Estação Ferroviária de Esmoriz

estação ferroviária em Portugal

A estação ferroviária de Esmoriz é uma interface da Linha do Norte, que serve a freguesia de Esmoriz, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Esmoriz
Estação Ferroviária de Esmoriz
painel azulejar onomástico, em 2019
Identificação: 38406 ESM (Esmoriz)[1]
Denominação: Estação de Esmoriz
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: E (estação)[1]
Tipologia: C [2]
Linha(s): Linha do Norte (PK 311+900)
Altitude: 7 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°57′45.98″N × 8°38′7.84″W

(=+40.96277;−8.63551)

Mapa

(mais mapas: 40° 57′ 45,98″ N, 8° 38′ 07,84″ O; IGeoE)
Concelho: border link=OvarOvar
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Ovar
Entroncam.to
  IR   Espinho
P-Campanhã
Ovar
Lis-Apolónia
  R   Paramos
P-Campanhã
Ovar
Coimbra
    Espinho
P-Campanhã
Cortegaça
Ovar
  AV   Paramos
P-São Bento
Cortegaça
Aveiro
   
    Espinho
P-São Bento
Ovar
Aveiro
    Espinho
P-Campanhã
Carv-Maceda
Ovar
    Paramos
P-Campanhã

Conexões:
Serviço de táxis
Serviço de táxis
OVR
Equipamentos: Bilheteiras e/ou máquinas de venda de bilhetes Sala de espera Telefones públicos Parque de estacionamento Lavabos Bar ou cafetaria Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Endereço: Largo da Estação
PT-3885-528 Ovar
Inauguração: 8 de julho de 1863 (há 160 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Esmeriz.
Fachada lateral da estação de Esmoriz, em 2019.

Descrição editar

 
Aspeto geral da estação de Esmoriz, em 2019.

Localização e acessos editar

Esta interface está situada junto à localidade de Esmoriz, possuindo acesso rodoviário pela Rua da Estação.[3]

Infraestrutura editar

Esta interface apresenta três vias de circulação, numeradas de I a III, com comprimentos de 495, 348, e 365 m, respetivamente, e acessíveis por plataformas com comprimentos respetivos de 150, 284, e 150 m e com alturas de 90 cm, sendo que a plataforma que serve a via II tem também um segmento de 35 m com 35 cm de altura; existem ainda três vias secundárias, identificadas como IV, V, e G2, com comprimentos de 130, 83, e 239 m, destas estando eletrificadas apenas a via IV.[2] O edifício de passageiros, que conta com bilheteira e sala de apoio,[2] situa-se do lado poente da via (lado direito do sentido ascendente, a Campanhã).[4][5]

 
Comboios de passageiros na estação, em 2010.

Serviços editar

Esta interface faz parte da rede de serviços urbanos do Porto da operadora Comboios de Portugal.[6]

História editar

 Ver artigo principal: História da Linha do Norte

Século XIX editar

Esta interface insere-se no troço entre as Estações de Vila Nova de Gaia e Estarreja da Linha do Norte, que foi inaugurado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 8 de Julho de 1863.[7] Após a abertura ao serviço do troço entre Estarreja e Taveiro, em 10 de Abril de 1864, foram criados vários comboios mistos, entre Vila Nova de Gaia e Coimbra, que também serviam a gare de Esmoriz.[8]

 
Via dupla na estação.

Século XX editar

Em 20 de Outubro de 1906, foi duplicado o lanço entre as estações de Esmoriz e Espinho.[9] Em 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou obras de reparação e melhoramento no edifício de passageiros desta estação.[10] Em Maio de 1947, o governo ratificou um projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para a modificação e ampliação desta interface.[11]

O troço entre o Apeadeiro de Quintans e a estação de Esmoriz recebeu a tracção eléctrica em Novembro de 1964, tendo o lanço seguinte, até Vila Nova de Gaia, sido electrificado em Julho de 1965.[12]

O programa de modernização da Linha do Norte, apresentado pela operadora Caminhos de Ferro Portugueses em 1988, previa a remodelação das plataformas e a construção de novos edifícios em várias estações, incluindo a de Esmoriz.[13]

Movimento de mercadorias editar

Entre o movimento de mercadorias que se fazia nesta estação, destacava-se o descarregamento de cal, oriundo de Oliveira do Bairro.[14]

Século XXI editar

Em Janeiro de 2011, apresentava três vias de circulação, com 550 e 566 m de comprimento; as plataformas possuíam 248 e 200 m de extensão e 70 a 35 cm de altura[15] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[2]

CP Urbanos do Porto

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Marco de Canaveses  Guimarães


(b) Ferreiros 
     
 Braga (b)
(b) Mazagão 
     
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
     
 Covas (g)
(b) Tadim 
     
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
     
 Vizela
(b) Arentim 
     
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
     
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
     
 Lordelo (g)
(m) Louro 
     
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
     
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
     
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
         
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
 
 
 
   
 Cabeda (d)
(m)(g) Lousado   Suzão (d)
(m) Trofa   Valongo (d)
(m) Portela   S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão   Terronhas (d)
(m) São Frutuoso   Trancoso (d)
(m) Leandro   Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem   Parada (d)
(m)(d) Ermesinde   Cête (d)
(m) Palmilheira 
 
 
 
     
 Irivo (d)
(m) Águas Santas 
 
 
 
     
 Oleiros (d)
(m) Rio Tinto   Paredes (d)
(m) Contumil   Penafiel (d)
(d)(n) P.-Campanhã   Bustelo (d)
 
       
 
 
 Meinedo (d)
(m) P.-São Bento 
     
 
       
 
(n) General Torres 
     
 
 
 Caíde (d)
(n) Gaia 
 
 
     
 Oliveira (d)
(n) Coimbrões 
         
 Vila Meã (d)
(n) Madalena 
         
 Recesinhos (d)
(n) Valadares 
         
 Livração (d)
(n) Francelos 
         
 M.Canaveses (d)
(n) Miramar 
         
 Aveiro (d)
(n) Aguda 
         
 Cacia (d)
(n) Granja 
         
 Canelas (n)
(n) Espinho 
         
 Salreu (n)
(n) Silvalde 
         
 Estarreja (n)
(n) Paramos 
         
 Avanca (n)
(n) Esmoriz 
         
 Válega (n)
(n) Cortegaça 
         
 Ovar (n)
 
         
 Carv.-Maceda (n)

Ver também editar

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c d Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. «Esmoriz - Linha do Norte». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 17 de Maio de 2018 
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  6. «Esmoriz». Comboios de Portugal. Consultado em 18 de Novembro de 2014 
  7. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 17 de Abril de 2014 
  8. «Escada Rolante: Há 104 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 81 (1931). 16 de Novembro de 1968. p. 152. Consultado em 17 de Abril de 2014 
  9. NONO, Carlos (1 de Outubro de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1507). p. 353-354. Consultado em 24 de Março de 2017 
  10. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 17 de Abril de 2014 
  11. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1451). 1 de Junho de 1948. p. 338-339. Consultado em 18 de Março de 2014 
  12. «Otros países, otras noticias». Via Libre (em espanhol). Ano 2 (24). 1 de Dezembro de 1965. p. 23-24 
  13. MARTINS et al, 1996:208
  14. MOTA, 2002:309
  15. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 

Bibliografia editar

  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • MOTA, Armor Pires (2002). Oliveira do Bairro. Alma e Memória. Oliveira do Bairro: Câmara Municipal. 372 páginas 

Leitura recomendada editar

  • CERVEIRA, Augusto; CASTRO, Francisco Almeida e (2006). Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70. Col: Para a História do Caminho de Ferro em Portugal. 5. Lisboa: CP-Comboios de Portugal. 270 páginas. ISBN 989-95182-0-4 
  • QUEIRÓS, Amílcar (1976). Os Primeiros Caminhos de Ferro de Portugal: As Linhas Férreas do Leste e do Norte. Coimbra: Coimbra Editora. 45 páginas 
  • SALGUEIRO, Ângela (2008). A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: 1859-1891. Lisboa: Univ. Nova de Lisboa. 145 páginas 
 
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Ligações externas editar

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