Estação Ferroviária de Castanheira do Ribatejo

estação ferroviária em Portugal

A estação ferroviária de Castanheira do Ribatejo, originalmente denominada apenas de Castanheira,[5] é uma gare da Linha do Norte, que serve a localidade de Castanheira do Ribatejo, no município de Vila Franca de Xira, em Portugal.

Castanheira do Ribatejo
Estação Ferroviária de Castanheira do Ribatejo
vista da plataforma central, em 2019
Identificação: 31310 CRI (Cast.Ribat.)[1]
Denominação: Estação Satélite de Castanheira do Ribatejo
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Tipologia: C [3]
Linha(s): Linha do Norte (PK 34+234)
Altitude: 5 m (a.n.m)
Coordenadas: 38°59′20.24″N × 8°57′55.54″W

(=+38.98896;−8.96543)

Mapa

(mais mapas: 38° 59′ 20,24″ N, 8° 57′ 55,54″ O; IGeoE)
Concelho: border link=Vila Franca de XiraVila Franca de Xira
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
V.F.Xira
Lis-Apolónia
  R   Carregado
Entroncam.to
P-Campanhã
V.F.Xira
Lis-Apolónia
  AZ   Carregado
Azambuja
V.F.Xira
Alcântara-T.
   
    Terminal

Coroa: Coroa 3 Navegante
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
2310 2315 2928
Equipamentos: Bilheteiras ou máquinas de venda de bilhetes Sala de espera Escadas rolantes Elevadores Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Parque de estacionamento
Inauguração:
Website:
 Nota: Este artigo é sobre a estação de Estação Ferroviária de Castanheira do Ribatejo, na Linha do Norte. Para o apeadeiro da Linha do Tua, veja Apeadeiro de Castanheiro.
Exterior e interior da estação de Castanheira do Ribatejo, em Julho de 2019.

Descrição editar

Localização e acessos editar

A estação situa-se junto à margem do Rio Tejo, distante menos de um quilómetro e meio do centro (J.F.) da localidade epónima; é servida por numerosas paragens de autocarro.[6]

Caraterização física editar

Esta interface apresenta seis vias de circulação, identificadas como I, II, III, IIIA, III+IIIA, e IV, com comprimentos entre 753 e 151 m de extensão, sendo acessíveis por plataforma as vias com designações numerais; estas plataformas têm todas 220 m de comprimento e 95 cm de altura; existem ainda três vias secundárias, identificadas como V, G2, e G4, com comprimentos entre 348 e 205 m; todas estas vias estão eletrificadas em toda a sua extensão.[3]

Serviços editar

Em dados de 2023, esta estação é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano do serviço “Linha da Azambuja”, que circulam entre Santa Apolónia, Alcântara-Terra, e Azambuja ou Castanheira do Ribatejo, com 60 circulações diárias em cada sentido aos dias úteis e 12 aos fins de semana.[7]

História editar

 Ver artigo principal: História da Linha do Norte
 
Horário de 1933 da Linha do Norte, onde esta gare aparece com a categoria de apeadeiro, e o nome original, "Castanheira"

Em 7 de Dezembro de 1852, o engenheiro Thomaz Rumball apresentou o projecto original para o lanço da via férrea entre Lisboa e Santarém, prevendo-se desde logo a passagem por esta localidade.[8]

O troço entre Lisboa (Santa Apolónia) e Carregado da Linha do Norte foi inaugurado em 28 de Setembro de 1856[9][10] pela Companhia Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro em Portugal, e posteriormente passada para a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[11]

Em 1880, quando estavam em planeamento os primeiros lanços da futura Linha do Oeste, foi estudada a sua ligação directa à Linha do Norte, que se deveria iniciar no Carregado ou em Vila Franca de Xira e passar por Alenquer.[12] A opção por Vila Franca de Xira era mais longa, e faria a linha passar pelas povoações de Castanheira, Povos, e Cadafais no percurso para Alenquer.[12]

O apeadeiro foi referido no Guia de Portugal, publicado em 1924: «Castanheira, com um apeadeiro na Linha do Norte e Leste, entre as est. de Vila Franca e do Carregado».[13]

Em 1933, Castanheira tinha ainda a categoria de apeadeiro e o nome simplificado,[5] que se mantiveram até[quando?] pelo menos 1940, quando a Gazeta dos Caminhos de Ferro reportou que a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tinha recentemente construído a estrada até esta gare, que tinha então a categoria de apeadeiro.[14]

Em 1985 o nome desta interface tinha sido já mudado para "Castanheira do Ribatejo", mas mantinha ainda a categoria de apeadeiro, sem edifício de passageiros.[15]

Em 2005, a 11 de Dezembro, o apeadeiro foi desactivado e substituído pela nova estação, construída em local contíguo e na altura ainda por concluir.[4] Esta nova estação passou, ainda no mesmo mês de Dezembro, a ser utilizada para a inversão de marcha dos comboios suburbanos da família Vila Franca de XiraAlcântara-Terra, embora tivesse de esperar até Fevereiro de 2006 para ver estes comboios a realizar serviço de passageiros aqui.[16] Nesta altura, uma mudança de nome, para Vila Franca - Norte, foi brevemente considerada mas não colheu.[17]

CP-USGL + CP-Reg + Soflusa + Fertagus
 
             
 
(n) Azambuja 
               
 Praias do Sado-A (u)
(n) Espadanal da Azambuja 
               
 Praça do Quebedo (u)
(n) Vila Nova da Rainha 
             
 Setúbal (u)
**(n) Carregado 
     
 
 
     
 Palmela (u)
(n) Castanheira do Ribatejo 
             
 Venda do Alcaide (u)
(n) Vila Franca de Xira 
       
 
 
 Pinhal Novo (u)(a)
(n) Alhandra 
             
 Penteado (a)
(n) Alverca   Moita (a)
(n) Póvoa   Alhos Vedros (a)
(n) Santa Iria   Baixa da Banheira (a)
(n) Bobadela   Lavradio (a)
(n) Sacavém   Barreiro-A (a)
(n) Moscavide   Barreiro (a)
(n) Oriente   (Soflusa)
(n)(z) Braço de Prata 
         
 
 
 Terreiro do Paço (a)
 
 
 
 
 
 
 
 
 Penalva (u)
(n)(ẍ) Santa Apolónia 
 
 
 
 
 
       
 Coina (u)
(z) Marvila 
 
         
 Fogueteiro (u)
(z) Roma-Areeiro 
           
 Foros de Amora (u)
(z) Entrecampos 
           
 Corroios (u)
(z)(7) Sete Rios 
           
 Pragal (u)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campolide (z)(s)(u)*
(s) Benfica   Rossio (s)
(s) Santa Cruz-Damaia   Cais do Sodré (c)
(s) Reboleira   Santos (c)
(z) Alcântara-Terra 
 
 
 
 
   
 Alcântara-Mar (c)
(s) Amadora   Belém (c)
(s) Queluz-Belas   Algés (c)
(s) Monte Abraão   Cruz Quebrada (c)
(s) Massamá-Barcarena   Caxias (c)
(s)(o) Agualva-Cacém   Paço de Arcos (c)
 
 
 
         
 Santo Amaro (c)
(o) Mira Sintra-Meleças   Rio de Mouro (s)
(s) Mercês   Oeiras (c)
(s) Algueirão - Mem Martins   Carcavelos (c)
(s) Portela de Sintra   Parede (c)
(s) Sintra   São Pedro Estoril (c)
(o) Sabugo 
           
 São João Estoril (c)
(o) Pedra Furada 
           
 Estoril (c)
(o) Mafra 
           
 Monte Estoril (c)
(o) Malveira 
           
 Cascais (c)
**(o) Jerumelo 
 
 
     
 

2019-2021 []

Linhas: a L.ª Alentejoc L.ª Cascaiss L.ª Sintra C.ª X.
n L.ª Norteo L.ª Oestez L.ª Cinturau L.ª Sul7 C.ª 7 R.
(*) vd. Campolide-A   (**)   continua além z. tarif. Lisboa

(***) Na Linha do Norte (n): há diariamente dois comboios regionais nocturnos que param excepcionalmente em todas as estações e apeadeiros.
Fonte: Página oficial, 2020.06

Ver também editar

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. a b Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  4. a b «Circulação de comboios parcialmente interrompida na Linha da Azambuja». Público. 7 de dezembro de 2005 
  5. a b Horário dos combóios directos da Linha NorteGazeta dos Caminhos de Ferro 1089 (1933.05.01).
  6. «Cálculo de distância pedonal (38,98883; −8,96591 → 38,99342; −8,97359)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 2 de novembro de 2023 : 1440 m: desnível acumulado de +24−3 m
  7. Horários Sintra | Lisboa | Azambuja («Em vigor desde 11 de dezembro de 2022»)
  8. «80 Anos de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1173). 1 de Novembro de 1936. p. 507-509. Consultado em 6 de Junho de 2017 
  9. MARTINS et al, 1996:11
  10. REIS et al, 2006:16
  11. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 12 de Fevereiro de 2014 
  12. a b LOURENÇO, 1995:46-48
  13. PROENÇA e DIONÍSIO, 1924:595
  14. GONÇALVES, Fausto (16 de Março de 1940). «Vila Franca de Xira» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1254). p. 165-167. Consultado em 6 de Junho de 2017 
  15. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  16. João Cunha. «CP leva mais urbanos à Castanheira do Ribatejo» 
  17. Jorge Talixa: “[https://www.publico.pt/2004/11/15/jornal/vila-franca-de-xira-quer-travessia-ferroviaria-feita-em-tunel-195185 Vila Franca de Xira quer travessia ferroviária feita em túnel” Público (2004.11.15)

Bibliografia editar

  • LOURENÇO, António (1995). Vila Franca de Xira: Um concelho do país. Vila Franca de Xira: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. 284 páginas 
  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • PROENÇA, Raúl; DIONÍSIO, Santana (1924). Guia de Portugal. Lisboa: Biblioteca Nacional de Lisboa 
  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Ligações externas editar

  Este artigo sobre transporte ferroviário é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.