeclassEsquerda
- ↑ PCdoB. «Apresentação do Partido». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ a b c d e f Fundação Getúlio Vargas. «GRABOIS, Maurício». Consultado em 5 de setembro de 2019
- ↑ PCB (26 de setembro de 2019). «As diferenças entre PCB e PCdoB». Consultado em 12 de abril de 2019
- ↑ «PCdoB se reforça com quatro vice-presidências». PCdoB. Consultado em 22 de novembro de 2023
- ↑ «1973-1979: Terror e crepúsculo da ditadura». issuu (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ Mota, Joanne (16 de julho de 2013). «CDM divulga registro raro da 7ª Conferência do PCdoB na Albânia». Vermelho. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ Portal Vermelho – www.vermelho.org.br. Por Mônica Simioni
- ↑ PCdoB. «União da Juventude Socialista (UJS)». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ «Juventude do PCdoB está "em contato com milhões de estudantes"». PCdoB. Consultado em 9 de agosto de 2023
- ↑ PSB (13 de dezembro de 2012). «PSB destaca os cinco anos de fundação da CTB». Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ a b Alzira Alves de Abreu. «Partido Comunista Brasileiro». Fundação Getulio Vargas. Consultado em 12 de abril de 2021
- ↑ «Declaração Sobre a Política do PCB». www.marxists.org. Consultado em 28 de março de 2024
- ↑ Buonicore, Augusto. «A Carta dos 100 e a reorganização do Partido Comunista do Brasil». Fundação Maurício Grabois
- ↑ SALES, Jean Rodrigues (2001). O Partido Comunista do Brasil nos Anos 60: Estruturação e Ação Orgânica. [S.l.: s.n.] pp. 18–19
- ↑ Fundação Getúlio Vargas. «PArtido Comunista Rebolucionário». www.fgv.br. Consultado em 5 de setembro de 2019
- ↑ Fundação Getúlio Vargas. «Aç/ao Popular (AP)». www.fgv.br. Consultado em 5 de setembro de 2019
- ↑ a b Marcia Ribeiro Dias e J. Manuel Santos Pérez. Antes do vendaval: um diagnóstico do governo Lula antes da crise política de 2005. [S.l.: s.n.] p. 192. Consultado em 9 de setembro de 2019
- ↑ a b c d e Fundação Getúlio Vargas. «Partido Comunista do Brasil». CPDOC. Consultado em 9 de setembro de 2019
- ↑ Hilário Dick. Gritos silenciados mas evidentes. [S.l.: s.n.] p. 291. Consultado em 9 de setembro de 2019
- ↑ Nuzzi, Publicado por Vitor; RBA, da (15 de agosto de 2011). «Há 30 anos, Conclat foi a matriz de unidades e desencontros sindicais». Rede Brasil Atual. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ a b «Só PC do B vota contra menção a Deus no texto da nova Constituição» (PDF). Folha de S. Paulo. 26 de setembro de 1987. Consultado em 9 de setembro de 2019
- ↑ «Há 30 anos, plenária criou no país a Corrente Sindical Classista - Portal Vermelho». www.vermelho.org.br. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ http://www.grabois.org.br/cdm/pcdob-documentos/44758/2017-05-13/cezar-xavier/7o-congresso-do-pcdob
- ↑ https://www.anitagaribaldi.com.br/produtos/263/livros/pcdob-documentos/o-socialismo-vive-documentos-do-8-congresso-do-pcdob.html
- ↑ Livro "O socialismo vive: documentos e resoluções do 8.º Congresso do PCdoB".
- ↑ «Respostas às perguntas mais freqüentes». www.grabois.org.br. www.pcdob.org.br. Consultado em 10 de setembro de 2019
- ↑ Revista Princípios. «Livro do 10º Congresso do PCdoB: imprescindível para quem quer mudar o Brasil». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Alan Carneiro. «Biografia de Agnelo Queirós». FGV. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ a b Marcelo Costa da Silva/Jean Spritzer. «Biografia de Aldo Rebelo». FGV. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Senado Federal (19 de outubro de 2005). «Leomar Quintanilha discursa como representante do PCdoB no Senado». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Inácio Arruda, do PCdoB, é eleito senador pelo Ceará - Portal Vermelho». www.vermelho.org.br. Consultado em 12 de dezembro de 2019
- ↑ G1 (13 de novembro de 2006). «Aldo Rebelo assume a Presidência da Repíblica». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ FGV. «História da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ ALESP (25 de outubro de 2005). «PCdoB realiza seu XI Congresso». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Simone Harnik (17 de outubro de 2008). «PT e PMDB ampliam número de prefeituras, e DEM e PSDB perdem». G1. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Estadão (15 de novembro de 2008). «SP sedia encontro mundial de partidos comunistas na 6ªf». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Programa Socialista para o Brasil». 10 de novembro de 2010. Consultado em 27 de fevereiro de 2017
- ↑ Vermelho (31 de maio de 2015). «Comitê Central elege Luciana Santos presidenta nacional do PCdoB». Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «PCdoB realiza seu 14º Congresso neste fim de semana em Brasília». Portal Vermelho. Consultado em 17 de novembro de 2017
- ↑ «Luciana reassume o PCdoB e lança movimento Frente Ampla». Brasil 247. Consultado em 20 de novembro de 2017
- ↑ «MDB encolhe, mas lidera ranking de prefeitos eleitos; PP e PSD crescem e ocupam 2ª e 3ª posições». G1. Consultado em 18 de junho de 2021
- ↑ «Resultado das Eleições e Apuração Porto Alegre-RS no 2º Turno | G1 Eleições». G1. Consultado em 18 de junho de 2021
- ↑ «Resultado das Eleições e Apuração Olinda-PE no 1º Turno | G1 Eleições». G1. Consultado em 18 de junho de 2021
- ↑ «Juntar forças para derrotar Bolsonaro, diz Flávio Dino sobre saída do PCdoB». noticias.uol.com.br. Consultado em 18 de junho de 2021
- ↑ «Rumo aos 100 anos, PCdoB inicia plenária final do 15º Congresso». PCdoB. Consultado em 17 de outubro de 2021
- ↑ «Luciana Santos é reeleita presidente nacional do PCdoB». Folha de Pernambuco. Consultado em 17 de outubro de 2021
- ↑ https://www.camara.leg.br/noticias/932756-oito-deputados-da-nova-legislatura-assumem-postos-no-executivo-federal/
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeEleitos2018
- ↑ Alzira Alves de Abreu. «PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB)». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getulio Vargas. Consultado em 5 de julho de 2019
- ↑ Jean Spritzer. «PARTIDO PÁTRIA LIVRE (PPL)». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getulio Vargas. Consultado em 5 de julho de 2019
- ↑ Alfaia, Iram (28 de maio de 2019). «TSE aprova incorporação do Partido Pátria Livre, o PPL, ao PCdoB». Portal Vermelho. Consultado em 29 de maio de 2019
- ↑ Silva, Magno Francisco da (2017). «2. A concepção programática do PCR: A escolha do nordeste como área principal da revolução brasileira». Formação e trajetória do PCR em Alagoas durante a ditadura militar (1966-1973) (PDF) (Dissertação de Mestrado em História). Maceió: Universidade Federal de Alagoas
- ↑ Harnecker, 1994, p. 142
- ↑ Projeto Brasil Nunca Mais, 1988, p. 65
- ↑ Silva, 1987, p. 131-132
- ↑ Bancada na Eleição Portal da Câmara dos Deputados. Acessado em 12 de abril de 2021.
- ↑ a b TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 12 de abril de 2021
Bibliografia
editar- BORGES, Joana d'Arc Mesquita. Teoria das necessidades em Marx e o projeto socialista do PcdoB (8a Conferência). 1996. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Federal do Ceará. [Orientador: Manfredo Araújo de Oliveira]
- GALDINO, Antonio Carlos. O PC do Brasil e o movimento de luta armada nos anos 60. Campinas, 1994. (Dissertação de mestrado), Unicamp, 1994.
- POMAR, Valter Ventura da Rocha. Comunistas no Brasil: interpretações sobre a cisão de 1962. São Paulo, 2000. (Dissertação de mestrado). USP.
- SALES, Jean Rodrigues. O PCdoB nos anos 60: estruturação orgânica e atuação política. Cadernos AEL/Tempo de ditadura: do golpe aos anos 70. Campinas, Unicamp, vol 8, no 14/15, p. 13-49, 2001.
- SANTOS, Andréa Cristina dos. Ação entre amigos: história da militância do PCdoB em Salvador (1965-1973). Salvador, 2004 (Dissertação de Mestrado)
- TAVARES, Rodrigo Rodrigues. A "Moscouzinha" brasileira: cenários e personagens do cotidiano operário de Santos. São Paulo: Humanitas, 2007
- CABRAL, Pedro. Xambioá - Guerrilha do Araguaia. São Paulo: Record, 1993.
- CAMPOS FILHO, Romualdo Pessoa. Guerrilha do Araguaia. A esquerda em armas. Goiânia,GO: Edit. da UFG, 1997
- CANALE, Dário. Problemas da construção da história do Partido Comunista Brasileiro. Novos Rumos, São Paulo, n. 1 v.1, jan.-mar. de 1986, p. 77-92.
- CASSIN, Marcos. Partido Comunista do Brasil (PCdoB): fundação e trajetória. Piracicaba, SP: 1996, mimeo.
- CHILCOTE, Ronald. O Partido Comunista Brasileiro: conflito e integração (1922-1972). Rio de Janeiro: Graal, 1982.
- Diário da guerrilha do Araguaia. São Paulo: Alfa-Ômega, 1979.
- DÓRIA, P. et al. A guerrilha do Araguaia. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978.
- JOFFILY, Bernardo. O melhor aniversário para o PCdoB. Questão de ordem, São Paulo, n. 114, 15 de março de 1999.
- LIMA, Haroldo. Itinerário de lutas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de 1922 a 1984. 3. ed. Salvador: Editora Maria Quitéria, 1984.
- PANDOLFI, Dulce. Camaradas e companheiros. História e memória do PCB. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Lisboa: Maria da Fonte, 1974a.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Cinquenta anos de luta. Lisboa: Maria da Fonte, 1974b.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro: documentos do PC do Brasil – de 1960 a 2000. São Paulo: Anita Garibaldi, 2000.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Dois caminhos opostos – PCdoB e PCB. São Paulo: Anita Garibaldi, (s/d).
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Guerra Popular: caminho da luta armada no Brasil. Lisboa: Maria da Fonte, 1974c.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Guerrilha do Araguaia. São Paulo: Anita Garibaldi, 1996.
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. A linha política revolucionária do Partido Comunista do Brasil. Trinta anos de conflito ideológico: marxismo e revisionismo. São Paulo, Anita Garibaldi, 1990.
- POLLAK, Michael. Memória, esquecimento e silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
- POMAR, Wladimir. Araguaia, o Partido e a Guerrilha. São Paulo: Global, 1980.
- PORTELA, Fernando. A Guerra de guerrilhas no Brasil. São Paulo: Global, 1979.
- RIDENTI, M. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo, Editora da UNESP, 1993.
- SÁ, Glênio. Relato de um Guerrilheiro. São Paulo: Anita Garibaldi, 1990.
- SALES, Jean Rodrigues. Partido Comunista do Brasil – PCdoB: propostas teóricas e prática política – 1962-1976. Dissertação de mestrado, Campinas, SP: UNICAMP, 2000.
Ligações externas
editar