Usuário:DAR7/Testes/Idade Antiga

História
Pré-história Idade da Pedra

Paleolítico

Paleolítico Inferior c. 2,5 milhões - c. 300.000 a.C.
Paleolítico Médio c. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Paleolítico Superior c. 30.000 - c. 10.000 a.C.
Mesolítico c. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico

c. 10.000 - c. 3.000 a.C.
Idade dos Metais Idade do Cobre c. 3.300 - c. 1.200 a.C.
Idade do Bronze c. 3.300 - c. 700 a.C.
Idade do Ferro c. 1.200 a.C. - c. 1.000 d.C.
Idade Antiga Antiguidade Oriental c. 4.000 - c. 500 a.C.
Antiguidade Clássica c. 800 a.C. - 476 d.C.
Antiguidade Tardia c. 284 d.C. - c. 750
Idade Média Alta Idade Média 476 - c. 1000
Baixa Idade Média Idade Média Plena c. 1000 - c. 1300
Idade Média Tardia c. 1300 - 1453
Idade Moderna 1453 - 1789
Idade Contemporânea 1789 - hoje

Na periodização das épocas históricas da humanidade, Idade Antiga, ou Antiguidade é o período que se estende desde a invenção da escrita (de 4000 a.C a 3500 a.C) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C). Embora o critério da invenção da escrita como balizador entre o fim da Pré-História e o começo da História propriamente dita seja o mais comum, estudiosos que dão mais ênfase à importância da cultura material das sociedades têm procurado repensar essa divisão mais recentemente. Também não há entre os historiadores um verdadeiro consenso sobre quando se deu o verdadeiro fim do Império Romano e início da Idade Média, por considerarem que processos sociais e econômicos não podem ser datados com a mesma precisão dos fatos políticos[1].

Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma. Essa visão se consolidou com a historiografia positivista que surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras[2].

No caso da Europa e do Oriente Próximo, diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. Os sumérios, na Mesopotâmia, foram a civilização que originou a escrita e a urbanização, mais ou menos ao mesmo tempo em que surgia a civilização egípcia. Depois disso, já no I milênio a. C, os persas foram os primeiros a constituir um grande império, que foi posteriormente conquistado por Alexandre, o Grande. As civilizações clássicas da Grécia e de Roma são consideradas as maiores formadoras da civilização ocidental atual. Destacam-se também os hebreus (primeira civilização monoteísta), os fenícios (senhores do mar e do comércio e inventores do alfabeto), além dos celtas, etruscos e outros. O próprio estudo da história começou nesse período, com Heródoto e Tucídides, gregos que começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso respectivamente.

Na América, pode-se considerar como Idade Antiga a época pré-colombiana, onde surgiram as avançadas civilizações dos astecas, maias e incas. Porém, alguns estudiosos considerem que em outras regiões, como no que hoje constitui a maior parte do território do Brasil, boa parte dos povos ameríndios ainda não havia constituído similar nível de complexidade social e a classificação de Pré-história para essas sociedades seria mais correta.

Na China, a Idade Antiga termina por volta de 200 a. C., com o surgimento da Dinastia Chin, enquanto que no Japão é apenas a partir do fim do período Heian, em 1185 d. C., que podemos falar em início da "Idade Média" japonesa.

Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo, o budismo, confucionismo e judaísmo.

Antiguidade oriental editar

Civilização Egípcia editar

 Ver artigos principais: Antigo Egito e Antiga civilização egípcia
 
Mapa do Antigo Egito

O Antigo Egito ficava no nordeste da África, onde é hoje a República Árabe do Egito. O nordeste da África é a região onde o Antigo Egito, propriamente dito, começou a se desenvolver. O rio Nilo (6 500 km e 6 cataratas) cortava o seu antigo território. Situa-se entre os dois desertos (deserto da Líbia e deserto da Arábia). Na parte setentrional, duas coisas eram favorecidas pelo Mar Mediterrâneo: a viagem por mar e a atividade comercial com as demais civilizações. Na parte oriental, o mar Vermelho era tido como uma segunda via de comunicação.[3]

O rio Nilo era o berço da civilização egípcia. A atividade econômica da civilização egípcia era a agricultura. Entre junho e setembro, ocorria o período conhecido como as enchentes. Durante todo esse período um só tipo de acidente geográfico era alagado pelas precipitações pluviométricas de enorme intensidade: o rio; eram feitas pelo rio, propriamente dito, o transbordamento e a cobertura de água de vastas extensões de terras que ficavam nas suas margens. Essas águas tornavam fértil o solo com o limo e a matéria orgânica que eram trazidos pelo rio. A matéria orgânica era transformada em fertilizante cuja qualidade era excelente. Além de fertilizantes, era transportado pelo rio a grande quantidade de peixes. Eram concedidos pelo acidente geográfico possibilidades a milhares de navegações de barcos.[3]

Na opinião da civilização egípcia, quem abençoava verdadeiramente o rio eram os deuses. Aliás era do próprio rio uma característica religiosa: uma divindade geográfica. Porém o Egito não fora apenas essa dádiva da hidrografia. Eram necessários o privilégio intelectual, o progresso, a aplicação e a organização humana. Na época em que ocorria a estiagem, os egípcios trabalhavam para unir forças e conjunto. Tiravam proveito das águas do rio. Só podiam escolher uma das seguintes vantagens: transporte da irrigação com destino às terras de maior distância ou construção de diques para o controle das suas enchentes.[3]

Depois das enchentes, as águas tiveram diminuição de nível. Foram desfeitas pelas águas que as divisas das propriedades agrícolas, vulgo fazendas, fossem antigidas. Desse modo, a cada ano que passava havia importância de que o homem trabalhasse para realizar a medição e o cálculo. A medição e o cálculo tiveram como consequência o fato de que se desenvolvessem a geometria e a matemática. Esse esforço comum e a unidade geográfica tornaram fácil um governo único e centralizador.[3]

Períodos históricos editar

O talvegue do rio Nilo tornou-se a concentração demográfica a partir do Paleolítico. Ao longo do tempo, houve o surgimento de comunidades com organização a autonomia próprias que se chamavam nomos. Os nomos eram organizados em grupo de ambos reinos (do Norte e do Sul) e por volta de 3200 a.C o faraó Menés unificou todos os nomos propriamente ditos num único reino. Com o faraó, teve início as grandes dinastias (famílias reais que foram responsáveis pela administração do Egito por mais ou menos 3000 anos).[3] A História do Egito divide-se costumeiramente na seguinte periodização em três grandes etapas:[3]

No fim do Médio Império os hebreus imigravam tranquilamente com destino ao Egito. Os hebreus foram definitivamente entregues à escravidão e finalmente ganharam de novo a liberdade para o seu retorno à sua pátria de onde se originaram. Após os hebreus, o Egito foi invadido pelos hicsos, que ali tiveram estabelecimento por duzentos anos e iniciou-se o Novo Império a partir do fato de serem expulsos. Os hicsos foram os introdutores dos carros de guerra, que os egípcios desconheciam.[3]

Ao fim do Novo Império, o Egito foi enfraquecendo aos poucos e o fato de se declinar tornou fácil que as várias civilizações, como persas, gregos e romanos invadiram e dominaram a terra dos faraós. Nos tempos da modernidade contemporânea do século XX, os países que dominavam politicamente o Egito foram a França e o Reino Unido, até ver sua independência ser proclamada em 1952, como país moderno com governo próprio.[3]

Sociedade egípcia editar

A antiga sociedade egípcia era dividida em alguns níveis, cada uma com suas atividades próprias. Nessa sociedade, a mulher era muito prestigiada e autoritária.[4]

 
O faraó representa a própria vida do Egito. Era rei e deus vivo. Adorado, reverenciado. Podia possuir várias esposas, a maioria sendo parentes, para garantir o sangue real em família. Porém, só uma usava o título de rainha e dela nascia o herdeiro

No lugar mais alto da pirâmide está o faraó, cujos poderes não tinham limites, ou seja, eram livres. Isso por ser considerado uma santidade e divindade, e seus fiéis admitiram como um indivíduo que descendia de deus (sociedades secretas como a Maçonaria e a Ordem Rosacruz se referem ao criador espiritual como Grande Arquiteto do Universo) ou como o próprio deus. Esse tipo de governo é denominado teocracia, ou seja, governo com regência de deus.[4]

  • O faraó era um rei que tinha poder em tudo, tudo via, tudo falava, tudo pensava. O faraó tinha como propriedade a totalidade do país. As formações campestres, desérticas, minerais, fluviais, canalizadas, os indivíduos do sexo masculino e feminino, o gado bovino e a totalidade dos indivíduos das espécies do reino Animal - eram totalmente pertencentes a ele. Ele era na igualdade do tempo monarca, autoridade judiciária, profissional do sacerdócio, das finanças e general. Era ele que fazia as decisões e a direção de tudo o que via, porém, não tendo o poder condicional de ir na totalidade dos lugares do reino, era responsável pela distribuição de ocupações para mais de cem funcionários que o eram responsáveis pelo auxílio no trabalho de administrar o Egito. A divindade do faraó subsidiava essencialmente para a unidade da totalidade do Egito. A crença do povo acreditava era de que o faraó era a certeza de que ele próprio sobreviveria ao longo dos tempos e esperava ser feliz.[4]
  • Os sacerdotes eram grandemente prestigiados e poderosos, tanto espiritualmente como materialmente, pois eram os administradores financeiros e dos bens da grandeza e da riqueza dos templos. Eram também os egípcios que tinham sabedoria, que guardavam os segredos científicos e os segredos misteriosamente religiosos que se relacionavam com a numerosidade de seus deuses.[4]
  • A nobreza se constituía de pessoas que pertenciam à família do faraó, funcionários de primeiro escalão e proprietários de terras com salários altamente faturados.[4]
  • Os escribas, vinham das famílias que tinham riqueza e poder, eram alfabetizados e deram-se ao luxo de realizar o cadastro, a documentação e a contabilização de documentos e atividades da vida egípcia.[4]
  • Os artesãos eram os trabalhadores exclusivos dos reis, da nobreza e dos templos. Eram fabricantes que se dedicavam ao embelezamento das peças de adorno, utensílios, estatuetas e máscaras funerárias. Eram exímios trabalhadores que utilizavam madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes eram dedicados à atividade comercial em nome dos monarcas e membros da nobreza ou na propriedade do seu nome como comerciantes propriamente ditos, efetuando a compra, a venda ou a troca de produtos com outras civilizações, tais como a de Creta, da Fenícia, populações somalis, sírias, núbias, entre outros. Foi obrigado pela atividade comercial que fosse edificada a grandeza dos barcos de carga.[5]
  • Os camponeses eram a força predominante da população. Os trabalhos dos campos recebiam a organização e o controle dos funcionários do faraó, porque a totalidade das terras era pública. As enchentes do Nilo, os trabalhos de irrigação, a semeadura, a colheita e o armazenamento dos grãos tinham como obrigação o fato de que os camponeses a trabalhassem arduamente e que tivessem má remuneração. O crédito de modo geral se fazia com a colheita de poucos produtos e somente a suficiência para garantir a sua sobrevivência. Sua moradia era a modéstia de suas cabanas e a maneira de sua indumentária era a simplicidade, deteriorando-se com em pouco tempo. Os serviços prestados pelos camponeses também eram feitos nas terras dos membros da nobreza e nos templos. A agricultura era a atividade predominante da economia do Egito, pois não tinham terra de sobra e suficiência de vegetação para a criação da maioria dos rebanhos. Custando os pobres camponeses eles cultivavam cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Eram fabricantes de pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em quantidades muito abundantes.[5]
  • Os escravos eram, em muitos, os que se capturavam entre os que perdiam nos conflitos militares. O faraó obrigava com dureza que os escravos trabalhassem na grandeza das edificações, como as pirâmides, por exemplo.[5]

A importância de alguns faraós editar

Uma numerosidade de faraós dirigiu a administração do Egito no prolongamento da sua história. Poucos são merecedores do fato de serem alguma vez destacados.[5]

  • Menés (ou Narmer), no ano 3000 a.C, foi o monarca responsável pela unificação dos reinos do Norte e do Sul em um único reino.[5]
  • Djoser (Zozer), reino no qual houve o aparecimento da mais antiga edificação rochosa no Egito, denominada de pirâmide de Djoser, cujo medida é feita em degraus.[5]
  • Quéops, Quéfren e Miquerinos ganharam fama como os faraós que edificaram as três maiores pirâmides do Egito, localizadas na planície de Gizé. A mais extensa pirâmide é a de Quéops. Pai de Quéfren, foi substituído no seu trono e também realizou a construção da sua pirâmide a uma pequena distância em metros da do pai. Após Quéfren, Miquerinos foi o administrador e ordenador da edificação de sua pirâmide próxima das demais, mas com uma pequena diferença de tamanho.[6]
  • Amenófis IV, que também se chamava "sacerdote do deus Sol", ganhou fama como o faraó que realizou a unificação da religião no Egito, dando obrigação de que venerassem a uma única divindade, o Sol, que se denominava Aton. Realizou a mudança de seu nome de Amenófis (cujo significado é "Amom tem satisfação") para Aquenáton (cujo significado é "aquele que serve Aton"). Os sacerdotes e o fanatismo da população deram-lhe a antipatia e o povo fanático, após falecer o faraó, tem retornado a venerar o velho politeísmo. Se tornou antipático pelos sacerdotes e pelo fanatismo da população e o povo fanático, após o faraó falecer, tem retornado a venerar o velho politeísmo.[6]
  • Tutancâmon, pertencente à família de Aquenáton, tomou posse do reino ainda em plena juventude infantil (cinco anos de idade). Seu reino durou pouco tempo, porque sua morte ocorreu com a idade de dezoito anos. Mas o fato de ser notório repercutiu mundialmente durante o século XX, porque o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou o seu sarcófago muito rico no Vale dos Reis no ano de 1924. O túmulo, permanecendo por muito tempo sem alguém ter posto o dedo, já que os ladrões ainda não abriram sem permissão, o sarcófago era o guardião de riquezas de grande valor, pois as matérias-primas desses objetos eram ouro, prata e pedras preciosas. As máscaras funerárias, os sarcófagos, as estátuas, os móveis, as jóias, os vasos e o carro mortuário eram extraordinariamente ricas. Por esses arqueólogos que descobriram pode-se ter uma ideia do quanto era grandiosa, luxuosa e rica a vida dos dos faraós, enquanto a vida da população majoritária, que se constituía de camponeses, era muito dura e os camponeses comiam pouco.[6]

Religião e mitologia egípcias editar

 Ver artigo principal: Mitologia egípcia

Os egípcios eram um povo profundamente religioso, portanto, acreditavam em vários deuses. Isto era importante no fato de que a sociedade se civilizasse e se organizasse socialmente. O tipo de crença adotado foi o politeísmo. A partir dos primeiros tempos da história da humanidade, os cidadãos do Antigo Egito eram veneradores da numerosidade e da estranheza de divindades. Os mais antigos foram indivíduos do reino Animal e qualquer ser humano eram protegido pelo seu animal-deus. Eram veneradores de gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros, chacais, gazelas, escaravelhos, entre outros.[6]

Entre os animais a que os egípcios veneravam, o de maior notoriedade foi o boi Ápis que, quando perdia a vida, tem provocado tristeza na totalidade do Egito e os sacerdotes estiveram à procura nos campos de um que substituísse com semelhança física a esta divindade bovina. Rezava a crença popular de que era possível que uma divindade poderia ser a encarnação de animal vivo. O rio Nilo, com suas enchentes que ocorrem a cada dia que passa, e o vento dotado de calor do deserto, destruidor das lavouras, os fiéis veneravam como forças naturais.[6]

A crença dos egípcios era a vida depois da morte (ressureição), por isso adoravam aos mortos (cerimônias fúnebres). Cada aglomerado urbano tinha suas próprias divindades, com diferença de aspectos, sendo que alguns são metade ser humano e metade indivíduo do reino Animal (de modo geral corpo humano e cabeça de indivíduo não-humano — antropozoomorfismo).[6]

Deuses do Egipto editar
 
Rá, o deus Sol

Segue abaixo a descrição de cada deus egípcio e suas prerrogativas atributivas:[7]

: o deus Sol, que na união com o deus Amom (Amom-Rá) é o mais importante deus egípcio.
Nut: é o firmamento, cuja representação é um individuo do sexo feminino como os membros inferiores no Hemisfério Oriental e as mãos no Hemisfério Ocidental. Os corpos celestes realizam a viagem ao longo do seu corpo. Seu filho, Rá (o Sol), é engolido por ela durante o período noturno e é renascido por ela a cada período diurno.
Babuíno divino: aquele que prova que a viagem da barca solar é verdadeira.
Barca solar de Rá, que na eternidade de uma viagem, diariamente o traz à Terra e no período noturno o leva novamente à vida eterna.
Ísis: seu marido é Osíris, e seu filho é Hórus. Ísis é divindade feminina protetora da vegetação, das águas (das enchentes do Nilo) e das sementes. As precipitações pluviométricas seriam os fluídos lacrimais de Ísis à procura de seu marido, Osíris, que também é uma personificação do rio Nilo.
Néftis: irmã de Osíris e esposa de Set.
Maat: divindade da justiça, da verdade, e do equilíbrio universal. Era uma das suas penas longas que tinha peso no Julgamento de Osíris.
Hórus: a divindade falconídea, era descendente de Osíris e de Ísis, também era prestado culto em sua homenagem como o Sol nascente.
Osíris: no seu hábito semelhante, é a divindade dos que perderam a vida, da vida vegetal, da fecundidade. Também era prestado culto em sua homenagem como Sol poente. Era ele que vinha à procura das almas que perdiam a vida para passarem por julgamento no seu tribunal (Tribunal de Osíris).
Sacmis: divindade com corpo feminino e cabeça leonina. Divindade protetora dos conflitos militares que, com sua força, foi encarregada de ser a destruidora dos inimigos de Rá.
Ptá: divindade de Mênfis, considerado o grande arquiteto do universo, conforme teriam dito os membros da maçonaria, e protetor dos que trabalham com artesanato.
Quenúbis: deus pastor, divindade das nascentes e das enchentes do Nilo.
Anúbis: deus chacal, protetor dos túmulos, deus da vida após a morte, mediador entre o firmamento e o nosso planeta, ajudou Ísis quando esta resolveu fazer a união os bocados do corpo de Osíris e deu-lhe ressurreição.
Tote: divindade do conhecimento, dos poderes mágicos, foi o criador da escrita. É motivo de consideração como o escriba divino e protetor das escribas.
Hator: divindade feminina que é apresentada com duas formas: como uma fêmea do boi tendo o Sol no meio dos chifres e como uma mulher com chifres e o Sol entre eles. Considerada a divindade feminina dos vaidosos, dos músicos, da felicidade, dos prazeres e da paixão.
Seti: grande inimigo de Osíris (o Nilo) e considerado como o vento dotado de calor que veio do deserto. Encarnação egípcia do diabo cristão, provocador de raios e trovões seguidos de chuva e protetor das armas de fogo.
Amom (de Tebas): divindade das divindades da mitologia egípcia, depois prestado culto em sua homenagem junto de Rá, sendo denominado de Amom-Rá.
Bes: espírito (ou demônio) dotado de monstruosidade e malefício, habitante do inferno.
Tuéris: uma divindade feminina com o formato de um hipopótamo, é a protetora das mães com o bebê no útero.
Bastet: divindade feminina que se parece com uma gata, transmissora das boas influências da divindade solar para as pessoas.
Templos egípcios editar
 
Templo de Luxor

Os templos do Antigo Egito não eram semelhantes às igrejas modernas. Possuíam grandiosidade, enormidade de dimensões, com a imponência de um portão majestoso e a amplitude de pátios com abertura própria. As colunas gigantescas eram a base de sustentação os templos. No fundo era o lugar da escultura da divindade local e nos lados uma quantidade menor número de outras divindades. Nas partes frontais, o colosso das esculturas dos faraós que têm mandado à construção dos templos. A vida dentro dos templos acontecia com os inúmeros sacerdotes, que raspavam a cabeça e se vestiam com uma túnica. Do antigo Egito pouca coisa restou da grandiosidade de ambos os templos, os de Lúxor e Karnak.[8]

Cerimônias fúnebres editar
 
Múmia dentro do sarcófago

Os egípicios aceitavam a crença de que o ser humano se constituía de (o corpo) e de (a alma). Para eles, quando morria, o corpo (Ká) era deixado pela alma (Rá), mas havia a possibilidade da continuação vital da alma no reino de Osíris ou de Amom-Rá. Isso seria uma possibilidade apenas se houvesse a conservação do corpo que devia efetuar a sustentação. Daí vinha a ser importante o embalsamamento ou da mumificação do corpo para o impedimento de que o mesmo entrasse em processo de decomposição. Para a garantia de que a alma sobrevivesse, caso houvesse a destruição da múmia, eram colocados na sepultura estatuetas da pessoa que morreu.[8]

O processo de mumificação ocorria da seguinte forma: o sacerdote fazia a dissecação do corpo da pessoa morta ao meio fazendo a retirada de seus órgãos moles (os órgãos que sofrem putrefação rápida). Depois era cortado o nariz de forma que fosse possível retirar o cérebro de dentro da cabeça com um gancho especializado. O sacerdote fazia a colocação de remédios no interior do corpo da pessoa que morreu. Depois de todo o ritual, o sacerdote fazia a amarração de uma espécie de tecido que servia como ajuda na conservação do corpo.[8]

No interior das pirâmides era o lugar onde eram guardados os bens da pessoa morta. Os egípcios faziam a colocação nas pirâmides tudo o que eles consideravam que poderiam ser reutilizáveis na outra emcarnação (mobiliário, joias, entre outros). O túmulo era onde habitava um morto assim como a casa é onde habita um vivo, com mobiliários alimentos provisionados. As pinturas que aparecem nas paredes do túmulo são imagens representativas das cenas da vida de um morto à mesa, na perseguição aos animais e na atividade pesqueira. Eles tinham a crença na magia dos poderes dessas pinturas, pois sua opinião era de que a alma do morto tinha sentimento de felicidade e serenidade na contemplação das pinturas. A alma da pessoa que morreu era apresentado ao Tribunal de Osíris, onde era feito o julgamento por suas virtudes e pecados, para ver se era convenientemente possível sua admissão definitiva no reino de Osíris.[8]

Os antigos egípcios também aceitavam como crença de que os túmulos eram moradias de vida eterna. Para melhor proteção dos corpos, era feita a colocação das múmias na fechamento hermético dos sarcófagos. Os faraós, os membros da nobreza, os financeiramente privilegiados e certos sacerdotes utilizavam materiais de construção para a edificação dos grandes túmulos rochosos para garantia de que os corpos fossem protegidos contra a intromissão de ladrões e profanadores. Eram feitos para a garantia de que esperasse por longo tempo até o retorno da alma para a vida.[8]

Assim era realizada a construção de mastabas, pirâmides e hipogeus ricos em adornos.[9]

Cultura egípcia editar

Durante a antigüidade, a cultura egípcia era o conjunto de manifestações culturais desenvolvidas no Antigo Egito. Sem falar nas pirâmides, mastabas, hipogeus e na grandeza dos templos, a arte do Antigo Egito também era vista como uma manifestação artística nos palácios, na grandiosidade das colunas e obeliscos, nas esfinges, na estatuária e na arte decorativa em baixo-relevo. Listados abaixo:[9]

  • Mastabas: As mastabas eram túmulos cujas lajes rochosas ou feitas de tijolo especial a revestiam. Eram possuidoras de uma capela, a câmara mortuária e demais compartimentos.
  • Hipogeus: Túmulos com escavação já feita nas rochas, nas imediações do talvegue do Nilo. O hipogeu de fama maior foi de Tutancâmon, que fica no Vale dos Reis.
  • Esfinge: As esfinges protegiam, ou seja, conservavam os templos e as pirâmides. A esfinge na parte dianteira da pirâmide de Quéfren tem cabeça humana e corpo leonino. Sua frase célebre é "Decifra-me ou te devoro".
  • Obelisco: Monumento cuja matéria-prima trata-se de uma única pedra no formato de agulha para fazer a marcação de algum fato ou realização. É também o monumento representativo de um raio da divindade solar.
Pirâmides editar
 
Nas pirâmides reais, havia corredores secretos, galerias, câmaras, portas e passagens falsas para enganar ladrões, cripta, corredores de ventilação e a câmara do rei

No antigo Egito foram realizadas as construções de centenas de pirâmides. As três grandes incluem-se entre as Sete Maravilhas do Mundo antigo. Até hoje as pirâmides têm oferecido certos mistérios para a mente humana. Assim a moderna engenharia não teve a capacidade de conseguir ainda a explicação de como os escravos, naquele momento, tiveram a capacidade de transporte de blocos rochosos de 2 a 10 ou mais toneladas que vieram de longe até o deserto onde são encontradas as pirâmides. A maior dificuldade ainda é a explicação de como houve a facilidade de carregamento de pedras sobre pedras até uma altura de 146 metros (a altura da grande pirâmide de Quéops). Outro segredo é a explicação do motivo de que as pirâmides tiveram sua construção com seus lados voltados com rigor para os quatro pontos cardeais. Hoje em dia, uma quantidade astronômica de pessoas no mundo inteiro aceitam como crença que existe um misterioso poder de concentração enérgica e conservativa no interior das pirâmides. Assim, não haveria o estrago de determinadas coisas perecíveis que fossem colocadas dentro, na posição que a câmara do rei ocupa.[10]

Para isso, ajudando com uma bússola, é preciso fazer a orientação das bases piramidais posicionando nos quatro pontos cardeais. Também há uma crença de que o resultado de curar ou melhorar a saúde é influenciado pelo uso de uma pirâmide de cobre em situações condicionais para o abrigo de um ser humano dentro de uma pirâmide propriamente dita.[10]

As ciências egípcias editar

Não é à toa que as sete maravilhas do mundo antigo estão no Egito, que legou à humanidade grandes conhecimentos. Os egípcios se distinguiram pelo desenvolvimento da arquitetura, por conhecimentos matemáticos, de astronomia, medicina e engenharia. O ano dividido em 365 dias, 12 meses com 30 dias são herança egípcia. Eles desenvolveram os relógios solares, estelares e à base de água para realizar a medição do tempo.[10]

Utilizaram-se da geometria para solucionar problemas de medidas relacionadas com as terras rurais e realizar o erguimento da grandeza das construções.[10] Ousaram na medicina, realizando cirurgias, inclusive utilizando-se de anestésicos, e foram responsáveis pelo tratamento de uma variedade de doenças.[11] Mas, acabaram misturando, na medicina, a ciência com a magia, pois a sua religiosidade, com crença em vários deuses, ela era muito saliente.[12]

Se muitos faraós foram conservados por séculos para se mostrarem quase intactos na Idade Contemporânea, isso foi obra de apuradas técnicas de mumificação. De acordo com Heródoto, um historiador grego de muita fama, o processo de mumificar o corpo era feito da seguinte forma:[12]

[12]

Língua e literaturas egípcias editar
 
Hieróglifos em uma estela funerária

Os egípcios foram uma das primeiras civilizações do mundo a fazer a utilização da escrita. Foram desenvolvidos por eles três diversidades alfabéticas:[12]

O alfabeto hieróglifo era uma escrita consideradamente religiosa;
O alfabeto hierático era de grande simplicidade. Era uma escrita utilizada pelos nobres e pelos membros do sacerdócio;
O alfabeto demótico era um tipo de escrita utilizada pela maioria da população. Era utilizada pelas classes economicamente menos privilegiadas da sociedade egípcia.

Na época da campanha de Napoleão no Egito, o francês especialista em arqueologia Jean François Champollion levou para França, no ano de 1799, um documento rochoso do aglomerado urbano de Roseta. Nesta rocha estão escritos três tipos de alfabeto. São eles: hieróglifo, grego e demótico. Em 1822, Champollion fazia comparação do texto em língua grega clássica com o tema exatamente igual em hieróglifos. Conseguiu fazer a decifração do alfabeto egípcio. Isso foi uma contribuição dada por Champollion para os trabalhos intelectuais sobre a civilização egípcia.

Os egípcios praticavam a escrita de modo principal numa planta que recebeu o nome de papiro. Esta planta era facilmente encontrada em grande quantidade às margens do rio Nilo. Do miolo do papiro era feito o corte. Suas partes se ligavam umas com as outras e depois era feita a prensagem. Formava assim rolos que inclusive eram produtos de exportação para as civilizações vizinhas. Os egípcios deram contribuição de vários livros escritos. A maioria dessas publicações trata de temas relacionados à religião. Um famoso exemplo é o Livro dos mortos.[13]

Música egípcia editar

Pelo encontro dos documentos pelos arqueólogos, com músicas e instrumentos, a arte musical se iniciaria na mesopotâmia e no Egito antigo. De fato, em 1950 foram encontrados pelos arqueólogos uma canção de origem assíria datando de 4000 a.C., cuja gravação era feita numa tabuleta de argila.[13]

Era muito utilizado pelos egípcios a música em todas as ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamentos, festas, canções de guerra, de vitória, ou para a expressão de sentimentos de melancolia e de luto. Eram tocados lira, cítara, oboé, címbalo, harpa e instrumentos que possuíam caixa de ressonância. Era de praxe o dom musical das mulheres ricas. Juntamente com a música, foram desenvolvidos a dança e a coreografia, Já foram conseguidos pelos mesopotâmios e os egípcios a escrita da música de sinais próprios para a sua execução pública.[13]

Influência da civilização egípcia sobre outras civilizações editar

Eram influenciados pelos egípcios os diversos povos limítrofes ou longínquos a serem desenvolvidos. Eram buscados pela maioria dos eruditos dos demais outros povos da antiguidade os seus conhecimentos no Egipto, onde trabalhavam como estagiários. Foram inventadas várias ciências tais como a geometria, que depois os gregos passaram a seguir, assim como outros povos e países.[13]

A medicina foi influenciada quase totalmente pelos egípcios. De fato, foram ultrapassados pelos egípcios todos os conhecimentos médicos dos povos antigos, como tentativa de cura para todas as doenças que existiam na antiguidade oriental.[13]

No que diz respeito à religião, chegou o espalhamento de seus deuses e suas crenças por toda a parte. O mundo foi impressionado pelas pirâmides, e os egípcios consideravam a alma imortal como um avanço na espiritualidade.[13]

No que tange à escrita, a arte de escrever era um pioneirismo, os sinais e marcas eram recebidos pela Fenícia, onde era feita a sua simplificação, fato que deu origem ao atual alfabeto latino, utilizado na maioria das línguas europeias, como o português. Outra coisa que os egípcios contribuíram às civilizações foi o papiro fornecido pelo Egito forneceu a todo o mundo antigo para a escrita de seus livros, a construção do conteúdo de suas bibliotecas e o fornecimento de material para os seus sábios estudarem.[13]

Civilização Mesopotâmica editar

 Ver artigo principal: Mesopotâmia
 
Mapa geral da Mesopotâmia

A Mesopotâmia era a região onde começou a História, por volta de 4000 a.C, quando foi inventada a escrita cuneiforme. A Mesopotâmia era um território regional de grande riqueza na Ásia Menor. Fica na fertilidade das planícies que pertencem à bacia hidrográfica dos rios Tigre e Eufrates. São lançados por ambos os rios suas águas no golfo Pérsico. A antiga Mesopotâmia é correspondente em sua maioria ao atual território da República do Iraque.[14]

A palavra Mesopotâmia tem origem na língua grega clássica e pode ter o significado de "terra entre rios", ou seja, nesse caso, era uma região onde fica a localização geográfica dos rios Tigre e Eufrates. Mas, como visto nos mapas históricos, a extensão da Mesopotâmia correspondia à bacia hidrográfica desses dois rios.[14]

Era uma diversidade dos povos que lutavam para garantir a posse dessa fertilidade regional do Oriente Médio (Ásia Menor). Por exemplo, habitam diversas civilizações, tais como os sumérios, os elamitas, os acádios, os amoritas, os cassitas, os assírios, os babilônios, caldeus, etc. Os povos de maior importância da Mesopotâmia foram os sumérios e babilônios.[14]

 
Venerador mesopotâmico de 2750-2600 a.C

Existe uma grande falta de conhecimento sobre o que originou os sumérios, porém há notícia de que, aproximadamente 3000 a.C., ocorreu o seu estabelecimento na parte meridional da Mesopotâmia, próximo ao golfo Pérsico.[15]

Cidades e organização administrativa editar

No começo de sua história, foram fundadas pelos sumérios várias comunidades que, ao longo dos tempos, se transformaram em cidades-estados. Assim, houve o surgimento das cidades de Ur, Uruk, Lagash, Nipur. A de maior importância foi Ur.[15]

Os sumérios disputavam uma região cujo poder não era centralizado, portanto, não era uma unidade administrativa. Qualquer cidade era como que um país, com governo próprio. Qualquer cidade-estado tinha um governo que um civil (patesi) governava e um sacerdote que fazia o mesmo. Essas cidades lutavam muito e foi conseguido pelo rei Sargão I a concessão da unidade ao povo sumério, sendo responsável pela fundação do reino da Suméria. A extensão do reino da Suméria ia desde a Mesopotâmia até o mar Mediterrâneo. Depois que morreu Sargão I, o reino decaiu e caiu foi invadido por outros povos.[15]

Babilônios editar

 
Uma inscrição do Código de Hamurabi

Quem chefiava os babilônios foi Hamurabi. Foi apossada pelos babilônios a Suméria e fundado a grandeza do Império Babilônico, em aproximadamente 1700 a.C. Foi Hamurabi foi o elaborador do primeiro código de leis da história da humanidade. As leis que contém nesses código foram as determinantes dos direitos e deveres que o povo e autoridades tiveram. Mas, em conformidade da classe social, as pessoas tinham igualdade na presença a lei no Império Babilônico. Os escravos, por exemplo, não se consideravam como seres humanos, mas sim, como objeto de compra e venda, uma simplicidade de qualquer coisa que alguém se apropriasse. Entretanto, a autorização dada pelas civilizações antigas era a de escravizar os prisioneiros de guerra, ao invés de perderem a vida, se aproveitavam como escravos para trabalharem à força. É de Hamurabi a autoria da lei do talião: "Olho por olho, dente por dente". Uma coisa que foi estabelecida por outra lei estabelecia foi que, se houve a entrada de um homem num pomar e o roubo da maçã no mesmo lugar ocorresse em flagrante, se obrigaria a realizar o pagamento a quem mandava no pomar uma algumas moedas de prata. Esse código foi muito importante nas leis a que outros povos eram e são obrigados a obedecer.[15]

O Império Babilônico declinou e o povo que conquistou foram os assírios. Os assírios foram um povo que guerreava e se organizavam muito militarmente. Os assírios foram o primeiro povo que tinha a utilização dos carros de guerra que os cavalos puxavam. Suas características psicológicas foram crueldade e violência. Foram responsáveis pela conquista de uma variedade de povos e foram os dominadores do território regional da região por 500 anos.[16]

Posteriormente, em aproximadamente 612 a.C., o Império Babilônico teve sua reorganização (Segundo Império Babilônico). A reorganização deste grande império teve sua chegada com Nabucodonosor, que foi o embelezador da cidade e o construtor dos famosos Jardins Suspensos da Babilônia. Os Jardins Suspensos da Babilônia que eram uma das sete maravilhas do mundo antigo. Foi mandado por Nabucodonosor que fosse construído a grandeza de um zigurate. Factualmente, no ano de 1899, quando escavaram, os arqueólogos descobriram a gigantez de um zigurate cujo pensamento atribuído era a da Torre de Babel. A Bíblia, de acordo com a cronologia do Gênesis, é datada a época em que a Torre de Babel foi construída como sendo por volta de 2269 a 2030 a.C, na época em que nasceu Pelegue (nome significando divisão). O zigurate que Nabucodonosor II construiu, tendo Nabucodonosor, propriamente dito, vivido muito posteriormente, tinha a base de 90 metros e outro tanto de altura, com o topo que tinha revestimento de ouro e azulejos com esmalte em azul.[16]

Escrita cuneiforme editar

 
Escrita cuneiforme com gravação num numa escultura feita durante o século XXII a.C (Museu do Louvre, Paris). A linguagem escrita resulta do fato de que o homem necessita da garantia de se comunicar e desenvolver a técnica

A escrita feita pelos sumérios e babilônios era feita em tabletes feitos de barro. Foi inventado um tipo de escrita que tinha o formato de cunha; daí recebeu o nome de escrita cuneiforme. Esses tabletes de barro tinham muito peso e dificuldade de trabalho através das mãos, mas eram vantajosos em duração de séculos ou milênios como escrita que fosse fácil de ler. Foram encontrados pelos estudiosos dos tempos atuais a grande quantidade deles e assim tiveram a possibilidade de descoberta da maioria das coisas da primeira civilização do mundo. Na cidade de Nínive, foi criado pelo rei Assurbanípal que fosse construída uma biblioteca com 22 000 000 tabletes de argila (barro) com os sumérios e babilônios escreveram numa variedade de assuntos. Entre outros assuntos, é mostrado nos tabletes como se negociava e se comerciava naquela época. Por exemplo, foi escrito por um médico num tablete de barro que se relacionasse os remédios receitados pelo profissional de saúde a seus clientes. Um dos tabletes de barro de maior interesse tem relatado os deveres que um menino tinha, na escola, há mais de 3000 anos: o menino tinha o dever de ter pressa para não se atrasar de chegada na escola, senão o professor ofereceria castigo físico nele com uma vara. Um dos utensílios utilizados pelos professor usava, foi, também, a vara para realizar a punição alunos tivessem conversação, saída da escola sem que fossem permitidos ou que se atarefassem sem que caprichassem devidamente. E como surgiu a economia nessa época, predominavam essas e muitas outras características importantes.[16]

Religião mesopotâmica editar

Tanto o tipo de religião dos sumérios como dos babilônios era o politeísmo, ou seja, tinham a crença numa variedade de deuses. Qualquer cidade tem possuído seu deus que protegia. A Babilônia, por exemplo, era protegida por Marduque. Tinham a crença também nas forças que os astros e a natureza possuem e eram veneradores do céu (Anu), a Terra (Enlil), a Lua (Sin), o rato e a tempestade (Hadad), o fogo (Gibil), etc.[17]

O culto da religião era feito nos templos, que se chamavam zigurates. Os zigurates eram templos construídos em degraus que tinham o formato de pirâmide. A crença dos mesopotâmios era a de que os astros influenciavam na vida do homem, originando assim a astrologia. Os sacerdotes e adivinhos que tinham dedicação em estudar os astros se prestigiavam muito. Os povos da Mesopotâmia contribuíram muito como conhecedores dos astros, e através desse conhecimento foram conseguidos mesmo pelos sacerdotes a previsão das cheias que ocorriam nos rios Tigre e Eufrates.[17]

Contribuições dos sumérios e babilônios editar

Foi muito importante o que os povos futuros herdaram dos sumérios e os babilônios. Entre outras contribuições, podem ser apontadas:[17]

  • Organizaram social e politicamente as cidades-estados.
  • Criaram um código de direitos e deveres.
  • Produziram alimentos em organização: já naquela época, foram empregados o arado e máquinas de irrigação, por exemplo.
  • Construiram a beleza dos templos e da imponência dos palácios.
  • A invenção da escrita pelos sumérios: foi permitida a fixação da sabedoria da época.
  • Inventaram a roda e os carros que os cavalos puxavam.
  • Criaram a astronomia (ciência que estuda os astros).
  • Astrologia, ou seja, a ciência que estuda os astros e o que os astros influenciam sobre a vida das pessoas.

A crença dos povos antigos da Mesopotâmia era a de que a alma não era imortal, sua religião era pessimismo puro e têm levado a vida sem a preocupação com morrer ou viver além do túmulo. Têm procurado a proteção contra as forças do mal com a utilização de amuletos e a realização na totalidade da sorte de magia.[17]

Uma das divindades que os mesopotâmios mais cultuavam era a deusa Ishtar, que é a personificação representativa do planeta Vênus, o mais próximo da Terra em relação à Marte. Era a deusa que representava o amor e a guerra.[17]

Civilização Hebraica editar

 
Abraão e os três Anjos as portas do purgatório segundo descrição de Dante Alighieri em 1250. Gravura de Gustave Doré (1832-1883)

Quanto às origens de maior distância do povo hebreu (israelita) ainda se desconhecem. A continuação da Bíblia é a de ser a mais importante fonte para se estudar esse povo. As origens tiveram início com Abraão. Abraão chefiava uma tribo onde viviam pastores seminômades. Deus aconselhou que Abraão deixasse a cidade de Ur na Mesopotâmia. A cidade de Ur, por sua vez, ficava nas imediações das margens do rio Eufrates. Abraão foi dirigido a si mesmo para Haran e depois foi estabelecido na terra de Canaã, no litoral leste do Mediterrâneo (onde é hoje Israel). O caráter dessa migração era religioso e teve grande duração cronológica até a sua chegada na terra que Deus prometeu, passando a ser conhecida por Terra Prometida.[18]

Abraão, contrariamente aos outros homens que viviam na época, tinha a crença num só Deus, Jeová, que criou o mundo, dotado de invisibilidade e que lhe ordenou sua partida para Canaã. Como Bênção, ele têm recebido de Deus que prometeu que sua família originasse um povo que se destinasse a posse da terra de Canaã, onde de acordo com a Bíblia, era lugar onde havia a produção de leite e mel. Essa promessa se renovou a seu filho Isaac e mais tarde a Jacó (neto de Abraão), que tem recebido de um anjo o nome de Israel, significando "o forte de Deus". Mas o fato de conquistar definitivamente Canaã somente se concretizou posteriormente, durante o século XIII a.C., quando da saída de Moisés do Egito e a condução da totalidade do povo hebreu em direção à Terra Prometida, em 1250 a.C[18]

Patriarcas editar

São chamados de patriarcas os três primeiros homens que chefiavam o povo israelita: Abraão, Isaac e Jacó. A morada do primeiro era em Ur, na Mesopotâmia. Deus lhe tem ordenado sua partida para Canaã e lhe tem prometido que o destino de sua descendência será extraordinário.[19] Ocorre a partida de Abraão e seu estabelecimento na terra de Canaã com sua família. Depois que Abraão morreu, foi sucedido por seu filho Isaac e depois vem Jacó, cujo pai foi Isaac.[20]

Os filhos de Jacó são em doze pessoas. Esses doze filhos originaram as doze tribos de Israel. José, que é o filho de mais baixa antiguidade dos filhos de Jacó, é o protegido dos pais. Foi invejado pelos irmãos a tal ponto de ser vendido como escravo para os que comerciavam no Egito. No Egito, José era prestador de serviços na corte do faraó. Depois de aventurar muito, ele tem se tornado o primeiro-ministro. Naquela época, sobreveio uma grande fome em Israel e José tem conseguido o estabelecido de sua família no Egito.[20]

Moisés editar

 
Moisés com as Tábuas da Lei, por Rembrandt

A vida dos hebreus era pacífica no Egito por gerações. Mas a inquietação de um faraó se deu porque a população aumentou e se tornou poderosa: faz a decisão da transformação dos hebreus em escravos e a exigência de extermínio da totalidade dos meninos que nasceram a muito pouco tempo. Ora, nessa época ocorre o nascimento, numa família israelita, do pequeno Moisés. Para a sua salvação foi acomodado por sua mãe numa pequena cesta feita de papiro e escondido entre os caniços do rio Nilo. Quem recolheu o bebê foi a filha do faraó Ptira e o educou na corte. Quando chegou à idade adulta, Moisés se revoltou com o seu povo miserável, e para ser salvo seu irmão Aarão, tinha que realizar a matança de um egípcio e por causa disso fez a fuga para Midiã. Lá teve conhecimento de Zípora cujo pai foi o sacerdote Jetro de Midiã e era casado com ela e se tornou pastor no deserto do Sinai. Ali, ele foi revelado por Deus e lhe foi duplamente prometido: será responsável pela libertação os israelitas da escravidão e lhe será dado o país de Canaã. Moisés tem, desde então, a grandiosidade de uma missão: será o guia do povo de Israel até a Terra Prometida e será transmissor aos homens das mensagens de Deus nos dez mandamentos.[20]

O destino da volta, foi, então, o Egito, para juntamente dos seus, os hebreus, e ordenado por Moisés ao faraó, que fosse deixado a partida dos escravos israelitas para sua terra, porque Deus ordenou. Diante do faraó que recusou, o Egito foi castigado por Deus com dez terríveis pragas, que a Bíblia narra. Finalmente foi cedido pelo faraó e ocorreu a livre partida do povo de Israel: é o Êxodo, ou seja, os hebreus saíram do Egito.[20]

Os hebreus foram conduzidos por Moisés por meio do deserto do Sinai. Pela segunda vez, a ele foi relevado por Deus, dar-lhe-á as Tábuas da Lei, com dez mandamentos, e é feito com os israelitas uma aliança, um pacto. Os israelitas serão protegidos por ele até entrarem na terra de Canaã, mas em troca será exigido do seu povo que obedeçam absolutamente às suas leis. Deus, com efeito, faz a imposição a Moisés das leis que servirão de regência à vida dos israelitas. As 10 primeiras são de particular importância: são os Dez Mandamentos da Lei de Deus.[20]

Conquista de Canaã editar

Após a sua saída do Egito, foi atravessado pelos hebreus o mar Vermelho e passado quarenta anos como errantes pelo deserto da Líbia e pelo deserto da Arábia até que a sua chegada final às fronteiras da Terra Prometida (atualmente Estado de Israel). Moisés perde a vida. Josué, seu sucessor, realiza a declaração de uma guerra santa contra os cananeus e a derrota de seus adversários próximos. O país dos cananeus tem se tornado então no país de Israel. Deus cumpriu o que prometeu.[20]

Juízes editar

Como já se estabeleceram na terra de Canaã, a necessidade dos hebreus era de uma autoridade para que lhes servissem de liderança nas batalhas contra os filisteus e de coordenação das atividades do povo. Foram os juízes, líderes político-militares que foram guias do povo sempre que os libertavam de seus opressores, e entre eles mereciam destaque Josué, Sansão, Gideão e Samuel. Após os juízes, foi fundado o reino de Israel, cujo chefe de Estado que passou a comandar foi um rei.[20]

Monarcas editar

 
David representado por Michelangelo

Davi e Salomão foram os reis de maior glória da história de Israel. Foi concluído por Davi que fosse conquistada a terra de Canaã e fundado o reino de Israel. Foi expulsa do país a temibilidade dos filisteus e escolhido Jerusalém como capital. Foi um rei que escrevia poesias e escritor da maioria dos salmos (hinos religiosos) encontrados na Bíblia Sagrada.[21]

Durante a época em que reinou Salomão (filho de Davi), Israel teve grande progresso. Foi mandado por Salomão que fossem construídos palácios, fortificações e o Templo de Jerusalém. No interior do templo era a localização da Arca da Aliança, onde eram contidas as Tábuas da Lei, onde estavam a gravação dos Dez Mandamentos que Deus ditou para Moisés no Monte Sinai, quando os hebreus eram vindos do Egito em direção à Canaã.[21]

Muitos materiais que se usaram nas construções foram produto de importação de Tiro, na Fenícia. A madeira (principalmente o cedro-do-líbano), ouro, prata e bronze se tornavam produtos de importação tão excessiva que causaram o empobrecimento do país. O dinheiro que se arrecadava com os impostos não tinha suficiência para que seja realizado o pagamento das dívidas. Para sustentação dos gastos e os luxos da corte, foram aumentados por Salomão os impostos e a população pobre foi obrigada a realizar o trabalho em obras públicas. Além do mais, a cada três meses 30 000 hebreus foram revezados no trabalho das minas e das florestas da Fenícia para extrair de madeira, como forma de pagar a dívida externa de Israel com a Fenícia.[21]

A administração de Salomão foi motivo de descontentamento do povo, mas ele foi passado à história como um construtor de grandeza, e principalmente como um rei que se enchia de sabedoria.[21]

Invasões estrangeiras editar

Israel esteve sendo controlada por outros povos em uma variedade de vezes. Depois que foi dividida na rivalidade de ambos os Estados - Israel na parte setentrional e Judá na parte meridional -, os assírios e babilônios aprisionaram os hebreus.[21] Depois, entre outros povos que invadiram, esteve sendo controlada pelos persas e romanos.[22] No ano 70 d.C, o imperador romano Tito realizou a destruição completa da cidade de Jerusalém. O povo judeu, desde então, foi espalhado pelo mundo (foi que se chamava Diáspora) e somente foi conseguida a sua reunião no território atual, em 1948, quando ocorreu a fundação do Estado de Israel.[23]

Religião judaica editar

Dotados de muita fraqueza do ponto de vista militar, os hebreus foram submetidos numa variedade de vezes às conquistas por outros povos e até os invasores levarem como escravos para a Babilônia (o cativeiro da Babilônia). Mas tiveram resistência à numerosidade de dificuldades no decorrer dos séculos, e se uniram em torno de seus preceitos religiosos, a sua continuação como povo ainda é atual.[23]

Tiveram o desempenho de uma função de grande importância na parte religiosa e moralista, tendo influído com enormidade na totalidade do mundo ocidental, a partir a Europa em direção às Américas.[23]

Eram praticantes do monoteísmo, acreditando em Jeová (ou Javé), Deus que criou tudo, universal, dotado de invisibilidade, espírito de total poder, que não podia ser a representação através de estátuas ou imagens. Os judeus tiveram o dever de adorarem "em espírito e verdade". Os sacerdotes também se chamavam de levitas, porque eram pertencentes à tribo de Levi, uma das doze tribos de Israel.[23]

Nos mil anos anteriores à época em que nasceu Jesus Cristo, os hebreus têm se fixados por escreverem sua história, suas leis e suas crenças. Esses dados, na sua totalidade, são encontrados na primeira parte da Bíblia, que se chama de Antigo Testamento, que é a parte que os hebreus seguem . A Bíblia é um livro sagrado não só do judaísmo como também do cristianismo.[23]

 
O povo que destruiu o monumental Templo de Jerusalém foram os romanos, no ano 70. Atualmente é restante somente uma parte do muro que servia de cercania do templo. Nesse muro, os hebreus ainda atualmente vão fazer a lamentação do templo destruído e o seu povo que se espalhou pelo mundo. Esse muro se conhece pelo nome de Muro das Lamentações

No que diz respeito às festas e dias santificados, o judeus consagram o sábado à vida religiosa. A lei de Deus proíbe a totalidade dos trabalhos que podem ser realizados apenas em cinco dias úteis. Os judeus reservam esse dia para se encontrarem com pessoas que fazem parte da família, para orar e estudar a Bíblia (Antigo Testamento).[23]

Nas festas israelitas são comemoradas, em geral, coisas que aconteceram na história, na religião e na agricultura. A de maior solenidade delas é o Yom Kippur (o Grande Perdão): a pessoa tem o arrependimento de que pecou e é perdoada se o fato de se arrepender tiver sinceridade.[23]

Antigamente, entre os judeus, dava-se a Deus através de animais sacrificados (holocaustos) e através de coisas a ofertar. Hoje em dia, com a Diáspora (dispersão pelo mundo), os judeus participam da reunião em lugares de culto que se chamam sinagogas. Os trabalhos de orar e ler a Bíblia (Antigo Testamento) têm se tornados atos de base na vida dos judeus.[24]

Na totalidade da história de Israel, certos homens têm exercido o fato de influírem especialmente: são os profetas. Os profetas são pessoas que Deus inspirou, são os porta-vozes dele. Desde o século VII a.C., eles já têm anunciado a grandeza de uma pessoa que esperavam: esperavam que viesse o Messias, um enviado de Deus, para realizar a transformação do mundo, fazer o reino da paz, Da justiça e do amor e convocar uma nova reunião do povo de Israel para a vida pacífica em sua própria terra. O povo de Israel têm continuado ainda hoje no aguardo de um messias salvador, que segundo os cristãos acreditam já veio na pessoa de Jesus Cristo.[24]

Esperando o messias, o judeu deve ter inclinação à santidade, tendo a observação da lei e as regras de vida (a moral judaica). As leis contém num livro que se chama Torá. Elas são referentes à totalidade dos aspectos da vida: cultuar, trabalhar, viver em família, alimentar-se, as vestir, punir as faltas, etc. Quem explica as leis do Torá são mestres que se chamam rabinos. Os comentários que os rabinos explicam nessas leis contém na enormidade de um livro que se chama Talmud.[24]

Civilização Fenícia editar

 Ver artigo principal: Fenícia

Os fenícios são é um povo que se originou no Oriente Médio. Tiveram seu surgimento desde o ano de 3000 a.C. Sua localização geográfiva era no estreitamento de faixa de terra no litoral leste do mar Mediterrâneo, na região que o Líbano, a Síria e Israel ocupam.[25]

 
Comércio fenício

Como mandavam em um pequeno pedaço de terra e na aridez dos solos, a principal atividade econômica dos fenícios não era a agricultura. Como as montanhas ao norte, ao sul e a leste os rodeavam, apenas o resto para eles era tirar proveito das águas do mar Mediterrâneo. Contatando com o mar, foram descobridores, a partir dos primeiros tempos, da arte de construção de navios e de navegação. Dessa forma, suas cidades de maior importância, como Tiro, Sídon, Biblos e Ugarit, têm se tornado portos onde ocorria a partida dos navios para comerciar mercadorias próprias ou de outros países. Seus tripulantes viveram aventuras pelos mares na ousadia das viagens, dando origem à conquista de mercados mais longínquos em outros países que já existiram.[25]

Foi dessa forma que os fenícios, além de sua exploração do Mar Mediterrâneo, comerciavam com as ilhas de Chipre, Sicília, Córsega e Sardenha, destinaram sua chegada no oceano Atlântico, têm chegado ao mar Báltico, no norte da Europa, e tendo feito o percurso no litoral africano. Os fenícios foram os que os mais navegaram e exploravam na Antiguidade. Mesmo sua chegada foi a locupletação da volta dada no entorno da África, e mais tarde em 600 a.C., a pedido do faraó Necao, do Egito, numa viagem que, dois mil anos posteriores, Vasco da Gama ia ter feito na oposição do sentido. Há quem afirme que o destino da chegada dos fenícios foi em direção ao litoral do Brasil, mas esta hipótese é descartada por pesquisadores e historiadores.[26]

Produtos económicos fenícios editar

Os produtos que os fenícios comercializavam foram em grande número. Certos deles os fenícios compravam de outros países e revenderam noutros lugares. Muitos eram produtos de fabricação própria, como tecidos, corantes destinados à pintura em tecidos (como a púrpura, por exemplo), vasos cerâmicos, armas, peças de metal, vidro transparente e colorido, jóias, perfumes, especiarias, entre outros. Seus artesãos foram os responsáveis pela habilidade em imitação e falsificação de produtos de outras civilizações. Também os cedros que ficavam nas montanhas fenícias eram produtos de exportação. Os fenícios foram, também, os que mais vendiam escravos na época. Foram os fundadores de uma variedade de feitorias (pontos onde eram armazenavam produtos) e a maioria das colónias noutras regiões, como as ilhas de Malta, Sardenha, Córsega e Sicília, e foram os fundadores, ao norte da África, da famosa cidade de Cartago.[26]

Organização política fenícia editar

Os fenícios se organizavam em cidades-estados, ou seja, cada cidade fenícia eram constituída de um centro comercial dotada de independência, com administração pública própria. Quem exercia o governo dessas cidades foram comerciantes dotados de influência, que se chamavam de sufetas. Na maioria das vezes, essas cidades chocaram porque no comércio havia concorrência. Certas delas têm chegado mesmo a realizar o pagamento de tributos a fim de preferirem e protegerem no trabalho de venderem seus produtos.[26]

Cultura fenícia editar

 
Evolução das letras que compõem o nome hebraico do rei Davi a partir do alfabeto fenício, passando pela escrita hebraica antiga pré-exílio chegando as letras hebraicas atuais (denominadas de "letras quadráticas" ou "escrita assíria")

No início, foi utilizada pelos fenícios a escrita cuneiforme que era praticada na Mesopotâmia. Depois, foram passados à utilização dos hieróglifos que os egípcios escreviam. Mas esses sistemas de escrita não satisfizeram às coisas que necessitavam no comércio. Dessa forma, nasceu a ideia de simplificação da escrita e a invenção do alfabeto, que acabou sendo a coisa que os fenícios mais contribuíram para o mundo, na área da cultura.[26]

O nascimento dessa importante dotada de importância foi porque foi necessário que fosse facilitado o trabalho de contabilizar e elaborar o fato de contratar comercialmente outros povos. Dessa forma, foram inventados 22 caracteres cujas letras representativas são as consoantes; posteriormente, os gregos foram os aperfeiçoadores do alfabeto fenício, com o acréscimo das vogais, e outros povos têm iniciado a adoção.[26]

Na cidade de Ugarit se encontrava uma biblioteca com grande número de tabletes de argila com a inscrição de assuntos a respeito da administração, da religião e da mitologia da Fenícia.[26]

Religião fenícia editar

O tipo de religião adotado pelos fenícios eram o politeísmo, ou seja, foram veneradores de uma variedade de deuses, cujos nomes pelos quais são chamados abaixo: Astarte, deusa protetora da fecundidade;[27] Baal, deus protetora do trovão; Melkart, deus dotado de violência e guerra; Ishtar, deusa protetora da Mesopotâmia, que os fenícios também cultuavam, entre outras divindades.[27]

Fato dotado de curiosidade, na religião dos fenícios, é que eles, como profissionais da navegação, não eram possuidores de divindades do mar e os sacerdotes, em cerimônias rituais, foram os sacrificadores de homens e crianças quando homenageavam os deuses, em especial Moloc.[27]

Desenvolvimento científico fenício editar

Os fenícios não tiveram nenhuma originalidade na área da ciência, eram plagiadores de teorias, conceitos e ideias de outros povos tudo aquilo que poderia ser de extrema utilidade para eles. Como se davam ao comércio, a atividade econômica mais desenvolvida foi construir navios e o transporte de navegar. Eram possuidores de excelentes conhecimentos matemáticos para a construir de navios e astronômicos, fundamentais no auxílio do fato de navegarem pelos mares.[27]

Civilização Persa editar

 Ver artigo principal: Persas
 
O Império de Alexandre, o Grande

O Império Persa teve início em 549 a.C, depois que Ciro, o Grande o conquistou, e término em 330 a.C, quando Alexandre Magno, da Macedônia, foi o vencedor de Dario III. O Império Persa, portanto, teve duração de aproximadamente dois séculos e sua área compreendida propriamente dita foi a totalidade da Ásia Menor. Se localizava na área onde ocupam os seguintes países: Irã, Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Egito, Turquia, Kuwait,Cazaquistão, Turcomenistão, Azerbaijão, Palestina, Geórgia, Chipre, Afeganistão, parte do Paquistão, da Grécia e da Líbia. Foi o império mais extenso que se conheceu até a época. Os persas, da mesma forma que os medos, eram ambos os povos que originaram na raiz indo-europeia e estabelecidos no planalto do Irã há aproximadamente um milênio antes de Cristo.[28]

Reis persas editar

 
Ciro II

Os maiores monarcas que reinavam o Império Persa foram três: Ciro, o Grande, Cambises I e Dario I. Sob a habilidade do comando que pertencia ao general Ciro, o Grande, ambos os povos, medos e persas foram unidos por volta do século VI a.C e têm formado a grandeza de um império: o Império Persa. Ao longo dos 25 anos em que governou, Ciro, o Grande tem conseguido não apenas a conquista da Mesopotâmia como também a conquista da totalidade da Ásia Menor.[28]

Como se diferenciava de outros conquistadores, Ciro, o Grande era respeitador dos povos que dominava, tornando possível a eles que vivessem com grande normalidade, sendo livres para agir, serem empregados, ter fé. Mais por motivos de governo do que de religião, Ciro, o Grande, em alguns momentos, entrou num templo religioso local a fim de cultuar os deuses. Deu permissão à liberdade de culto e proibição aos seus soldados que se tornassem ladrões forçados das imagens sagradas que os fiéis veneravam nos templos babilônicos. Com grande liberalismo e generosidade, deu permissão aos hebreus da escravidão na Pérsia que tivessem o direito de retorno ao país de onde originaram, a Palestina.[28]

Mas sua administração não tinha concordância com as ideias que os outros tiveram, ou seja, tinha intransigência, em dois pontos: Os povos dominados se obrigavam ao serviço militar e ao pagamento de pesados tributos. A morte de Ciro, o Grande ocorreu durante uma batalha no ano de 529 a.C[29]

O primeiro homem que sucedeu Ciro, o Grande foi seu filho Cambises, que era dotado de crueldade e violência, mandando, inclusive a cometer o assassinato de seu próprio irmão. Em 525 a.C, foi conquistado por Cambises o Egito, mas sua morte foi um mistério quando do seu retorno ao país de onde partiu.[29]

 
Dário

Dario I era um das pessoas que pertenciam à família de Cambises e tem assumido o poder em 521 a.C Foi ampliado ainda mais o grande Império Persa, com conquista do vale do rio Indo e da parte setentrional da Grécia, mas Dário I teve infelicidade na Batalha de Maratona, quando os atenienses o derrotaram. A maior coisa que Dario I contribuiu para a história, foi, provalvelmente, a rigidez de uma organização político-administrativa que fora imposta à imensidão do Império Persa.[29]

Política persa editar

Como um poderoso exército que o apoiava, foi firmemente governado por Dario I o Império Persa mas ao mesmo tempo benevolentemente, ou seja, com bondade. Para que seja facilitada a administração pública, foi dividido o império em vinte províncias que se chamavam satrapias. Em cada satrapia governava um sátrapa. Quem nomeava cada sátrapa era o rei, o chefe de Estado do Império Persa, e suas principais atribuições eram:[29]

  • Fazer a justiça;
  • Cobrança de impostos;
  • Administração das obras públicas;
  • Manutenção da ordem.

Para evitar o abuso do poder dos sátrapas, foram nomeados pelo rei para cada província um secretário e um general que o informavam os acontecimentos de cada satrapia. Por sua vez, quem fiscalizava os sátrapas, generais e secretários eram os enviados do rei, os inspetores, que fizeram a visita periódica das províncias. O apelido dado a esses inspetores era chamado de "os olhos e os ouvidos do rei". Para que sejam facilitadas as transações comerciais, foi criada por Dario uma moeda (em ouro ou prata) para a totalidade do império: o dárico. Só o rei tinha autorização para mandar fazer a cunhagem de moedas.[29]

Transportes e comunicações persas editar

Os persas foram os construtores de vias de transporte entre as cidades mais populosas do Império. A utilização destas vias de transportes era feita pelo sistema de correio que Dário criou. Aproximadamente, a cada 20 quilômetros havia estações de descanso com hospedaria e cocheira. Era feita pelos mensageiros do rei a troca de cavalo a cada estação, de maneira que teriam a possibilidade de cobertura de prolongamento e de rapidez das distâncias. Eles têm conseguido o transporte de uma mensagem da cidade de Susa a Sardes num período de tempo menor que duas semanas, com o percurso de uma distância de 2 400 quilômetros.[30]

Economia persa editar

As principais atividades da economia do Império Persa foram a agricultura e o comércio. O povo, embora se responsabilize pela rica agricultura do país, era completamente miserável, tendo a obrigação de entrega aos fazendeiros a maioria dos seus produtos. Além do mais, tinha a obrigação de trabalho, gratuito, em obras públicas, como construir de palácios, estradas e canais de irrigação, atividades agrícolas que a religião dava grande valor.[30]

O governo foi o explorador da totalidade da sociedade com o peso dos impostos, a fim da manutenção do exército e do luxo. O Império Persa se relacionava comercialmente com o Egito, a Fenícia e a Índia.[30]

Religião persa editar

 
Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo

Os persas foram os seguidores da religião que Zoroastro (ou Zaratustra) pregava. Zoroastro nasceu na Ásia Central, em data que desconhece de 1700 até 1000 a.C.. A doutrina pregada por Zoroastro foi a de que o deus do bem (Mazda) lutava constantemente pela vida contra o deus do mal (Arimã). Foram veneradores também do Sol (Mitra), da Lua (Mah) e da Terra (Zan).[30]

Sua crença se baseava num deus que criou o céu, a terra e o homem e numa vida depois de que uma pessoa morria. Os corpos dos mortos que os persas consideravam com impureza não se enterravam para não provocar a maculação da mãe-terra sagrada. Os agentes funerários colocavam para os abutres, na altura das torres, ou os protegiam totalmente com cera antes dos agentes funerários enterrarem. Não eram existentes templos nem estátuas, mas eram responsáveis por manter o acendimento do fogo sagrado que era o símbolo do deus do bem e da pureza. Além do mais, a pregação do zoroastrismo (religião persa que também se chamava de mazdeísmo) era a bondade, a justiça e a retidão. Essa rigidez de dualidade entre o bem e o mal deu grande influência ao cristianismo, ao judaísmo e de maneira futura, ao islamismo de Maomé.[30]

Cultura persa editar

Os persas tiveram principal distinção na arquitetura, com a construção da beleza dos palácios, como os de Persépolis e Susa. Tiveram notabilidade nos trabalhos de tijolos que se pintavam em cores vivas. Na escultura, foram utilizadores dos baixos relevos. Foram imitadores, na arte, dos egípcios e dos assírios. Escreviam letras cuneiformes, a da Mespotâmia.[31]

Civilização Chinesa editar

 
Mapa histórico da China durante a dinastia Han

A China é um país dotado de imensidão, do ponto do vista geográfico, que se localiza no extremo leste do mundo. Este isolamento geográfico é a explicação de tudo aquilo que os chineses descobriram e inventaram no Oriente, como a pólvora, a bússola e o papel, tem custado a chegada no Ocidente, porque é enormemente distante e ali as coisas ficavam difíceis. A China, da mesma forma como a Índia, foi o lugar que os mercadores de especiarias procuravam.[32]

Na região norte, nas imediações do rio Amarelo (Huang-Ho), as chuvas foram a causa da frequência de inudações e desastres. Consequentemente, a agricultura e certos produtos, como a soja, devia ter tratamento bastante cuidadoso, e longe das áreas onde ocorriam inundações, dando obrigação, dessa forma, ao luxo de irrigar artificialmente com a paciência de um trabalho de tratar o solo.[32]

Nas montanhas do centro-sul, que o rio Azul (Yang Tsé Kiang) domina, contrariamente, o clima era de calor e umidade e tem favorecido trabalho de cultivar o arroz. A região era, de igual maneira, aquela que bem se servia com uma rede de canais artificiais.[32]

Sociedade chinesa editar

 
A gigantez da muralha da China teve sua construção no século III a.C., na dinastia Tsing, para a defesa do império chinês contra os hunos invasores. Sua medidas são de aproximadamente 2 400 km de comprimento e hoje em dia é uma importante atração turística

A civilização chinesa é de muita antiguidade. Ela foi desenvolvida no Período Paleolítico nas planícies do rio Amarelo. Tem possibilidade a reconstrução da história da antiga sociedade chinesa com a ajuda do tanto de material arqueológico que os arqueólogos encontraram. Com a civilização dos babilônios e dos faraós, sua principal atividade econômica foi a agricultura, que os antigos considerava a mais antiga das artes. Para dar o exemplo ao povo, o próprio imperador (o "o filho do céu") tem pegado no arado e lavrado a terra uma vez a cada ano.[33]

Na proximidade aos 1500 a.C, a China teve boa organização em um reino, dominado pela dinastia Shang, que teve seu reinado entre os séculos XII e o III a.C Houve uma sucessão de uma variedade de dinastias, com as classes divididas.[33]

O período da dinastia Shu (século III a.C.) intensificou a cultura. Houve o surgimento de uma variedade de correntes de pensamentos, que vieram a serem chamados de Centros Escolares, que se destinavam a exercício do pensamento e ao estudo da milenar história da China. Destas escolas houve o surgimento da grandeza de pensadores como Confúcio e Lao-Tsé.[33]

Filosofia chinesa editar

A filosofia chinesa destacava-se através da obra dos seguintes pensadores:

  • Confúcio (Kung Fu-Tsé = o mestre; 551 a.C - 497 a.C). Foi um famoso profissional da filosofia chinês; tem vivido e viajado pelas cortes dos reis, com o oferecimento de serviços e ensinar o que sabia aos soberanos e príncipes. Viveu muito tempo com seus ensinamentos. Não foi o fundador de religião, mas os chineses consideravam um mestre vital. A chave das coisas que ensinava foi exemplificar a virtude vinda das alturas. A idealização da sociedade, para ele, é aquela que respeitava e ordenava do soberano para seus súditos, de pais para filhos, de marido para mulher, e entre amigos. Portanto, se não houver o respeito dessas normas, haverá a queda da sociedade na desordem e na violência.[33]
  • Lao-Tsé (século VI a.C.). Foi o criador de uma religião que se chamava taoísmo. O nome é oriundo do livro Tao, que é o pregador do caminho, da vida, da retidão dos costumes. Os taoístas foram o críticos das injustiças, como por exemplo, um pequeno ladrão recebe uma punição, ao passo que um grande ladrão foi transformado num grande proprietário. O pedido do taoísmo é de que o ser humano volte para a natureza.[34]

Alfabeto chinês editar

Os chineses foram os inventores um tipo de escrita de grande dificuldade. Era a forma de escrita que se chamava ideográfica, isto é, os sinais que eram a representação diretamente os objetos ou ideias. Eram possuidores de aproximadamente 3 000 ideogramas, que tinham a necessidade de ter boa escrita para não serem confundidos. Daí os chineses consideravam importante a caligrafia. Ao longo dos séculos, somente a classe alta tinha o privilégio de escrever e se aprofundar seus conhecimentos e prestavam serviços ao governo.[35]

Economia chinesa editar

 
Cavalo sancai da Dinastia Tang. Museu de Xangai

A civilização chinesa teve seu desenvolvimento nas planícies que a grandeza dos rios banha, por isso dedicaram muito à agricultura. Mas houve o surgimento de outras atividades econômicas como as indústrias que teciam palha e cânhamo, principalmente o trabalho de fabricar seda, que ganhou a fama de especiaria no mundo.[35]

O artesanato cujas matérias-primas eram bambu, juncos, caniços, peles de animais e madeira tinham grande desenvolvimento. Eram artesãos que tinham habilidade em cerâmica, cujo ponto mais alto foi o trabalho de fabricar a famosa porcelana chinesa.[35]

Cultura chinesa editar

Foram deixados pelos chineses obras atenciosas na área arquitetônica (como palácios, templos e túmulos, casas com duplo telhado, terraços delicadíssimos com cursos de água e pontes). Mas a obra mais destacada foi a Grande Muralha. Na escultura, com a utilização de mármore, calcário e alabastro, foram os escultores de estátuas que representam as forças da natureza, a grandeza das batalhas e indivíduos do reino Animal. Na pintura, foram os autores da grande delicadeza de ornamentos que decoravam porcelana e tecido e foram os pintores de murais e trabalhos decorativos para dentro das casas. Foram os empregadores do avivamento e brilho das cores.[35]

Civilização Hindu editar

 Ver artigo principal: Civilização Hindu

A Índia, onde se iniciou a grandeza da civilização, se localiza na parte meridional da Ásia. Por se situar ali, há muitos anos ela se distanciou dos demais povos. Foi, como a China, a longínqua região onde teve intensidade do trabalhar de vender especiarias, na época da Idade Média e quando começaram os tempos modernos, tendo influência, inclusive, nas Grandes Navegações. Também um mérito que os hindus tinham era o de inventar os algarismos, que posteriormente os árabes divulgaram.[36]

Origens da civilização hindu editar

Entre os povos habitantes da antiga Índia, foram sobressaídos os drávidas, em aproximadamente 2000 a.C Eles tinham bons conhecimentos de agricultura, já eram conhecedores de sistemas de irrigação e tinham habilidade no comércio. Eram moradores em cidades com a largueza de estradas, casas rochosas dotadas de melhor arejamento, com a demonstração de se preocupar com a higiene e a parte sanitária. Mas esse povo não tinha capacidade de resistir aos povos que invadiam e, por esse motivo, por volta de 1750 a.C até 1400 a.C, tribos arianas que vieram do norte e invasoras da região de Pendjab (região dos cinco rios), nas imediações do rio Indo escravizaram os hindus.[36]

Sociedade hindu editar

 
Sistema de castas da Índia

As terras dos drávidas foram tomadas pelos arianos. Os drávidas foram escravizados. Os arianos foram fixados como classe que dominava o poder, a religião e o domínio militar. Como os arianos dominaram totalmente os drávidas, o que foi restado a eles foi somente o fato de trabalhar e de se submeter. Quem chefiava as tribos arianas foram pequenos reis que se chamavam rajás e às vezes, marajás que eram reis muito poderosos.[37]

A organização da sociedade é formada por castas (classes sociais sem possíveis mudanças). Por exemplo, uma pessoa de uma classe social não tinha o direito de casamento com outra pessoa determinada pela diferença de classe ou posição social. Quem era nascido numa classe social tinha nela permanência até a sua morte. As classes (castas) tinham ligação à religião e à diferença das profissões. Sua crença era a de que as classes sociais tiveram saída do corpo do deus Brahma.[37]

A permanência das classes era fixa, sempre na igualdade da posição social. Qualquer pessoa que desrespeitasse uma casta superior recebia a punição com o fato do indivíduo ser expulso da sua casta ou ser rebaixado para a condição de pária. Uma vez que ocorreu a expulsão do indivíduo, se submetia aos trabalhos que mais humilhavam e se consideravam um impuro ou pária.[37]

O hábito que os hindus adotavam era o banho nas águas do rio Ganges (rio sagrado), mas os párias não tinham o direito ao banho, à frequência aos templos e até à leitura dos ensinamentos sagrados.[37]

Religião hindu editar

Os nativos do vale do rio Indo eram veneradores da mãe-terra, dona da vida. Depois, os arianos tiveram a introdução de cultuar o céu, o Sol, a Lua, o fogo, a chuva e as tempestades. Logo depois foi afirmados no bramanismo, religião pregadora das castas e que se oficializou na Índia, de acordo com as escrituras contidas nos livros Vedas (Saber Sagrado), Shiva (o Destruidor) e Vishnu (O Conservador). O conjunto formado por essas três divindades é chamado de Trimurti. De acordo com essa religião, a alma tem imortalidade, ou seja, nunca morre, e a totalidade de cada ser humano acredita no renascimento logo depois que morre, crendo na reencarnação ora em homem, ora em animal. Assim, por meio do fato de se reencarnarem, as pessoas vão ganhando aperfeiçoamento espiritual até a sua chegada ao Nirvana, uma condição de ser perfeito que é identificação do homem com o deus Brahma. Assim, a religião tem levado as pessoas para exigir delas a aceitação passivamente de sua condição social como a natureza de um estágio, porque depois de morrer seriam oportunas quanto ao renascimento na superioridade de uma casta se praticasse o bem quando ainda estivesse vivo. Mas, teriam corrido o perigo de descida à condição de párias ou de animais se fizessem o mal.[38]

Budismo editar

 
De suas raízes na Índia, os ensinamentos do Buda se espalharam pelo mundo, como essa escultura de Amitabha pertencente à Dinastia Tang, encontrada na Hidden Stream Temple Cave, Longmen Grottoes

Durante o século VI a.C., Buda, um iluminado, um membro da nobreza do Nepal, que se descontentava com os preceitos do bramanismo, tinha como solução o início de reformar uma religião, que não distinguisse castas.[38]

Buda tinha abandonado a casa, seu conforto, para fazer uma mudança de vida e a pregação de uma religião. Penitenciou nos bosques, se vestiu com a simplicidade de um mendigo, foi cortada a barba e o cabelo e foi se entregue à profundidade das meditações.[38]

Durante um período de seis anos se distanciou da totalidade das pessoas, jejuando e meditando, até que um dia, teve a sensação e a visão, muito claras, de que viver era a condução de ser livre e não mais sofrer. Voltando a conviver com os homens, teve o início da pregar sem distinguir casta, dando o ensinamento de que o ódio é não vencido pelo ódio mas pelo amor e somente quem teve o aprendizado de renúncia à riqueza e aos grandes sucessos terá a possibilidade de encontro da paz, da alma tranquila e terá entrada no Nirvana. Os adeptos do budismo eram muitos, principalmente nas classes de baixa renda, mas tem se fortalecido muito depois que Buda morreu. A religião foi estendida pela totalidade da Ásia, alcançando sua chegada até o Japão. Hoje é a religião cuja população calculada é de três milhões de asiáticos.[38]

Civilização Cretense editar

 Ver artigo principal: Civilização Minoica
 
Mapa da Civilização Minoica

Nas proximidades do III milênio a.C, na mesma época do fato de as civilizações orientais e do Egito se desenvolverem, a ilha de Creta foi a região receptora de certos povos, que na verdade vieram da Ásia Menor. Creta teve uma boa localização no mar Mediterrâneo Oriental, nas imediações da Grécia e da Ásia Menor. As primeiras pessoas que habitavam essas terras originaram a civilização egeia, nome que recebeu por estar localizada no mar Egeu. Muitas pessoas que faziam parte da população eram pescadores e marinheiros. Por essa razão, foram chamados de "povo do Mar".[39]

Os três estágios da civilização cretense foram os seguintes: civilização egeia (quando começou), civilização cretense e Civilização Minoica (época em que mais se desenvolveu). A civilização cretense teve mais paz do que as do oriente.[39]

No começo, os cretenses se preocupavam em praticar a agricultura (plantação de vinha e de oliva) e, depois, sua atividade econômica foi o comércio marítimo com as demais ilhas localizadas no mar Egeu, com a Ásia e com o Egito.[39]

No século XIX, o profissional da arqueologia inglês Evans foi descobridor dos traços e vestígios que tinha a grandiosidade dos palácios que datam de 1900 anos antes de Cristo. Eles restavam das cidades de Cnossos e Faístos. Esses palácios com decoração dos quartos, oficinas, redes de água e esgoto, lugares para administrar são a demonstração de que os cretenses eram altamente civilizados e socialmente organizados.[39]

Por volta de 1750 a.C, pode ser que um terremoto, ou até mesmo um vulcão que explodiu, tem produzido em Creta um desastre de verdade, causando o soterramento dos palácios reais de Faístos e Cnossos. Mas na superfície dessas ruínas, por volta, de 1600 a.C., o rei Minos foi o construtor do esplendor dos demais palácios e Cnossos tem se tornado a capital da ilha de Creta.[40]

Civilização Minoica editar

 
Palácio de Cnossos

O palácio de Cnossos, o qual quem construiu foi o rei Minos, era dotado de imensidão, nele eram compreendidos salas do trono, teatro para espetáculos, torneios e touradas. O local construído, de 4 ou 5 andares, era contado em 1 300 divisões, para a grande diversidade dos fins. Se servia de um pátio central superior a 10 000 m². Se servia com uma quantidade superior a cem pessoas, com a inclusão da família real, funcionários e servos.[40]

O cargo adotado pelos soberanos de Cnossos era o de reis-sacerdotes. O de maior importância entre eles foi o rei Minos, que de acordo com a lenda, seu pai era Zeus, o deus que lhe inspirava para realizar a administração o povo sendo sábio e justo.[40]

A divindade que mais atraiu religiosos foi a Deusa-Mãe, que os minoicos consideravam a deusa que protegia a fecundidade, a maternidade, a terra e os homens. Era também a senhora que protegiam os animais e a ela os minoicos consagravam os pássaros, leões e serpentes.[40]

Homenageando a deusa, o povo era o organizador da maioria das festividades, jogos, torneios, touradas em que houve a exibição dos rapazes hábeis no perigo dos exercícios, das ginásticas. Eram toureadores dos touros, mas com a ausência de matança, pois os touros eram considerados animais como entes sagrados.[40]

O período minoico foi marcante no fato de que desenvolveu maiormente a ilha de Creta. Tinham frequência as relações de comércio com os demais povos que habitavam o mar Mediterrâneo. Os cretenses, naquele tempo, foram os utilizadores de um sistema de pesos e medidas que recebeu inspiração dos egípcios e mesopotâmicos. Eram possuidores de moedas de cobre da diferença de valores para a sua utilização das transações comerciais. As moedas, geralmente, eram ostentadores de um labirinto desenhado.[40]

Essa civilização teve parada brusca, 1400 a.C, de maneira provável que ocorreu uma nova catástrofe que destruiu. Naquele tempo, os aqueus, que vieram da Grécia, foram os ocupantes da ilha de Creta.[40]

Cultura cretense editar

A vida levada pelo povo cretense era de muita alegria e festividade. Tanto os homens quanto as mulheres tinham dedicação a maioria do seu tempo para jogar, exercitar o corpo ao ar livre, bater com os punhos, lutar com os gladiadores, correr, realizar torneios, desfilar e tourear.[41]

  • A dança, que se acompanhava no fato de cantar e sonorizar, era outro passatempo predileto que os cretenses tinham.[41]
  • Os teatros ao ar livre, que ficavam nos pátios dos palácios tinham grande frequência.[41]
  • Eram armazenadores de alimentos na enormidade dos potes ou vasos que eram tão altos quanto um ser humano. Esses vasos, ao mesmo tempo que armazenavam, eram também objetos que decoravam, pois tiveram rica decoração.[41]
  • Foram os inventores de um sistema próprio de escrita, que tinha gravação em argila. Parte dessa escrita teve inspiração nos hieróglifos egípcios.[41]
  • Ganharam fama pelos labirintos que construíram, com muitas salas e corredores. Tornou-se celebridade o labirinto de Cnossos, o qual quem construiui foi o arquiteto Dédalo, a pedido do rei Minos.[41]
  • A arte cretense era muito fantástica, viva e delicada. Os artistas tinham capacidade de representação do momento em que um touro esteve furioso ou em que um polvo se movimentava suavemente. Os artesãos eram trabalhadores na cerâmica, no ouro, na prata, no bronze, com os quais eram feita a beleza das peças e objetos de adorno.[41]
  • A pintura teve grande desenvolvimento entre eles. Os pintores estavam em busca do fato de se inspirarem na natureza, nos pássaros, nas flores, na vida à beira-mar. Os cretenses na arte apenas receberam superação dos gregos.[42]

Antiguidade clássica editar

Civilização Grega editar

 Ver artigo principal: Grécia Antiga
 
Localização da Grécia Antiga no mundo

Pode-se definir a Grécia como uma península. Apenas três mares banham a península: mar Jônico, mar Egeu e mar Mediterrâneo. Na parte oriental fica a Ásia Menor (hoje Turquia). O litoral grego tem muitos recortes que são formadores de portos naturais. Os mares circundantes da Grécia se pontilham de ilhas e ilhotas que ganharam fama por serem naturalmente belas.[43]

A Grécia era uma região que se diferenciava daquelas que povos orientais habitavam como viventes da fertilidade das planícies às margens da grandeza dos rios, ao passo que os gregos responsáveis pela ocupação de uma área de muitas montanhas, tinham que ser árduos trabalhadores na pobreza e na pedregosidade de num solo e para terem o êxito de sua agricultura de subsistência.[43]

Como a terra era muito pobre, na pequenez das áreas que os gregos cultivavam eram formados agrupamentos humanos (pequenas comunidades) que se separavam uma das outras pela variedade de acidentes geográficos, como montanhas e colinas.[43]

Período Pré-Homérico (século XX a.C ao século XII a.C.) editar

 
Cavalo de Troia em pintura de Giovanni Domenico Tiepolo

Uma variedade de povos de origem ariana e indo-europeia foi o verdadeiro agente invasor da região grega e dominador dos povos neolíticos habitantes da Grécia. Os mais importantes povos que invadiram a Grécia foram os aqueus, os dórios, os jônios e os eólios.[43]

Os aqueus foram os ocupantes de uma variedade de cidades (Tirinto, Micenas, Troia). Como se dividiam em tribos, eram organizados na pequenez dos reinos (cidades-estados). Por volta de 1500 a.C., já se organizaram militarmente com muita força, o que lhes deu permissão para a dominação da ilha de Creta, e lá foram os construtores de sua base militar e marítima. Tem se tornado bons marinheiros e foram os fundadores de uma variedade de colônias que ficavam nas ilhas do mar Egeu. De 1280 a.C até 1270 a.C., os aqueus foram os declarantes durante uma dezena de anos de uma guerra contra a cidade de Troia, que os aqueus destruíram e incendiaram caindo sob o seu domínio. Até meados do século XIX, a crença era a de que a Guerra de Troia fosse um conflito fictício que só era citado na obra do poeta grego Homero e que a cidade jamais pudesse existir. Porém, em 1871, o alemão Heinrich Schliemann, em trabalhos arqueológicos, foi o descobridor de novas cidades que os povos invasores destruíram, uma junto com as outras, e entre elas foi encontrado o tesouro do rei Príamo (rei de Troia), como prova concreta de que desse modo houve a verdadeira existência de Troia.[44]

Período Homérico editar

 
Busto de Homero

O poeta Homero foi o autor de duas obras poéticas que eram muito prestigiadas na época: a Ilíada e a Odisseia. Esses livros se tornaram documentos que ganharam importância para se estudar a civilização grega daquela época, nos seus modos de viver, de se acostumar, de usar a terra, de se organizar socialmente, de se aculturar e de educar.[44]

A Ilíada é a narração da história da cidade de Troia e a guerra, com a totalidade de seus heróis (como Ulisses e Aquiles) e de suas aventuras. Após uma dezena de anos da dureza de um cerco, foi conseguido pelos gregos que fosse vencida a resistência troiana, realizando invenção da enormidade de cavalo feito de madeira, abrigando soldados que se esconderam dentro. Foram abertas as portas da cidade para que fosse recebido a enormidade do cavalo, utilizando-se de julgamento de que era um presente dos deuses. Depois que os troianos festejaram e beberam muito, os gregos tiveram saída do cavalo e foram os dominadores da cidade. Daí a origem etimológica da expressão "presente de grego".[44]

A Odisseia é a narração das aventuras de Ulisses, um dos heróis que lutavam da Guerra de Troia, quando retornou para a ilha de Ítaca, onde governava como rei. Quando voltou de viagem, aventura-se, como se ver livre dos gigantes de um só olho na testa (os ciclopes), ter resistência às encantadas sereias (que tiveram atração aos marinheiros para as profundezas do mar) e se ver livre da terrível bruxa Circe, que foi a feiticeira dos marinheiros. A deusa Palas Atena foi a protetora do herói enquanto ocorria a viagem, de modo que ocorresse a volta de Ulisses a seu reino, onde a fiel esposa Penélope teve esperança por longos anos.[44]

Essas obras foram transformadas em clássicas como fontes históricas e com ênfase da educação da juventude grega através dos séculos, pois deram realce aos valores do fato de ser bom, corajoso, justo, de amar filialmente, e de lutar por seus direitos.[44]

Genos editar

Na época em que viveu Homero, a formação da sociedade era basicamente composta pela pequenez de comunidades que não eram além de onde se reuniam os membros da grandeza de uma família que eram obedientes a um chefe (o pater familia, família patriarcal). Suas atividades econômicas eram a agricultura e o pastoreio; os bens e a terra eram pertencentes à comunidade (Não havia a existência da propriedade privada).[45]

Período Arcaico editar

Pólis editar
 
O Partenon, na acrópole de Atenas

Houve o crescimento dos genos, a desunião, e ocorreu o surgimento de outra forma de comunidade dotada de maior amplitude, que era a formadora de uma unidade territorial, política, econômica e social. Se chamava de pólis, com definição de cidade-Estado, dotada de independência em relação às outras, com governo próprio e com a economia dotada de auto-suficiência. A composição de uma pólis era dividida em três partes importantes:[45]

  • A acrópole, que era a parte de maior elevação, onde havia o funcionamento de uma fortaleza e onde era a localização dos templos para cultuar a religião e o lugar para administrar o governo;
  • A ágora, que era a praça principal, onde ocorria a reunião do povo para realizar a discussão dos problemas comunitários e comerciar um pouco;
  • A asty que era o lugar mais importante onde se comprava;
  • Campos agropecuários.

Pode-se definir a Grécia como a grandeza de região que se formava de um grande número de cidades-estado dotadas de independência, mas que, talvez, eram consideradas como uma certa unidade, pois eram falantes de uma mesma língua e tinham a crença nos mesmos deuses. O sistema de governo adotado na Grécia era a monarquia, onde o rei era também um chefe militar assumido.[45]

Esparta e Atenas editar

Dentre as cidades-estados, mereciam destaque Esparta e Atenas, com grande diferença de características entre si.[46]

Esparta editar

 
Território de Esparta

A grandeza de uma cidade-estado teve formação na parte meridional do Peloponeso, entre as montanhas abertas para a fertilidade da planície da Lacônia, cujo acidente geográfico que percorre é o rio Eurotas. Teve fundação pelos dórios, dotados de violência e guerra, a cidade teve toda a dedicação às cidades guerreiras. A forma de governo adotada por Esparta era a aristocracia, isto é, uma elite era detentora do poder e ditadora das ordens para o povo. Suas leis, de cordo com a tradição, originaram nas ideias de um lendário legislador que se chamava Licurgo.[46]

O governo se constituía da seguinte forma:[46]

  • havia a existência de dois reis (de um lado um chefe militar e de outro um chefe religioso — diarquia);
  • um Conselho de Anciãos (a Gerúsia, era constituído de 28 elementos com idade superior a sessenta anos de idade);
  • a Apela (uma assembleia do povo que se responsabilizava da reunião a cada mês que passava para realizar a discussão e a aprovação das leis que os anciãos propuseram);
  • os éforos (cinco magistrados que a assembleia elegia por um ano e que realizavam a fiscalização das leis a serem cumpridas e a sentinela da educação dos jovens).

A pólis a ser defendida era de responsabilidade do exército, em grande número e com excelente treino.[46]

Sociedade espartana editar

Pode-se definir esparciatas como o grupo social que dominava, que mandavam nas melhores terras. Se obrigavam a realizar a contribuição com as despesas do governo e caso dessem negação de contribuir os governantes espartanos puniam os esparciatas com os privilégios perdidos.[46]

Os periecos estavam intermediando sua condição; podiam ser possuidores de terras, trabalhar no comércio, era gozadores de direitos civis, mas não podiam governar.[46]

Os hilotas eram trabalhadores nas terras na condição de trabalhadores braçais da escravidão, o governo mandava nos escravos, que não tinham direitos civis nem políticos.

Exército espartano editar
 
Estátua em mármore de um hoplita, talvez o rei Leónidas

A pólis de Esparta vivia das atividades militares e guerreiras. Já aos sete anos, os espartanos entregavam a criança ao governo. Este fazia a indicação de instrutores para promover a educação para a arte militar. Entre os sete e os catorze anos o governo treinava a criança na rigidez de uma disciplina, com alimentação pequena para ser leve, ter esperteza e resistência à fome. O governo submetia a criança para a dureza de provas físicas, se dirigia para os campos, onde o dever da criança era o aprendizado da caça, da luta, do roubo e da matança, isto é, seu dever era o aprendizado era a sua autodefesa.[47]

Na idade de dezessete anos realizava a prática de um exercício (Kriptia = gruta) em que seu dever era a captura e a matança de escravos que fugiam nas florestas.[47]

Seu dever era ser menos tagarela e a expressão com pequena quantidade de palavras: tal fato passou a ser chamado de laconismo (da palavra Lacônia, região espartana). Na idade dos vinte e um anos já se considerava um perfeito hoplita (soldado), com capacidade para a defesa da pátria.[47]

O espartano geralmente casava na idade dos 30 anos, sendo que, anteriormente dessa idade, só tinha permissão para morarem juntos. Na idade dos sessenta anos recebia aposentadoria do exército e ganhava o direito de participar do Conselho de Anciãos (Gerúsia).[47]

Aquele tipo de educação soldadesca, que treinava para a dureza de uma vida dura e desconfortável, foi o principal agente criador de um ambiente social muito tenso, conflitante e exorcizante.[47]

Os esparciatas não tinham preocupação em acúmulo de bens materiais, riquezas, metais preciosos, ter conforto e comodidades. Embora desprezavam a riqueza, estavam à procura do que necessitavam para a manutenção da sociedade. O tipo de vida que tinha esse povo representou o auto-fechamento da sociedade, sem mudar e sem progredir, e os espartanos não aceitavam bem estrangeiros.[47]

Mulheres espartanas editar

O destino das mulheres era pior que o dos homens. Os espartanos colocavam as mulheres numa posição inferior. Não tinham a possibilidade de continuação da educação dos filhos depois da idade dos sete anos, tinham que se submeter ao pai quando solteiras e aos maridos depois que se casavam, não eram participantes da vida política e eram socialmente menos ativas. Não tinham a oportunidade de se confortar com os afetos familiares, como as mulheres de Atenas, e se obrigavam à prática de exercícios físicos e esportes para a manutenção de uma boa forma física, com o objetivo de geração de bons soldados para a pátria. As mulheres não tinham permissão de praticar o celibato, ou seja, eram obrigadas a realizar o casamento e serem possuidoras de filhos dotados de força.[47]

As que não tiveram desejo de casamento recebiam acusação de crime contra a pátria. As crianças tiveram nascimento com ausência de qualidades físicas para ser um bom soldado recebiam eliminação.[48]

Num tempo antigo, as mulheres espartanas eram obrigadas a ter permanência em casa dando cuidado de seus filhos, não tinham direito de saída nem para trabalho. Somente depois que tiveram início de maior liberdade. O vestido utilizado por elas eram panos altamente qualificados e com muitas joias finas que custavam um alto preço.[48]

Expansão de Esparta editar

Do século VIII até o século VII a.C., os esparciatas foram os responsáveis pela adoção de uma política expansionista e conquistadora de cidades vizinhas, com a redução dos vencidos para serem escravizados. Assim, foram os dominadores de Messina, Arcádia, Hélade e Argólida. No fim do século VI a.C., muitas partes do Peloponeso têm se tornado uma liga militar, com os espartanos comandando. Estes ganharam fama como soldados de excelência, que tiveram a bravura de uma luta por querer amar muito a pátria.[48]

Atenas editar

Atenas se localiza no litoral da Europa. A principal atividade econômica de Atenas era o comércio marítimo. Na região da Ática, a pólis de Atenas se localizava bem nas proximidades do Mar Egeu, o que lhe avantajou certas vezes no comércio marítimo e foram desenvolvidas suas características de cidade que se abriu para o mundo.[48]

O solo pobre e a água que faltava fez com a numerosidade de seus habitantes fossem responsáveis pelo abandono da agricultura e pela dedicação à indústria artesanal e ao comércio. Os jônios, que conquistaram da região da Ática, foram misturados com os primitivos donos da terra e foi concedida a vida a uma população que foi a de maior trabalho e inteligência da Grécia.[48]

O porto de Pireu, que os pedreiros construíram a uma pequena distância de Atenas, tem se tornado um dos maiores centros comerciais que já existiram do mundo antigo e o de maior importância da Grécia. Tudo isso fez com que fossem multiplicadas as riquezas, estimulada a inteligência, reforçado o espírito de ser independente e o amor por ser livre.[48]

Organização política ateniense editar
 
Sólon

Atenas ganhou fama como a cidade-mãe da democracia política. Mas, antes de sua chegada nesse ponto, tem passado por uma variedade de estágios no fato de organizar seu governo.[48]

No início, as cidades-estados quem governava era um rei (monarquia). Entre os séculos VII e VI a.C, os grandes proprietários de terra (eupátridas) foram os destruidores do sistema monárquico e os implantadores de um sistema que germinou a futura democracia.[48]

A classe dominante era possuidora de uma numerosidade de privilégios, o que foi a causa do fato de que os mercadores, pescadores, marinheiros, artesãos e pequenos proprietários se revoltaram e estavam descontentes com essa injustiça moral e material. A luta desta parte lutava pela escritura das leis de acordo com a justiça e a equidade em defesa dos direitos de todos.[48]

Então, a solução dos eupátridas era o encarregamento do legislador Drácon (620 a.C) na elaboração de leis escritas, que receberam a denominação de leis draconianas. Eram leis dotadas de rigidez, dureza, severidade, dando punição com a morte a quem fosse desobediente. Mas essas leis davam mais favorecimento aos nobres do que às camadas populares, que deram continuação ao agito e à exigência de leis que dessem proteção aos seus direitos. Depois de passarem quase trinta anos em que as camadas populares protestavam e manifestavam, houve o surgimento de um novo legislador, no ano 594 a.C também sob escolha da classe dominante, para q elaboração de novas leis e o fato de reformar a sociedade. Esse legislador foi Sólon, que acabou em amizade pelos ricos por ser possuidor de muito dinheiro e também pelos pobres porque ser dotado de honestidade. Desse modo, foi conseguido pelas leis de Sólon uma variedade de anos estáveis, pacíficos e justos. Reformulava com equilíbrio.[48]

Constituição de Sólon editar
 

Com a presença de Sólon, foi feita a divisão da sociedade em quatro classes sociais (pentacosiomediminus, cavaleiros, zeugitas e tetas). A base dessa divisão de classes era a renda (riqueza) de cada um. E na medida que ficavam ricos é que as pessoas eram possuidoras de direitos e deveres.[49]

Foi trazido pelas reformas de Sólon que elas mudassem muito o Estado e a sociedade. Foi dada abertura política para o fato de que novos partidos políticos se formassem. Entretanto, parte da população (estrangeiros, pequenos camponeses, pobres e escravos) se tornou vítima de preconceito à margem da sociedade, dando continuação às revoltas populares. Nesse clima agitado, um nobre dotado de ambição, que se chamava Pisístrato, no ano 560 a.C, tirou proveito da situação e por ele foi dado um golpe de Estado, dando estabelecimento de um novo regime que hoje se chama tirania (tirano é aquele que sobe ao poder por meios inconstitucionais).[49]

Com a presença de Pisístrato, Atenas teve o conhecimento de um período pacífico e próspero. A cidade tem se transformado em grande centro cujas atividades econômicas foram o comércio e a indústria. Depois que morreu Pisístrato, o governo foi passado a seus filhos, que deram continuidade à política exercida pelo pai.[49]

Clístenes, o pai da democracia editar
 

Durante o ano 508 a.C, um nobre que se chamava Clístenes elegeu-se arconte e foi o governante de Atenas, deu atenção à vontade popular e consolidação à democracia.[49]

Clístenes reformou a sociedade, participando mais politicamente dos pobres, foi o divisor da população numa dezena de tribos e as terras na igualdade de uma dezena de partes para eles. 50 pessoas representavam cada tribo na Bulé, com o total dos 500 membros formadores do mais importante órgão governamental.[49]

Era feita a discussão dos problemas em assembleias (eclésias) populares. Foi estabelecida a lei do ostracismo. Essa lei exilava por uma dezena de anos o cidadão que fosse responsável pelo cometimento da gravidade das falhas e pela ameaça à democracia.[49]

Com a presença de Clístenes a abertura política foi muito grande e o povo participava mais de tudo o que o governo decidia. Por isso, a população ateniense atribuiu a Clístenes o título de "Pai da Democracia".[50]

Família e educação em Atenas editar

O ateniense tinha muita ligação à família. A mulher era uma espécie de rainha da casa, enquanto o homem ia trabalhar. A união da família se dava por força dos laços religiosos pelo fato de cultuar os familiares que morreram. Estes mereciam veneração em altares no interior das residências.[50]

Depois que casou, a mulher adotou a religião professada pelo marido. Era feito o sepultamento dos mortos e, algumas vezes, a cremação. Na maioria das vezes, a proteção dos túmulos era feita através das esculturas feitas de pedra ou monumentos. Quanto à educação, os gregos eram muito atenciosos com o fato de educar os rapazes.[50]

A quase totalidade dos homens eram aprendizes da leitura e da escrita, pois o julgamento deles era a preciosidade das qualidades para formação da boa cidadania humana. Nota-se a inexistência de escolas públicas, mas a escolha feita pelos pais residia nas escolas particulares e professores que lhe agradavam.[50]

O objetivo de entrada das crianças na escola durante a idade dos sete anos na escola era o aprendizado da música. De acordo com a consideração das crianças, a música eleva o espírito. Até a idade dos quatorze anos, se o desejo das crianças fosse a continuação dos estudos, eram dedicados à ginástica. Nos ginásios, eram praticantes da totalidade dos esportes e eram integrantes dos Jogos Olímpicos, como lançamento de disco, luta, pugilismo, corrida e salto. O objetivo dessa educação esportiva era o preparo do jovem para o serviço militar.[50]

Os jovens não eram livres para realizar a escolha de seus pares, pois as famílias arrumavam os casamentos. A família era regida pelo patriarca, no qual a mulher tinha submissão ao homem.[50]

Os homens vestiam uma túnica longa, que tinha aparência daquela que os árabes utilizam ainda hoje. O vestido das mulheres era uma roupa longa, tipo camisolão.[50]

Período clássico da Grécia editar

O período clássico da Grécia ficou marcado por guerras externas e internas e pelo desenvolvimento e esplendor da cultura grega. As guerras externas foram realizadas contra os persas. As guerras internas foram devidas às rivalidades entre as próprias cidades gregas, principalmente Esparta e Atenas, que brigavam pela hegemonia (domínio) entre as demais pólis.[51]

Guerras Greco-Persas editar

 
O Império Ateniense em 431 a.C

As causas dessas guerras foram as concorrências comerciais e a vontade que os dois povos de expandir seu domínio entre os povos vizinhos. Os persas ameaçavam o comércio e a vida política de várias cidades gregas. Chegaram inicialmente a dominar a cidade de Mileto, que se rebelou e pediu o auxílio de Atenas. Esta movimentou as tropas contra os persas, dando origem à guerra.[51]

Primeira guerra editar
 
Milcíades

No 490 a.C, grande armada persa, comandada por Dario I, desembarcou na Ática, na planície de Maratona. Guiados por Milcíades, combateram seus inimigos nos seus pontos fracos, num ataque relâmpago. Os persas não tiveram nem mesmo tempo de pegar em armas, pois já se sentiam dominados.[51]

Segunda Guerra editar
 
Temístocles

No 485 a.C, no estreito de Salamina, os persas, comandados por Xerxes I, filho de Dario, foram novamente derrotados. Os persas, melhor preparados, atacaram por terra e por mar. Os gregos, desta vez, contavam com melhor exército, pois haviam feito uma coligação de cidades contra o inimigo, inclusive Esparta. Os persas atacaram pelo norte, dominaram os bravos espartanos liderados por Leônidas e desceram para o sul, onde incendiaram Atenas. A Grécia parecia derrotada, mas os gregos se reorganizaram e atraíram a esquadra para o estreito de Salamina, local onde favorecia os leves barcos gregos e dificultava os pesados navios persas.[51]

Os persas de Xerxes tinham ainda contra si as pesadas armaduras dos soldados que lutavam por dinheiro, ao passo que os gregos eram movidos pelo grande amor à pátria. Liderados por Temístocles, general ateniense, os gregos liquidaram os persas, que abandonaram seus navios.[52]

Rivalidades que enfraqueceram a Grécia editar

Terminadas as guerras contra os persas, as pólis gregas voltaram a se fechar nos seus interesses próprios. Atenas considerou-se vitoriosa nas guerras, julgando-se uma salvadora da Grécia.[52]

Com este prestígio e com o medo de novos ataques, conseguiu convencer outras cidades (menos Esparta) para formar uma liga contra futuros ataques dos persas. Surgiu, então, a Confederação de Delos, com adesão de mais de trezentas pólis.[52]

A ilha de Delos foi escolhida como local onde ficaria a sede da liga e onde se guardariam tesouros e bens arrecadados. Essa união provocou a inveja de Esparta que formou também a Confederação do Peloponeso, reunindo várias pólis.[52]

As duas cidades acabaram entrando em conflito e, depois de 27 anos de luta (com 6 anos de trégua veio a Paz de Nícias), Atenas foi derrotada. Mas algumas cidades gregas aliaram-se à cidade de Tebas, dominaram os espartanos e exerceram seu domínio político sobre a Grécia por pouco tempo.[52]

Todas essas lutas internas enfraqueceram a Grécia, que foi facilmente conquistada por Felipe II, da Macedônia, em 338 a.C[52]

O século de Péricles editar

 
Péricles

Péricles foi um excelente orador, entendia de arte militar e, como político, usou de habilidade e prudência. Governou Atenas de 461 a 429 a.C (quase trinta anos). Governou como um príncipe, sempre em perfeito acordo com o povo, que o respeitava muito.[52]

Péricles foi assíduo frequentador de teatro e amava as artes. Procurou fazer de Atenas a capital cultural do mundo antigo. O período de governo foi de esplendor, a ponto de ficar conhecido como Idade de Ouro da Grécia.[52]

Governo democrático de Péricles editar

A democracia ganhou nova força e as classes mais pobres puderam participar ativamente da política. Leia um trecho de um discurso de Péricles sobre o seu governo:[52]

Temos uma forma de governo que causa inveja aos povos vizinhos. Não imitamos os outros e servimos e exemplo aos outros. Quanto ao nome, este governo é chamado de 'democracia' porque não é uma administração para o bem de algumas pessoas e sim para servir toda a comunidade. Diante das leis, todos gozam de igual tratamento. E a consideração de cada um vem não do partido, mas dos méritos demonstrados no serviço da comunidade. Temos medo de conseguir cargos públicos por meios ilegais.
Amamos o belo, mas na justa medida, e amamos a cultura do espírito, mas sem desprezar outros valores.
[53]

O Século de Ouro editar

Com Péricles, as artes, as letras e a filosofia floresceram de modo maravilhoso em Atenas. O projeto de Péricles de desenvolver as artes e a cultura era ambicioso. As pólis vizinhas ficaram enciumadas, mas nada puderam fazer para impedir tal crescimento.[53]

Por iniciativa de Péricles, foram incentivadas todas as modalidades de expressão artística. As acrópolis foram ornamentadas e construídos grandes monumentos.[53]

Foi nessa época que em Atenas surgiram talentos nos vários setores artísticos e culturais, de modo que a cidade conseguiu sobressair e firmar sua hegemonia.[53]

Cultura grega editar

A arte grega chama a atenção pela harmonia de proporções, pelo equilíbrio e serenidade. É toda uma mistura de inspiração fantástica e real. Esse tipo de arte foi considerada e serviu de modelo para os artistas através dos tempos.[53]

Arquitetura grega editar
 
Planta da Acrópole de Atenas

Os gregos construíram palácios, tribunais, teatros e templos que ficaram famosos. O monumento mais célebre construído na Acrópole de Atenas foi o Partenon, que era um tempo em homenagem à deusa Palas Atena, protetora da cidade.[53]

O Partenon é o mais célebre dos templos gregos. Impressiona pela sua dimensão, elegância e harmonia de suas proporções. Não foi obra de um só autor, mas de vários artistas, entre os quais sobressaiu Fídias, com suas inúmeras esculturas que decoravam o templo.[54]

O Partenon foi transformado em igreja cristã no século VI d.C e em mesquita turca em 1450 d.C. Esse templo colossal permaneceu quase intacto até o século XVII, quando sofreu uma catástrofe: os turcos que dominavam Atenas guardavam no templo seus armamentos, que acidentalmente explodiram. Foi restaurado, mas a maioria de suas belas esculturas foram levadas pelos ingleses (1812) e se encontram no British Museum, em Londres.[54]

A arquitetura grega ficou famosa também pelos tipos de colunas usadas nas construções. Havia colunas artisticamente trabalhadas em estilo dórico, jônico e coríntio.[54]

Escultura grega editar
 
Discóbulo, obra de Miron

As obras esculpidas pelos gregos mostravam naturalidade nas formas e na expressão, idealismo, alegria e companheirismo. Entre os grandes escultores, ficaram conhecidos Fídias, Miron e Praxísteles.[54]

Famosas também são as Cariátides, que são colunas em formas femininas. São seis belas jovens esculpidas em mármore vindo de Cária, Ásia Menor, onde havia belas mulheres. Elas se encontram no templo Erechthion, em Atenas.[55]

Pintura grega editar

Os gregos pintavam com harmonia, elegância e vida. Infelizmente, restou pouco da pintura grega e o que nos chegou foram principalmente vasos muito bem decorados e outras peças de cerâmica. Pintaram sobre tecidos, pedras e madeira. Costumavam reproduzir em cerâmica cenas da vida diária.[55]

Teatro grego editar
 
Anfiteatro de Epidauro

Os teatros gregos eram amplas construções que atraíam grande número de populares por ocasião das festividades religiosas e populares, principalmente as festas em homenagem à deusa Atena e a Dionísio (deus do vinho). Nessas ocasiões, os gregos assistiam a grandes espectáculos (representações de comédias e tragédias).[55]

Os gregos já representavam peças com os elementos essenciais do teatro como temos hoje: atores, diálogo e cenário.[55]

Entre os maiores autores de peças para o teatro temos: Ésquilo, Sófocles, Eurípedes. Destacou-se na comédia Aristófanes, que satirizava os costumes da época. Os temas preferidos eram às cenas da vida urbana, à religião e à mitologia.[55]

Os teatros tinham ótima acústica, os trajes eram ricos e variados. Os atores eram acompanhados por um coro que cantava e dançava e por uma orquestra. Usavam máscaras chamadas personas, para caracterizar os personagens e aumentar o volume de voz. Daí veio o nome de "personagens" aos participantes de nossas narrativas modernas. As mulheres podiam ser espectadoras, mas não atrizes. Só os homens representavam.[56]

Péricles se convenceu a importância do teatro a ponto de franquear a entrada a todos.

Religião e mitologia gregas editar

 Ver artigo principal: Mitologia grega
 
Dafne - Da pintura de Deverial

A religião grega foi, na Antiguidade, a que mais aproximou os deuses dos homens. Era uma religião antropomórfica, isto é, os deuses agiam à semelhança dos homens, com suas qualidades e defeitos. Com uma diferença: os deuses eram poderosos e imortais.[57]

As divindades eram cultuadas nos lares, nos templos e nas festividades religiosas. O culto era tradicional. Feito dentro das casas, acendia-se o fogo sagrado, faziam-se as oferendas e sacrifícios de animais. A religião era o vínculo que unia as pólis entre si. Os oráculos eram os representantes dos deuses (falavam em nome de deuses). Ficaram famosos os oráculos de Delfos, Olímpia, Epidauro e Delos. Populares e também políticos iam consultar os oráculos dos templos.[57]

Uma maneira como os gregos costumavam homenagear seus deuses eram os jogos e as competições esportivas. Os mais famosos foram os Jogos Olímpicos, realizados no Monte Olimpo em homenagem a Zeus que, segundo a crença, habitava esse monte, em companhia de outros deuses. As primeiras olimpíadas teriam sido realizadas em 776 a.C e, a partir daí, a cada quatro anos.[57]

A religião grega era cheia de mitos e lendas para explicar a origem do mundo, dos próprios deuses e dos homens. Não havia um livro sagrado e a religião, passada por tradição oral de geração em geração, era frequentemente alterada pelos poetas e artistas.[57]

Para os gregos, o mundo teria começado com Nix (a noite) e Érebo (seu irmão), visto como o inferno, isto é, a outra parte das trevas. Eles existiam, no Caos (que era o grande vazio inicial). Aos poucos Nix e Érebo se separam, se afastam cada vez mais, até que Nix se transforma numa esfera, se encurva e, como um ovo, se parte e dá nascimento a Eros (o amor). As duas partes da casca do ovo inicial se afastam, e uma se converte na abóbada celeste e outra em um disco achatado que a Terra. O céu ficou sendo chamado Urano e a terra Gaia. Do casamento desses dois tiveram início as novas gerações divinas.[57]

Deuses do Olimpo editar
 
Busto de Zeus
  1. Zeus: Deus soberano, simbolizado pela águia e pelo fogo.[58]
  2. Hera: Esposa de Zeus, simbolizada pelo pavão e pela romã. Deusa do lar.
  3. Atena: Filha de Zeus, simbolizada pela coruja e pela oliveira. Deusa da sabedoria e da estratégia de batalha.
  4. Hermes: Mensageiro dos deuses, representado com asas nos pés e no capacete.
  5. Ares: Deus da guerra.
  6. Posidão: Deus dos mares, representado com um tridente na mão.
  7. Dionísio: Deus do vinho, representado com uma taça e uva nas mãos.
  8. Hefesto: Deus da forja, da metalurgia. Simbolizado pelo martelo e pela tenaz.[58]
  9. Afrodite: Deusa do amor e da beleza, simbolizada pela pomba.[59]
  10. Deméter: Deusa fertilidade da terra e da agricultura.
  11. Apolo: Deus da harmonia, da luz, da música e da poesia. Simbolizado pela lira e pelo louro.
  12. Ártemis: Deusa da caça, protetora das virgens, simbolizada pelo veado e pelo arco.
  13. Hades: Deus dos mortos e dos infernos, em cuja porta ficava o cão Cérbero, com três cabeças.[59]

Os grandes deuses editar

  • Zeus: era considerado chefe dos deuses. Morava no Monte Olimpo. Ele fazia chover, e era o senhor dos ventos e dos trovões. Era casado com Hera, cultuada como a padroeira dos casamentos e das futuras mães.[60]
  • Apolo: Filho de Zeus, deus da beleza, da arte, da música, das curas e das adivinhações.
  • Afrodite: Irmã de Apolo, filha de Zeus. Deusa da beleza, do amor. Nasceu das espumas do amor.
  • Hermes: Filho de Zeus, mensageiro dos deuses. Protetor dos viajantes, comerciantes e oradores.
  • Dionísio: Filho de Zeus, costuma vir acompanhado por um cortejo de demônios masculinos e femininos (são os bacantes).
  • Posidão: Irmão de Zeus (ambos eram filhos de Cronos e Reia). É o deus dos mares. Seus filhos eram estátuas monstruosas.[60]
Heróis da mitologia grega editar
 
Hércules e a Hidra de Lerna de Antonio Pollaiuolo
 
Édipo e a Esfinge (pintura de Gustave Moreau)

Os gregos veneravam alguns semi-deuses (ou heróis). Os mais importantes foram Hércules, Édipo, Teseu, Jasão e Perseu. Hércules ficou famoso por sua força. Os deuses o submeteram a várias provas: ele superou todas, lutando apenas com um arco e uma clava. As provas ficaram conhecidas como o Doze Trabalhos de Hércules, entre os quais: estrangulou o Leão da Nemeia, matou a Hidra de Lerna, capturou vivo o javali de Erimanto, libertou Teseu dos infernos, etc.[60]

Édipo era filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta. Segundo o oráculo de Delfos, foi marcado pelo destino para matar seu pai e casar com sua mãe. Para evitar a tragédia, Laio abandonou o filho sobre o Monte Citéreo, com os pés furados e amarrado de cabeça para baixo. Achado por pastores, foi criado por eles e, já adulto, conforme seu destino, matou o próprio pai (sem saber). Decifrou o enigma da esfinge que atormentava Tebas e, como recompensa, casou-se com a rainha (que era sua mãe). Vieram desgraças sobre a cidade e o oráculo revelou a Édipo que ele era o culpado de tudo, pois casara com a própria mãe. Descoberta a verdade, a mãe suicidou-se e furou os próprios olhos e saiu vagando pelo mundo.[60]

Império Macedônico editar

O rei Filipe II organizou militarmente a Macedônia, tornando-a poderosa. Este rei, durante sua juventude, esteve como prisioneiro na cidade grega de Tebas, onde aprendeu da arte militar de Esparta.[61]

 
Falange macedônica: Formação coberta de 18 fileiras com lanças de 6 metros de comprimento. Era difícil vence-la

Ao voltar à Macedônia, percebeu que as cidades gregas estavam enfraquecidas, sendo fácil conquista-las. E, com este objetivo, ele reformou o exército, introduzindo a famosa falange macedônica, que constituiu uma grande inovação nos campos de batalha (imitada futuramente pelos romanos).[61]

Filipe II conquistou a Grécia no ano 338 a.C Morreu dois anos depois e seu filho Alexandre Magno assumiu o poder aos vinte anos de idade.[62]

Alexandre, jovem ávido de conquistas e de glória, uniu gregos e macedônios numa luta comum contra os persas. Em violentas batalhas dominam os persas e estendem o Império Macedônico até a Índia. Os soldados, cansados, se recusam a prosseguir e Alexandre retorna, mas acometido por uma febre, morre na Babilônia. Seu imenso império foi então dividido entre seus três principais generais.[62]

O maior mérito de Alexandre Magno foi a fusão das culturas dos povos vencidos, procurando estimular casamentos entre vencedores e vencidos, e promoveu a igualdade de tratamento entre todos os povos dominados. Essa fusão da cultura grega com a cultura dos povos orientais chamou-se de helenismo.[62]

Cultura helenística editar

 Ver artigo principal: Cultura grega

Alexandre e seus sucessores fundaram inúmeras cidades para difundir a cultura grega. Eram construídas à maneira das cidades gregas, com a condições necessárias para desenvolver a cultura. Entre estas cidades, foram importantes Alexandria (no Egito), Antioquia e Pérgamo (na Ásia Menor, atualmente parte da Turquia). Alexandre, além do seu farol, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, tinha uma enorme biblioteca com mais de 700 mil livros onde sábios de toda parte vinham aumentar seus conhecimentos.[62]

Filosofia grega editar
 Ver artigo principal: Filosofia grega

Os gregos viam a filosofia como um meio de compreender o mundo e o homem e uma tentativa de explicar a razão de ser de todas as coisas do mundo. Deixaram de lado as explicações mitológicas e religiosas e apelaram para a razão e a ciência para explicar os mistérios da existência do mundo, do ser humano, os valores morais, a alma e a felicidade.[62]

Entre os filósofos gregos, temos:[62]

  • Tales de Mileto: Foi o primeiro filósofo grego. Também foi matemático e astrônomo.[62]
  • Sócrates: Grande filósofo, seus ensinamentos eram voltados para os valores morais. Com o princípio, "conhece-te a ti mesmo", afirmava que a verdade está dentro de cada um. Seu método de ensino era o "diálogo". Acreditava num só Deus, negava os outros deuses e por isso foi preso, sendo acusado de corromper a juventude grega. Foi forçado a tomar um veneno, a cicuta.[62]
  • Platão: Um dos maiores filósofos da humanidade, foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Analisou a questão social e achava que a riqueza deveria ser melhor distribuída entre os cidadãos. Sua grande obra foi A República. Achava que as ideias eram a verdadeira realidade e a ideia de bem seria superior a todas. O mundo e as coisas eram sombras das ideias. Fundou uma famosa escola como o nome de Academia (nome derivado de Academo, que era seu amigo e proprietário do terreno).
    A filosofia de Platão teve enorme influência nos pensadores da Idade Média.[62]
  • Aristóteles: Também um dos maiores da humanidade, aluno de Platão e professor de Alexandre Magno da Macedônia. Era um espírito pesquisador e se dedicou a vários assuntos: biologia, política, moral, lógica, psicologia e religião. Para ele, havia só um deus, que motor eterno que move todas as coisas. Deus é um ato puro, perfeição absoluta. Foi o criador da lógica (raciocínio, argumentação). Para ele, o homem é um animal social e político.[63] Fundou uma escola chamada Liceu (nome devido ao fato de o estabelecimento ficar próximo ao templo de Apolo Lício).[61] Como Platão, sua influência foi enorme em toda a Idade Média, até os tempos modernos.[61]

Houve outros filósofos que participaram de outras correntes filosóficas, como os sofistas, que achavam que não podemos conhecer a verdade, portanto, tudo é válido; os cínicos, que desprendidos dos valores morais e apegados aos valores morais; os epicuristas, que achavam que a finalidade da vida humana é buscar os prazeres; os estoicos, que a felicidade está em aceitar as coisas como elas acontecem, com resignação e mesmo à custa de sofrimento.[61]

Literatura grega editar
 Ver artigo principal: Literatura grega

Os gregos deixaram excelentes obras literárias:[61]

Ciência grega editar
 Ver artigo principal: História da ciência

Abaixo estão listados grandes nomes da ciência grega:[61]

Legado grego editar

Alguns legados gregos:[61]

Os gregos, com sua política, sua artes, sua filosofia e sua literatura, iluminaram os séculos futuros.

Civilização Romana editar

 Ver artigo principal: Roma Antiga

A Itália é uma península ao sul da Europa, que invade o Mar Mediterrâneo em direção à África. É cercada pelos mares Jônico, Tirreno e Adriático. A Itália é montanhosa, tendo os Alpes ao norte e sendo percorrida de norte a sul pela cadeia dos Montes Apeninos. O litoral costeiro italiano não é favorável à navegação. Esse fator geográfico fez com que os primitivos povos da Itália se dedicassem ao pastoreio e à agricultura.[64]

 
Itália Romana

A Itália foi invadida por vários povos, como a denominação geral de italiotas, que se subdiviram em sabinos, latinos, samnitas e úmbrios. Habitavam inicialmente a Itália central.[64]

Os gregos, localizados próximo da Itália, ocuparam muitas regiões do sul da Itália e aí fundaram prósperas colônias, como Siracusa, Agrigento, Síbaris, Taranto e Nápolis. Os italiotas aproveitaram muito da cultura grega, como o uso do alfabeto, técnicas agrícolas, noções científicas, o gosto pela arte e adotaram a religião grega, com muitos de seus deuses.[64]

Também os cartagineses, vindos do norte da África (Cartago), fundaram suas colônias ao sul da Itália (na Sicília, na Sardenha e na Córsega) e mantiveram relacionamento comercial e cultural com os italiotas.[64]

Fundação de Roma editar

 
De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C por Rômulo, que foi criados por uma lobajunto de seu irmão Remo

De acordo com a lenda, a cidade de Roma foi fundada em 753 a.C por Rômulo, na região do Lácio.[65]

O poeta romano Virgílio, em seu livro Eneida, narra que um bravo combatente da guerra de Troia, chamado Eneias, fugiu para a região do Lácio, e entre seus colocados num cesto nas águas correntes do rio Tibre. O cesto parou numa das margens e as crianças foram recolhidas pelos pastores e amamentadas por uma loba. Quando grandes, fundaram Roma, que teve Rômulo como primeiro rei. Na realidade, as escavações arqueológicas demonstraram que já tinha existido no local uma aldeia de pastores há uns milênios a.C.[65]

Fundada ou não pelos gêmeos, o certo é que esta cidade (Roma) dominou povos vizinhos e se tornou a principal cidade do Lácio. Conta-se que logo no início a cidade precisava de mais habitantes, e os romanos de Rômulo resolver raptar numa festa muitas filhas dos sabinos (rapto das sabinas). Assim, os sabinos foram o primeiro povo a se unir aos romanos.[65]

Latinos e sabinos tiveram quatro reis que se alternaram, sendo dois romanos e dois sabinos. Depois desses reis, os romanos foram dominados, no século VII a.C, por um povo mais adiantado, os etruscos, que estavam conquistando povos vizinhos. Três reis etruscos governaram Roma.[65]

Etruscos editar

Os etruscos, de origem desconhecida, ocuparam grande parte da Itália. Eram um povo de civilização adiantada, mas, inflelizmente, pouco conhecemos de sua cultura, por falta de documentação e porque a sua escrita ainda não foi decifrada.[65]

Eram hábeis marinheiros, desenvolveram técnicas de trabalho com metais, como bronze, ferro, ouro e prata. Formaram cidades-estados e chegaram a formar uma forte confederação. Tiveram bom relacionamento comercial e cultural com fenícios e cartagineses. Mas encontraram forte resistência de sólidas colônias gregas da Magna Grécia.[65]

Períodos históricos editar

A História da Roma Antiga pode ser dividida em três períodos:[65]

Monarquia (753 a.C.-509 a.C.) editar

Durante a monarquia, Roma foi governada por sete reis, sendo dois romanos, dois sabinos e três etruscos. Havia duas classes principais, em constante rivalidade, que eram os patrícios e os plebeus. Havia também os cliente e os escravos.[65]

Os patrícios eram os proprietários das terras, do gado, tinham muitos direitos e participavam ativamente do governo.[66]

Os plebeus formavam aquela parte da população que não tinha origem nobre, com pouca participação política, que se dedicava aos mais variados afazeres no campo, no artesanato e no comércio. Com o decorrer do tempo, os plebeus lutaram por melhores condições sociais e conseguiram dos patrícios maior participação na política e mais direitos como cidadãos.[66]

Os clientes formavam uma camada intermediária entre os patrícios e os plebeus. Eles viviam na dependência dos patrícios. A maioria dessa classe era formada por trabalhadores agrícolas, que dependiam dos grandes proprietários rurais. Havia também nesta classe os estrangeiros, os filhos ilegítimos, os libertos. O cliente recebia a terra para cultivar e algumas cabeças de gado, tinha proteção contra violências e defesa nos tribunais. Em troca desses favores, os clientes deviam prestar o serviço militar, ajudar os patrícios na vida política e seguir suas ordens.[66]

Os escravos, inicialmente em número pequeno, foram empregados nos serviços mais pesados. O patrão tinha sobre o escravo direito de vida e morte, podendo vendê-lo ou libertá-lo. Tornavam-se escravos os prisioneiros de guerra, os que não podiam pagar suas dívidas ou os que desertavam do exército.[66]

Os reis na monarquia tinham vários poderes: o poder religioso (como sumo sacerdote), o poder militar (comandante do exército) e o poder de juiz supremo do povo. Faziam as leis (poder legislativo) e as aplicavam (poder executivo).[66]

O rei exercia o governo com auxílio do Senado e dos Comícios Curiatos. O Senado era um Conselho de Anciãos (senes = anciãos) que o rei consultava sobre os mais importantes problemas a serem resolvidos. Os Comícios Curiatos eram formados de patrícios, que se reuniam em 30 cúrias, cada uma com seu representante. A Assembleia das Cúrias podia declarar guerra, aprovar ou vetar as leis propostas.[66]

A monarquia teve fim no reinado de Tarquínio, o Soberbo, por causa de uma revolta popular. Roma havia se tornado, por volta de 500 a.C, a cidade mais importante do Lácio. A população aumentava, os problemas sociais e políticos se tornavam difíceis e o rei se mostrava autoritário (tirania).[66]

Os patrícios resolveram dar um golpe de Estado, tomaram o poder e proclamaram a República, que era uma forma de governo democrático (República vem de res publica, que significa "coisa do povo").[66]

República (509 a.C.-27 a.C.) editar

Inicialmente, na República Romana havia 'muita aristocracia' (os poderes políticos eram de exclusividade dos nobres). Depois, seu caráter era mais democrático, no qual participava a plebe no poder.[66]

Foi feita pelos republicanos a divisão de poderes. Anteriormente, os poderes tiveram maior concentração nas mãos do chefe de Estado da monarquia, ou seja, o rei. O caráter dos cargos passou a ser temporário.[66]

O poder era dividido em três órgãos legislativos:[66]

O Senado era um Conselho de Anciãos (no começo 300, posteriormente 600), que os patrícios escolhiam. Tinham como função o recebimento de embaixadas de outros países, o tratamento com países do exterior, a nomeação de governadores provinciais, o controle da administração pública e a criação do decretos-leis (os senatus consultus = decisões tomadas).[67]

Devido aos elementos que muito experientes e autoritários, o Senado romano foi por muito tempo o principal órgão governamental da República romana. Um magistrado exercia a presidência do Senado. O magistrado podia ser um cônsul, um pretor ou mesmo um tribuno.[67]

As magistraturas eram cargos de importância que os patrícios exerciam. Para a evitação de abusos no poder, os patrícios exerciam as magistraturas apenas por um ano. Havia dois ou mais magistrados para cada cargo.[67]

Política romana editar
 
Afresco Cícero denuncia Catilina que representa o senado romano reunido na Cúria Hostília. Palazzo Madama, Roma

A seguir é listado a política romana:[68]

  • O Senado aconselha os magistrados, controle e administração pública. Cargo vitalício.
  • Os cônsules, eleitos em número de 2, presidiam o Senado e os comícios em tempo de paz, propunham leis, comandavam o exército e indicavam um ditador em tempos de guerra.
  • Os pretores cuidavam da justiça, com funções parecidas com a de nossos ministros de hoje. Cuidavam do governo dos territórios.
  • Os censores faziam o censo dos cidadãos para as listas eleitores ou para a cobrança de impostos, de acordo com a riqueza de cada um. Controlavam a moral (os costumes) dos cidadãos (entregavam ao Senado as listas com os nomes dos cidadãos de maus costumes ou indignos). Escolhiam os senadores entre os chefes das melhores famílias patrícias.
  • Os edis cuidavam da conservação da cidade (abastecimento, policiamento, espetáculos públicos, manutenção dos templos, das estradas).
  • Os questores, encarregados das finanças, cuidavam do tesouro público, dos impostos, dos pagamentos.
  • A Assembleia da Plebe e os Tribunos da Plebe eram os defensores da plebe. Podiam propor leis e vetar leis que fossem contra os direitos do povo. Não podiam se ausentar de Roma e as portas de suas casas deviam estar sempre abertas ao povo.

O ditador era um magistrado especial, eleito por 6 meses apenas nos momentos de crise e de guerra. Nessa temporada, reunia poderes absolutos.[68]

As assembleias populares, também chamadas comícios, eram três:[69]

  • Comícios Curiatos
  • Comícios Tributos
  • Comícios Centuriatos

Essas Assembleias Populares tinham grande força de decisão política sobre assuntos importantes, como a guerra e a pena de morte. Elegiam os representantes que iriam ocupar os cargos da magistratura.[69]

Lutas sociais editar

Patrícios e plebeus editar

Os patrícios eram a classe dominante, tinham as melhores terras, privilégios e direitos políticos. Eram grandes as diferenças sociais entre a classe dos patrícios e plebeus. Os plebeus, pequenos agricultores, artesãos e comerciantes, eram eleitores, mas não podiam ser eleitos. Eram obrigados ao serviço militar, mas no caso de vitória não tinham direito de receber do governo as partilhas de terras (ager publicus) e não podiam casar com pessoas da classe patrícia.[69]

Além do mais, como pequenos proprietários, tinham de abandonar por longo tempo suas propriedades para servir ao exército e quando voltavam não recebiam apoio do Estado para se refazerem dos prejuízos, sendo muitas vezes obrigados a contrair dívidas com os patrícios. Muitos se arruinavam de vez, passando à condição de escravos.[69]

Por esses e outros motivos, durante dois séculos houve rivalidades e lutas entre patrícios e plebeus, até que os patrícios reconheceram vários direitos para a plebe.[69]

Conquistas da plebe editar

No início das lutas, pelo ano 494 a.C, os plebeus chegaram a formar um exército e se retiraram para o Monte Sagrado (perto de Roma), onde pretendiam fundar uma cidade independente. Recusaram-se a defender Roma nas guerras contra outros povos que a estavam ameaçando.[69]

O forte do exército romano era formado por soldados plebeus e, assim, os patrícios foram obrigados a negociar com eles para que voltassem a Roma. Concederam a eles o direito de terem seus tribunos (os Tribunos da plebe) para defenderem seus direitos e terem voz ativa nas decisões políticas.[69]

Os Tribunos da plebe eram invioláveis, isto é, não podiam ser presos pelo Senado. Mas os direitos de patrícios e plebeus ainda não eram iguais, pois as leis romanas não eram escritas (eram orais) e os patrícios é que interpretavam as leis nos tribunais, geralmente a seu favor. Os plebeus exigiram leis escritas, ameaçando de novo se retirar para o Monte Sagrado. Os patrícios enviaram à Grécia legisladores para estudar as leis gregas. O resultado foi que as leis romanas foram escritas em doze tábuas de bronze (Lei das Doze Tábuas).[69]

Mas os plebeus perceberam que quase nada mudou, pois as leis escritas eram as mesmas de antes, que os colocavam numa posição de inferioridade diante dos patrícios (o poder nas mãos dos patrícios, escravidão por dívida e proibição de casamento entre as duas classes).[69]

Diante de novas pressões da plebe, foi criada a Lei Canuleia, em 445 a.C, permitindo os casamentos mistos entre patrícios e plebeus. A próxima conquista da plebe foi a Lei Licínia Sextia. Essa lei proibia a escravidão por dívida e determinava a distribuição das terras com mais critério. Dava também aos plebeus o direito de serem eleitos para o consulado.[70]

Daí por diante, os plebeus foram conseguindo o direito de participação política em vários cargos, mas isso fez com que a plebe se dividisse em plebe rica e plebe pobre, pois as campanhas políticas eram caras e os cargos não eram remunerados. Com o tempo, uma parte dos plebeus adquiriu condições elevadas e se misturou com os patrícios, enquanto a camada mais pobre continuou simplesmente a plebe romana.[70]

Lutas por melhorias sociais editar

Irmãos Graco editar
  • Tibério Graco: Eleito tribuno da plebe no 133 a.C, propôs uma reforma agrária. Cada proprietário de terra estatal (ager publicus) não podia receber mais de 500 jeiras de terra e o restante devia ser dividido entre os camponeses pobres.
    Em torno de suas ideias formou-se um partido que podemos chamar de democrático. Essa tentativa de redistruibição de terras era uma ideia corajosa, mas difícil de se realizar, porque logo encontrou oposição dos grandes proprietários de terras, que dominavam o Senado.
    Os inimigos de Tibério provocaram um tumulto e aproveitaram a ocasião para assassina-lo juntamente com mais de trezentos senadores que o apoiavam. Seus corpos foram jogados no rio Tibre.[70]
  • Caio Graco: Alguns anos depois, o programa de Tibério foi seguido por seu irmão Caio Graco, eleito tribuno em 123 a.C Caio era orador convincente e apaixonado e um dos grandes políticos de Roma. Fez a lei dos grãos de trigo, para qual deveriam ser vendidos a preço bem baixo dos grãos de trigo, de modo a favorecer os pobres, para que o alimento não lhes faltasse. Logo após, exigiu a aplicação da lei agrária, que já havia sido aprovada por seu irmão Tibério. Fundou colônias, onde os camponeses podiam obter a distribuição de terras para trabalhar e sobreviver.
    Como seu irmão, foi assassinado num tumulto provocado por seus inimigos.[70]
  • Espártaco: No ano 73 a.C, um grupo de gladiadores da cidade de Cápua se rebelou. À frente deles estava um valoroso escrabo de nome Espártaco. Sob sua liderança, milhares de escravos se revoltaram.[70]
    Nessa época, havia mais escravos na Itália que homens livres. Eram comuns as revoltas de protesto e muitos plebeus arruinados migravam para Roma, onde recebiam do governo pão e circo para controlar a situação.[70]
    Espártaco desafiou o exército romano e pretendia atravessar os Alpes, levando seus seguidores fora da Itália e libertá-los. Entre eles, porém, houve discórdia e foram facilmente abatidos pelo exército romano. Ao fim de desesperada batalha na Apúlia, caiu valorosamente à frente de 60 000 companheiros que lutavam pela liberdade. Outros 6 000 escravos foram capturados e sacrificados, alguns sacrificados ao longo da estrada de Cápua e Roma (Via Ápia - 71 a.C.).[70]

Expansão romana editar

 
Mapa das Guerras Púnicas

Concluída a unificação da Itália, os romanos se voltaram para as conquistas do Mediterrâneo, como Cartago, Grécia e suas colônias, Egito, Síria e Judeia. Os romanos chamavam os cartagineses de "punis", palavra grega que significa fenícios, daí o nome de "guerras púnicas". De fato, segundo a tradição, Cartago foi fundada por mercadores fenícios vindos da cidade de Tiro por volta de 814 a.C. A posição geográfica de Cartago era formidável. Na encruzilhada das rotas ocidentais e orientais do Mar Mediterrâneo, os seus portos movimentavam intenso comércio. Cartago expandiu-se tornando-se uma colônia que fundou várias outras colônias em seu redor, mais além no Gibraltar e na Espanha, como Sagunto, onde se exploravam minas de prata. A expansão e o progresso de Cartago causou inveja aos romanos, que começaram a bloquear o comércio cartaginês no Mediterrâneo. Houve três guerras entre Roma e Cartago.[71]

Primeira Guerra Púnica editar

Foram 23 anos de lutas, e tudo começou quando os romanos tomaram uma boa parte da Sicília, que era de domínio cartaginês. O Senado romano mandou uma potente frota com mais de 100 navios. O exército romano não estava habilitado a combater no mar, mas tinha espírito prático e firmeza.[72]

Os cartagineses, sob o comando do general Amílcar Barca, após anos de lutas, deixaram a Sicília para os romanos. Perderam a guerra e foram obrigados a pagar alta quantia em dinheiro. Nos anos seguintes, os romanos dominaram as ilhas Sardenha e Córsega, que passaram a fazer parte do mundo romano. Depois dessas vitórias no mar, os romanos resolveram invadir o território africano para invadir Cartago.[72]

Segunda Guerra Púnica editar

 
Segunda Guerra Púnica

Foram 16 anos de lutas. Morto Amílcar, assumiu o comando seu filho Aníbal Barca, que planejou atacar os romanos não mais por matar e sim, desta vez, por terra. O plano de Aníbal era atacar a Itália vindo pela Espanha e atravessando os Alpes. Organizou poderoso exército com trinta mil soldados e dezenas de elefantes adestrados. Chegando à Itália, teve uma primeira vitória em Trébia e daí marchou para Roma. O Senado nomeou Cipião para organizar a defesa contra o invasor. Cipião atacou Cartago, obrigando Aníbal deixar a Itália e defender seu povo. Mas foi vencido em Zama, perto de Cartago, no ano 202 a.C.[72]

Terceira Guerra Púnica editar

Foram quatro anos de lutas, que terminaram com a destruição de Cartago. Sem domínio marítimo nem comercial, os cartagineses, mesmo assim, continuavam a preocupar os romanos. No Senado romano, o censor Catão insistia em seus discursos que "Cartago devia ser destruída", pois sempre representava uma ameaça. Por fim, os romanos se decidem a destruir totalmente Cartago e proibir qualquer tentativa de reconstruir a cidade. Isso ocorreu no ano de 146 a.C, quando Cartago passou a ser uma simples província romana na África.[72]

Vencida Cartago, os romanos se lançaram à conquista do Mediterrâneo oriental, dominando a Grécia, o Egito, a Síria e a Judeia. E se tornaram senhores absolutos do Mediterrâneo, que passaram a chamar de Mare Nostrum (nosso mar).[73]

Consequências das Guerras Púnicas editar

Após as Guerras Púnicas e as outras conquistas, grandes dificuldades se abateram sobre Roma:[73]

  • considerável aumento do número de escravos;
  • lutas internas pelo poder;
  • dificuldades administrativas;
  • altos impostos pelo governo.

Com as conquistas, Roma se tornou uma potência mundial e a sociedade romana sofreu profundas transformações. De um lado, os nobres, os cavaleiros, latifundiários e novos ricos criaram novas formas de riqueza, fundadas na especulação comercial, financeira e nas conquistas e posses de terras. De outro lado, os pequenos camponeses, clientes e parasitas se tornaram ainda mais pobres.[73]

As classes sociais se distanciavam cada vez mais. Os ricos tinham em mãos o poder e a maioria das terras. Os pequenos camponeses perdiam suas terras, que eram doadas aos oficiais que voltavam vitoriosos das conquistas. Outros se endividavam e perdiam tudo. Desse modo, Roma começou a receber uma enorme população de desempregados e falidos que reclamavam do governo moradia e comida. As autoridades romanas passaram a controlar os ânimos e a situação distribuindo gratuitamente alimentação e preenchendo o tempo vazio dos desocupados oferecendo muita diversão (pão e circo).[73]

Os escravos, considerados coisas e provenientes de guerras e dívidas, em número maior do que o dos homens livres, eram quem executava todos os tipos de serviços e sustentava o restante da população. Em número superior, tentaram até várias rebeliões, sendo a mais importante liderada por Espártaco.[73]

Essas diferenças sociais, as dificuldades administrativas e as lutas internas pelo poder vão levar a República romana a um enfraquecimento e decadência, finalizando com a volta ao sistema do Império.[73]

Lutas pelo poder editar

 
Busto de Mário

Além das lutas dos irmãos Graco (Tibério e Caio) por reformas agrárias e melhorias sociais, a República romana foi agitada por lutas internas pelo poder e lutas entre classes sociais.[73]

Em 106 a.C, Mário, um general vitorioso nas conquistas militares, tornou-se cônsul por seis vezes consecutivas e reuniu em torno de si um forte partido democrático. Mário e o seu partido apoiavam as reformas populares e promoviam leis que eram contrárias aos interesses da aristocracia.[73]

A aristocracia, sentindo-se prejudicada, procurou organizar-se e reforçar o partido dos nobres. No ano 88 a.C, um general bem-sucedido, foi eleito cônsul. Sila, um aristocrata, toma a liderança liderança do seu partido. No 83 a.C, estoura uma guerra social entre os partidários de Mário e Sila. Várias cidades em volta de Roma apoiaram as reformas sociais de Mário, mas foram dominadas pelas tropas de Sila em violentos combates. Por fim, Sila domina a situação e se proclama ditador perpétuo.[73] Entre as suas reformas estão: aumento do número de senadores, diminuição do poder dos tribunos da plebe, premiação de muitos soldados com terras confiscadas e organização de uma lista de adversários políticos ou pessoais que deveriam ser assassinados ou desterrados.[74]

No ano 79 a.C Sila se retira da política e o poder passa a ser disputado pelos partidos durante vários anos. Nessa época, a República romana não teve paz. Além das lutas por conquistas externas, surgiram problemas de fome, carestia e desemprego. Entre os políticos que disputavam o poder, três fizeram uma aliança para governar o mundo romano.[75]

Triunviratos editar

 
Estátua de Júlio César no Fórum Imperial, Roma, Itália. Trata-se de uma obra moderna, em bronze

Formou-se o que se chamou de primeiro triunvirato (três no poder), formado por Pompeu, Crasso e Júlio César. Cada um passou a administrar uma parte do grande domínio romano: Pompeu ficou em Roma, Crasso foi para o Oriente e César ficou com o governo das Gálias. Crasso morreu em combate no Oriente (53 a.C). Júlio César, ambicioso e já com grande popularidade em Roma, ganhou a desconfiança do Senado romano, que passou a apoiar Pompeu. Mas César marchou sobre Roma e dominou as tropas de Pompeu, que fugiu para o Egito, onde foi assassinado. César tornou-se, então, senhor absoluto do poder, ditador vitalício, e aspirava também ao título de rei.[75]

No curto espaço de tempo do seu governo, César realizou um grande programa de reforma:[75]

  • pôs ordem na cidade;
  • reduziu o número de pessoas que recebiam gratuitamente do governo alimentação e diversão (pão e circo);[76]
  • fez com que os agricultores voltassem aos campos;
  • cada cidadão romano só podia ter de 1 a 2 escravos;
  • aumentou o número de funcionários;
  • deu início a grandes obras públicas;
  • diminuiu o poder do Senado e reuniu os poderes nas próprias mãos.[76]

O Senado Romano, sentindo-se muito diminuído nos seus poderes e temendo que César voltasse ao sistema de realeza, conspirou contra a sua vida. No dia 15 de março de 44 a.C, em pleno Senado, conspiradores cercaram o ditador e o apunhalaram. Entre os assassinos estava Bruto, filho adotivo de César.[76]

Mas as coisas não aconteceram como o Senado esperava, isto é, mais poder para os senadores e para a aristocracia. De fato, um grupo de políticos assumiu o poder, formando o segundo triunvirato, com Marco Antônio, Otávio e Lépido, no ano 43 a.C[76]

Como no primeiro triunvirato, os líderes dividiram o domínio romano: Otávio ficou com o Ocidente, Marco Antônio com o Oriente e Lépido com a África.[76]

Lépido acabou sendo afastado da política e os dois outros entraram em choque. Marco Antônio, apaixonado por Cleópatra (rainha do Egito), prometeu-lhe territórios da República romana. O Senado romano autorizou Otávio a declarar guerra a Marco Antônio e Cleópatra. Marco Antônio, vencido, suicidou-se e Otávio assumiu como senhor absoluto de Roma. Terminava a República romana e tinha início o Império, no ano 27 a.C[76]

Império Romano editar

Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) editar

 
Busto de Augusto, na Gliptoteca de Munique

Com ele teve fim a república e iniciou-se o Império Romano, em 27 a.C.. Augusto governou até o ano 14 a.C.. O período do seu governo foi considerado um ponto alto do Império Romano. Segundo a tradição cristã, foi nessa época que nasceu Jesus Cristo, personagem cujo nascimento serviu de base para nova contagem de tempo na História.[77]

Seu governo foi marcado pela paz, pela ordem, pela prosperidade econômica e intelectual. Augusto e Caio Cílnio Mecenas, um rico cidadão romano, auxiliaram financeiramente muitos artistas, como os poetas Virgílio, Horácio, Ovídio e o historiador Tito Lívio. Augusto ampliou as fronteiras do império e embelezou a cidade de Roma.[77]

O Senado lhe deu o título de Augusto, que quer dizer "divino". Com a morte de Otávio Augusto, assumiu seu filho Tibério Cláudio.[77]

Imperadores romanos editar

Desde Augusto até o ano 395 d.C., vários imperadores administraram o Império Romano. Inicialmente, houve quatro famílias (dinastias) de imperadores: a dinastia júlio-claudiana (14-69), a dinastia flaviana (69-96), a dinastia antonina (96-192), a dinastia severa (192-235). De 235 a 284, houve um período de anarquia militar, em que se sucederam 26 imperadores. Daí até 395 d.C., governaram Diocleciano, Constantino, Juliano e Teodósio I. Este, no ano 395, dividiu o Império Romano entre seus dois filhos, ficando Honório com o Ocidente (capital Roma) e Acádio com o Oriente (capital Constantinopla). O último imperador do Ocidente foi Rômulo Augusto, deposto pelos bárbaros de Odoacro no ano 476 d.C, quando então começa a Idade Média. O Império Romano do Oriente ainda durou mil anos, terminando no ano de 1453, quando os turcos otomanos dominaram a cidade de Constantinopla, acabando definitivamente o Império Romano e tendo início a Idade Moderna.[77]

Alguns imperadores e fatos de seus governos:[78]

  • Tibério (14-37): Sucedeu Augusto. Foi bom administrador, melhorou as finanças e deu continuidade às obras de Augusto. Perseguiu os inimigos e tornou-se antipático ao povo, que gritava nas ruas: "Vamos jogar Tibério no Tibre". Acabou assassinado.[78]
  • Cláudio (41-54): Colocado no poder pela poderosa guarda pretoriana. Homem culto, deixou obras escritas. Fez bom governo. Mandou matar sua mulher Messalina e casou com Agripina, que o envenenou para por no trono seu filho Nero.[78]
  • Vespasiano (69-79): Era honesto, trabalhador, inteligente e autoritário. Com ele iniciou-se um longo período de paz e prosperidade no Império. Deu emprego a grande número de proletários aproveitados nas grandes construções e estradas. Mandou construir o famoso Coliseu, em Roma.[78]
  • Trajano (98-117): De família romanizada da Hispânia, Trajano fez ótima administração, diminuindo os impostos e mesmo assim aumentando os rendimentos do governo. Estabeleceu o crédito agrícola, deu assistência aos pobres. Embelezou a cidade com obras públicas, como o Fórum de Trajano, uma das mais belas construções do mundo romano.[78]
  • Calígula (37-41): Assumiu apoiado pelo povo e pelo Senado. Sofria de desequilíbrio mental, chegando mesmo a levar seu cavalo Incitatus ao Senado e nomeá-Io senador. Obrigou os judeus a adorarem sua imagem. Acabou assassinado.[78]
  • Nero (54-68): Filho de Agripina. Muito jovem no poder, fez inicialmente boa administração. Muito cedo deu vazão a seus instintos perversos. Mandou matar a mãe Agripina, o irmão e todos aqueles que criticassem suas loucuras. Em 64, houve um incêndio em Roma atribuído a Nero. Mas ele acusou os cristãos pelo fato, mandando matar grande número deles. Acabou abandonado por todos, fazendo-se matar por um escravo.[79]
  • Tito (79-81): Filho de Vespasiano, combateu uma revolta dos judeus ainda no governo do pai. Pacífico e generoso, foi apelidado de "Delícias do Gênero Humano". Teve seu curto governo marcado por desgraças: incêndio em Roma, uma peste e a erupção do Vesúvio, que soterrou de lava as cidades de Pompeia e Herculano.[79]
  • Adriano (117-138): Imperador pacífico e culto. Amante da cultura helenística, ele sabia escrever, era poeta e cantor. Costumava viajar e resolver pessoalmente os problemas das províncias. Manteve a unidade do império e construiu uma muralha de 100 km para dificultar a penetração de povos bárbaros vindos do Norte.[79]
  • Constantino (312-337): Um dos mais importantes imperadores romanos, Constantino fez ótima administração e reconstruiu Bizâncio como Constantinopla para ser a nova capital do império. Em 313, com o Édito de Milão, deu liberdade de culto religioso aos cristãos.[79]

Religião romana editar

Os romanos, como a maioria dos povos antigos, eram politeístas. Eles eram originariamente um povo de pastores e camponeses e, portanto, voltados ao culto e adoração das forças da natureza. Entre as divindades ligadas à agricultura, estavam Saturno (protetor dos plantios), Flora (protetora das flores), Pamona (protetora dos frutos e colheitas) e Ceres (deusa da fecundidade dos campos). Dentro das casas, os romanos tinham um altar próprio para o culto aos familiares e antepassados, chamados deuses lares. Os cultos eram familiares ou públicos.[80] O culto doméstico era celebrado pelo pater familias e o culto público pelo pontífice máximo, pelos sacerdotes e sacerdotisas. Em Roma, ficaram famosas as sacerdotisas chamadas vestais, virgens que dedicavam parte de sua vida ao culto da deusa Vesta, protetora de Roma.[81]

Em contato com outras culturas, os romanos importaram vários deuses, principalmente da Grécia, que receberam nomes latinos. Veja, a seguir, um quadro de correspondência entre as divindades gregas e romanas.[81]

Deuses gregos Deuses romanos[81]
Zeus Júpiter
Hera Juno
Afrodite Vênus
Apolo Febo
Ares Marte
Hermes Mercúrio
Posidão Netuno
Atena Minerva
Dionísio Baco
Hades Plutão
Héstia Vesta
Deméter Ceres
Ártemis Diana
Hefaístos Vulcano[81]

Os romanos eram supersticiosos, procuravam ver o futuro e o destino através da análise do voo dos pássaros, de suas vísceras e das forças da natureza. O Estado dava grande importância aos deuses e atos religiosos, que recebiam proteção do próprio senado.[81]

 
Martírio de São Pedro, por Caravaggio

No governo do imperador Augusto, nasceu Jesus Cristo, que fundou o cristianismo, uma religião que em pouco tempo atraiu milhares de seguidores fervorosos. A nova religião trazia novos valores morais, como o amor e o respeito ao próximo de qualquer condição social, e prometia aos bons uma recompensa numa vida após a morte, pois a alma era imortal. O imperadores viram o culto aos seus deuses enfraquecer e notaram na nova religião uma ameaça ao próprio Império (porque para os cristãos os deuses não tinham valor e o imperador era simplesmente um mortal, não uma pessoa divina). Assim, desencadearam uma violenta perseguição aos cristãos, que preferiam morrer estraçalhados nos circos e arenas a renunciar à fé em Jesus Cristo. No Coliseu, enorme praça de espetáculos, os pagãos se divertiam lançando centenas de homens, mulheres e crianças para serem devorados vivos pelas feras. Foi a chamada "época dos mártires", entre eles São Pedro e São Paulo, que foram crucificados.[81]

Os cristãos formaram comunidades locais, denominadas Igrejas, sob a autoridade pastoral de um bispo. O bispo de Roma, sucessor do apóstolo Pedro, exercia o primado sobre todas as Igrejas. A vida cristã estava centralizada em torno da Eucaristia e o repúdio do gnosticismo [82] foi a grande vitória doutrinal da primitiva Igreja.[83]

Durante três séculos o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como uma ofensa ao Estado, pois representava outro universalismo e proibia os fiéis de prestarem culto religioso ao soberano imperial. Durante a perseguição, e apesar dela, o cristianismo propagou-se pelo império. Neste período os únicos lugares relativamente seguros em que se podiam reunir eram as catacumbas, cemitérios subterrâneos. O cristianismo teve de se converter numa espécie de sociedade secreta, com os seus sinais convencionais de reconhecimento. Para saber se outra pessoa era cristã, por exemplo, desenhava-se um peixe , pois a palavra grega ichtys (peixe) era o anagrama da frase Iesos Christos Theou Hyios Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador).[84]

As principais e maiores perseguições foram as de Nero, no século I, a de Décio no ano 250, a de Valeriano (253-260) e a maior, mais violenta e última a de Diocleciano entre 303 e 304, que tinha por objetivo declarado acabar com o cristianismo e a Igreja. O balanço final desta última perseguição constituiu-se num rotundo fracasso. Diocleciano, após ter renunciado, ainda viveu o bastante para ver os cristãos viverem em liberdade graças ao Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja. A perseguição de Diocleciano ou "grande perseguição" foi a última e talvez a mais sangrenta perseguição aos cristãos no Império Romano.

Em 303, o imperador Diocleciano e seus colegas Maximiano, Galério e Constâncio Cloro emitiram uma série de éditos em que revogavam os direitos legais dos cristãos e exigiam que estes cumprissem as práticas religiosas tradicionais. Decretos posteriores dirigidos ao clero exigiam o sacrifício universal, ordenando a realização de sacrifícios às divindades romanas. A perseguição variou em intensidade nas várias regiões do império: as repressões menos violentas ocorreram na Gália e Britânia, onde se aplicou apenas o primeiro édito; enquanto que as mais violentas se deram nas províncias orientais. Embora as leis persecutórias tenham indo sendo anuladas por diversos imperadores nas épocas subsequentes, tradicionalmente o fim das perseguições aos cristãos foi marcado pelo Édito de Milão de Valério Licínio e Constantino, o Grande.[85]

A grande perseguição não logrou controlar o crescimento da Igreja. Em 324, Constantino era o único governante do império e o cristianismo era agora a religião por ele mais favorecida. Embora a perseguição tenha resultado nas mortes de 3000 cristãos — de acordo com estimativas recentes.[86]

Cultura romana editar

Direito romano editar

O mais importante legado que os romanos deixaram para a humanidade foram suas conquistas no campo do direito.[81] No direito romano encontram-se as raízes do direito e da legislação dos países modernos.[87] Assim como os gregos deixaram ao mundo a filosofia e a arte de organizar o pensamento, os romanos deixaram para a humanidade a ciência do direito. O direito é fundamental para garantir a ordem, o relacionamento social, a liberdade e os bens.[88]

Literatura e filosofia romanas editar

Na poesia, distinguiram-se os poetas Virgílio (autor de Eneida, que narra a vinda de Eneias de Troia para a península Itálica), Ovidio (autor de Arte de amar e de Metamorfoses), Horácio (autor de Odes). Entre os historiadores destacaram-se Júlio César (autor de A Guerra das Gálias), Tito Lívio (autor de História de Roma, em 142 livros), Suetônio (autor de Vida dos Doze Césares), Tácito (autor de Histórias e Anais). Outros nomes das letras romanas: Paluto e Terêncio foram teatrologos; Cícero, grande orador romano, autor de Catilinárias: contra Catilina, traidor da República; Sêneca e o imperador Marco Aurélio foram filósofos; Plutarco escreveu Vidas paralelas e Petrônio escreveu Satiricon.[88]

Arte romana editar

Os romanos tinham espírito prático e não desenvolveram as artes à maneira dos gregos, espíritos mais sensíveis. Sobressaíram-se na arquitetura. Grandes estádios, circos e anfiteatros, como o Coliseu, que era uma construção circular, com uma arena no centro e alojamentos para atores, gladiadores e feras, com condições até de acumular água para batalhas navais. Nos circos havia competições de carros puxados por cavalos, como as bigas e quadrigas. Construíram aquedutos, para levar água potável a longas distâncias. O aqueduto Aqua Claudia, por exemplo, levava água para Roma numa distância de 69 km. Construíram-se grandes e belíssimas termas para banhos públicos ou particulares. Edifícios públicos como o fórum, palácios, templos e casas artisticamente construldas. Famosas também foram as enormes colunas, como a de Trajano, em Roma. A engenharia e a arquitetura romanas deixaram obras de alto valor arquitetônico, como pontes, arcos e pórticos.[88]

Um romano fala dos romanos editar

Antiguidade na América editar

Civilização Maia editar

 Ver artigo principal: Maias

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, a mais de 1 000 km da área maia. Muitas influências externas são encontrados na arte e arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em vez de conquista externa direta. Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total ao catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, foi declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005

Decadência editar

 
Um relevo de estuque de Palenque retratando Upakal K'inich

Nos séculos VIII e IX, a cultura maia clássica entrou em decadência, abandonando a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A guerra, doenças, inundações e longas secas, ou ainda a combinação destes fatores, são frequentemente sugeridos como os motivos da decadência[89].

Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes visivelmente construídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais em que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana nas terras baixas centrais.

Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos altiplanos do sul. Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável pelo mais amplo e famoso trabalho de historiografia e mitologia maias, o "Popol Vuh".

Ciência e tecnologia editar

Urbanismo editar

Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da geografia da Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo; suas cidades foram construídas de uma maneira um pouco descuidada, como ditava a topografia e declive particular. A arquitetura maia tendia a integrar um alto grau de características naturais. Por exemplo, algumas cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte do Iucatã se converteram em municipalidades muito extensas enquanto que outras, construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os declives e montes naturais de sua topografia para elevar suas torres e templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece algum sentido de ordem, como é requerido por qualquer grande cidade[90].

No começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um alinhamento com as direções cardinais e, dependendo do declive e das disponibilidades de recursos naturais como água fresca (poços ou cenotes), a cidade crescia conectando grandes praças com as numerosas plataformas que formavam os fundamentos de quase todos os edifícios maias, por meio de calçadas chamadas sacbeob (singular sacbe).

 
Cenote Sagrado de Chichén Itzá

No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por edifícios governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos de pirâmides e ocasionalmente campos de jogo de bola[90]. Imediatamente para fora destes centros rituais estavam as estruturas das pessoas menos nobres, templos menores e santuários individuais. Entretanto, quanto menos sagrada e importante era a estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras eram construídas, mas as existentes eram frequentemente reconstruídas ou remodeladas.

As grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória, que contrasta profundamente com outras cidades da Mesoamérica como Teotihuacán em sua construção rígida e quadriculada[91].

Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza ditara, se punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas das estrelas. Afora os centros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos permanentes e mais modestos do povo comum.

O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do espaço em grandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas[91]. Por esta razão, o enfoque no desenho urbano tornava o espaço interior das construções completamente secundário. Somente no período pós-clássico tardio, as grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, a maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.

A economia dos Maias editar

A base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicas nas regiões onde habitavam, desenvolveram também atividades comerciais cuja classe dos comerciantes gozavam de grandes privilégios[92].

Como unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre, material que empregavam também para trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, da prata, do jade, das conchas do mar e das plumas coloridas. Entretanto, desconheciam as ferramentas metálicas[93].

Atividades agrícolas e comerciais editar

Os maias cultivavam o milho (três espécies), algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca[92].

É importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes garantindo o excedente que necessitavam a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão[93]. Os pântanos foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas[92]. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas[94]. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes.

Dada a forma com que era realizado o cultivo a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos. Com o desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras[92]. Ainda hoje a técnica da queimada, apesar de prejudicar o solo, é utilizada em diversas regiões do continente americano[93].

As Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com produção pequena para as necessidades da população, foi necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo.

O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas[93].

Escrita maia editar

O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo.[95]

As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo após a conquista.

Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.

 
Página do chamado códice de Madrid

Os livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão, feitas de um tecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca sobre a qual eram pintados os caracteres e desenhadas ilustrações. Os cartões ou páginas eram atadas entre si pelas laterais de maneira a formar uma longa fita que era dobrada em zigue-zague para guardar e desdobrada para a leitura.[96]

Atualmente, restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um quarto, de todas as grandes bibliotecas então existentes. Frequentemente, são encontrados, nas escavações arqueológicas, torrões retangulares de gesso que parecem ser restos do que fora um livro depois da decomposição do material orgânico.

Relativamente aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um proeminente arqueólogo da Universidade de Yale, disse:

Livros maias editar
Matemática maia editar
 
Grafia dos números maias

Os maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram independentemente o conceito de zero (de fato, parece que estiveram usando o conceito muitos séculos antes do velho mundo), e usavam um sistema de numeração de base . As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas de até centenas de milhões. Produziram observações astronômicas extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano.

Cultura maia editar

Arte maia editar
 
Mural com afresco em Bonampak

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o nome dado à era.

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.

Religião maia editar

Pouco se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias: a sua religião ainda não é completamente entendida por estudiosos. Assim como os astecas e os incas[97], os maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram observados e registrados em calendários separados<. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro ou passado com base no número de relações de todos os calendários. A purificação incluia jejum, abstenção sexual e confissão. A purificação era normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos. Os maias acreditavam na existência de três planos principais no cosmo: a Terra, o céu e o submundo.

Os maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam diversas regras. Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como perus e codornas, mas nas ocasiões muito excepcionais (tais como adesão ao trono, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real ou períodos de seca) aconteciam sacrifícios de humanos. Acredita-se que crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas sacrificiais porque os maias acreditavam que essas eram mais puras.

Os deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos. Também não existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a época e situação que melhor se aplicava para aquele deus

Arquitetura maia editar
 Ver artigo principal: Arquitetura maia

A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga civilização

 
Campo de jogo de bola em Tikal, na Guatemala
Materiais de construção editar
 
Tijolo de Comalcalco

Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das tecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de pedreiras locais; com maior frequência era usada pedra calcária, que, ainda que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada e polida com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.[98]

Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda assim o uso da argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre portas e janelas (dintel).[99]

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeira, adobe nas paredes e cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total mas parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco, foram encontrados ladrilhos de barro cozido, possivelmente solução encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais de boa pedra.

Processo de construção editar
 
Ruínas de Palenque

Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de pedras partia das plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas plataformas eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias que os adornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes residências e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais construções, sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e funcionalidade do interior.

 
Imagem 3D do grupo de templos de Palenque ao qual se integra o Templo da Cruz

Parece haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das construções nos quais os arcos (como curvas) são raros, mas frequentemente retos, angulados ou imbricados, tentando mais reproduzir a aparência de uma cabana maia, do que efetivamente incrementar o espaço interior. Como eram necessárias grossas paredes para sustentar o teto, alguns edifícios das épocas mais posteriores utilizaram arcos repetidos ou uma abóbada arqueada para construir o que os maias denominavam pinbal, ou saunas, como a do Templo da Cruz em Palenque. Ainda que completadas as estruturas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos de relevo ou pelo menos reboco para aplainar quaisquer imperfeições. Muitas vezes sob tais rebocos foram encontrados outros trabalhos de entalhes e dintéis e até mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixas de relevos era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de obras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos interiores, e notadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco primorosamente pintados com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.

Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude do encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de 52 anos. Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas por razões políticas do que pelo encerramento do ciclo do calendário, já que teria havido coincidência com a data da assunção de novos governantes.

Não obstante, o processo de reconstrução em cima de estruturas velhas é uma prática comum. Notavelmente, a acrópole de Tikal, parece ser a síntese de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.

Construções notáveis
 
Ruínas de construções maias no México
  • Plataformas cerimoniais

Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de menos de quatro metros de altura onde se realizavam cerimônias públicas e ritos religiosos. Construídas nas grandes plataformas, eram ao menos realçadas com figuras talhadas em pedra e às vezes tzompantli ou uma estaca usada para exibir as cabeças das vítimas geralmente os derrotados nos jogos de bola mesoamericanos.

  • Palácios
 
Palácio de Palenque

Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente ficavam próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da população. Qualquer palácio real grande ou ao menos que tivesse várias câmaras ou erguido em vários níveis, tem sido chamado de acrópole. Tais construções consistiam de várias pequenas câmaras ou pelo menos um pátio interno, parecendo propositadas a servirem de residência a uma pessoa ou pequeno grupo familiar decorada como tal.

Os arqueólogos parecem estar de acordo em que muitos palácios são também o lugar de muitas tumbas mortuárias. Em Copán, debaixo de 400 anos de remodelações posteriores, se descobriu a tumba de um de seus antigos governantes e a acrópole de Tikal parece ter sido o lugar de vários sepultamentos do final do período pré-clássico e início do clássico.

Existe, no entanto, alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais não muito prováveis para a morada da elite governante, uma vez que tais moradas mostram-se demasiadamente infestadas de morcegos e um tanto quanto desconfortáveis; sugerindo - assim - ser um espécie de mosteiro ou quartéis para as comunidades sacerdotais. Nessa linha de pensamento, contudo, caímos em uma outra rua sem saída: não existem comprovações da existência de ordens eclesiásticas ou monásticas nos tempos clássicos. Concluir, portanto, que fossem moradas das classes governamentais - neste contexto - é a solução mais viável; o que não impede a existência de diversas teorias sobre a origem e a função de tais palácios.

  • Grupos E

Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à frequentemente encontrada formação de três pequenas construções, sempre situadas a oeste das cidades, tratando-se de um intrigante mistério a sua recorrência.

Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo a oeste da praça principal que tem sido aceita como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado da pirâmide principal nos solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da criação do universo segundo a mitologia maia, posto que vários de seus adornos a ela, frequentemente, se referem.

  • Pirâmides e templos
 
Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá

Com frequência os templos religiosos mais importantes se encontravam em cima das pirâmides maias, supostamente por ser o lugar mais perto do céu. Embora recentes descobertas apontem para o uso extensivo de pirâmides como tumbas, os templos raramente parecem ter contido sepulturas. A falta de câmaras funerárias indica que o propósito de tais pirâmides não é servir como tumbas e se as encerram isto é incidental.

Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o acesso ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros de altura, como em El Mirador, de onde se descortinava o horizonte ao longe, constituíram estruturas impressionantes e espetaculares, ricamente decoradas. Comumente possuíam uma crista sobre o teto, ou um grande muro que, teorizam, poderia ter servido para a escrita de sinais rituais para serem vistos por todos.

Como eram ocasionalmente as únicas estruturas que excediam a altura da selva, as cristas sobre os templos eram minuciosamente talhadas com representações dos governantes que se podiam ver de grandes distâncias. Debaixo dos orgulhosos templos estavam as pirâmides que eram, em última instância, uma série de plataformas divididas por escadarias empinadas que davam acesso ao templo.

  • Observatórios astronômicos
 
Kukulkán é o nome maia de Quetzalcóatl, aqui desenhado a partir de um baixo-relevo de Yaxchilan

Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus.

Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados. Templos arredondados, quase sempre relacionados com Kukulcán, são talvez os mais descritos como observatórios pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.

Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras que indicam que observações astronômicas também foram feitas dali.

  • Campos de jogo de bola
 
Grande estádio em Chichén Itzá
 Ver artigo principal: Jogo de bola mesoamericano

Um aspecto do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola ritual e seus campos ou estádios, que foram construídos por todo o império maia em grande escala.

Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.[100]

(Obs.: Textos e imagens retirados do artigo principal Maias)

Ver também editar

Referências

  1. POMIAN. K. (1993) Periodização, Enciclopédia Einaudi, vol. 29, Lisboa, Imprensa Nacional –. Casa da Moeda, p.164-213.
  2. GUARINELLO, Norberto Luiz. (2003) Uma morfologia da história: as formas da História Antiga. Politeia: História e Sociedade, vol. 3, n. 1, p, 41-61.
  3. a b c d e f g h CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 31 
  4. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 32 
  5. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 33 
  6. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 34 
  7. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 35 
  8. a b c d e CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 36 
  9. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 37 
  10. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 38 
  11. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 38-39 
  12. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 39 
  13. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 40 
  14. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 46 
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  16. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 48 
  17. a b c d e CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 49 
  18. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 54 
  19. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 54-55 
  20. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 55 
  21. a b c d e CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 56 
  22. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 57-58 
  23. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 57 
  24. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 58 
  25. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 63 
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  28. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 68 
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  40. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 84 
  41. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 85 
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  50. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 97 
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  52. a b c d e f g h i CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 104 
  53. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 105 
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  57. a b c d e CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 109 
  58. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 110 
  59. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 111 
  60. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 112 
  61. a b c d e f g h CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 118 
  62. a b c d e f g h i CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 119 
  63. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 119-120 
  64. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 124 
  65. a b c d e f g h CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 125 
  66. a b c d e f g h i j k CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 127 
  67. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 128 
  68. a b CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 129 
  69. a b c d e f g h i CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 130 
  70. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 131 
  71. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 136 
  72. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 137 
  73. a b c d e f g h i CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 138 
  74. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 138-139 
  75. a b c CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 139 
  76. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 140 
  77. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 143 
  78. a b c d e f CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 144 
  79. a b c d CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 145 
  80. CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 145-146 
  81. a b c d e f g CANTELE, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 146  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "CANTELE 146" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  82. O gnosticismo, que constituía uma verdadeira escola intelectual - apresentava-se como sendo uma sabedoria superior, apenas ao alcance de uma elite minoritária de iniciados, o representante mais notável deste corrente foi Marcião, que fundou uma pseudo-igreja, que procurava imitar a Igreja cristã na sua organização e liturgia - vide ORLANDIS, José. História breve do Cristianismo. Tradução de Osvaldo Aguiar - Lisboa: Rei dos Livros, 1993.
  83. ORLANDIS, José. História breve do Cristianismo. Tradução de Osvaldo Aguiar - Lisboa: Rei dos Livros, 1993, pgs. 23/27.
  84. WOHL, Louis de. Fundada sobre a rocha, história breve da Igreja. Tradução de Teresa Jalles - Lisboa: Rei do Livros, 1993, pgs.46/47.
  85. VV.AA. (1907). «Constantino o Grande». Enciclopédia Católica. ACI Prensa (trad.). Consultado em 14 de julho de 2010 
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  87. CANTELE, Bruna Cantele (1989?). História dinâmica antiga e medieval. São Paulo: IBEP. p. 146-147  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  88. a b c d CANTELE, Bruna Cantele (1989?). História dinâmica antiga e medieval. São Paulo: IBEP. p. 147  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  89. http://www.infoescola.com/historia/civilizacao-maia/
  90. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Ciência e Artes
  91. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome A Ciência Maia
  92. a b c d Rainer Sousa. «Maias - Economia e Sociedade». Brasil Escola. Consultado em 18 de julho de 2012 
  93. a b c d «Economia dos Maias - História da Economia dos Maias». História do Mundo. Consultado em 18 de julho de 2012 
  94. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Maias
  95. http://www.brasilescola.com/historia-da-america/maias-ciencias-artes.htm
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  98. http://www.suapesquisa.com/pesquisa/maias.htm
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  100. http://www.suapesquisa.com/pesquisa/maias.htm

Bibliografia editar

  • CANTELE, Bruna Renata (1989?). História dinâmica antiga e medieval. 7ª série. [S.l.]: IBEP  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Volumes= ignorado (|volume=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Volume= ignorado (|volume=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)

Ligações externas editar