Campeonatos estaduais de futebol do Brasil
Os campeonatos estaduais de futebol do Brasil são as competições masculinas profissionais adultas de futebol no Brasil que ocorrem geralmente entre janeiro e maio em cada uma das unidades federativas do Brasil. Historicamente, por questões econômicas e geográficas, as distâncias entre as principais cidades do país fizeram com que o povo brasileiro desenvolvesse uma forte cultura de disputa por estados. Assim, cada Unidade da Federação brasileira possui seu próprio campeonato, hoje em dia durando em torno de quatro meses.[1][2]
Por causa desses campeonatos, algumas disputas entre rivais do mesmo estado ou cidade tem peso equivalente ou maior a uma disputa com os principais clubes de outros estados. Esses jogos são chamados de clássicos. Alguns exemplos são Fla-Flu e Clássico dos Milhões, no Rio de Janeiro; Derby, Choque Rei, Majestoso e San-São, em São Paulo; Grenal, no Rio Grande do Sul; Clássico Mineiro, em Minas Gerais; Atletiba, no Paraná; Clássico dos Clássicos e Clássico das Multidões, em Pernambuco; Ba-Vi, na Bahia; Clássico de Florianópolis e Clássico do Interior, em Santa Catarina; Clássico-Rei, no Ceará, entre Ceará e Fortaleza, e no Rio Grande do Norte entre ABC e América de Natal; Re-Pa, no Pará; Clássico das Multidões em Alagoas; Super Clássico, no Maranhão; Rivengo, no Piauí; Clássico dos Maiorais, na Paraíba; Derby Sergipano, em Sergipe; Derby do Cerrado, em Goiás; Rio-Nal, no Amazonas; Clássico dos Gigantes, no Espírito Santo; entre outros.
Ao menos o campeão — mais vagas a depender do estado — está automaticamente qualificado para jogar a Copa do Brasil do ano seguinte.[3] Além disso, os clubes mais bem posicionados de cada estado que estão fora das três primeiras divisões nacionais se qualificam para a Série D do Brasileirão do ano seguinte.[4] As melhores equipes em cada liga estadual também podem se qualificar para copas regionais, como a Copa do Nordeste e a Copa Verde. Em alguns estados existem uma recopa entre o campeão do campeonato estadual contra o da copa estadual. Para se preparar para o estadual as equipes fazem jogos-treino e algumas optam por enfrentar selecionados municipais em diversas regiões.
A final do Campeonato Carioca de 1963, um Fla-Flu (vencido pelo Flamengo em penalidades após empate sem gols), detém o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores.[5][6][7][8]
História editar
Surgimento dos primeiros campeonatos editar
O futebol começou a ser difundido no Brasil através de imigrantes europeus que chegavam ao país. A versão comumente aceita é a de que Charles Miller, paulistano que estudara na Inglaterra e retornou à sua terra natal em 1894, teria sido a primeira pessoa a trazer o esporte para o Brasil.[9]
O primeiro clube a se dedicar ao futebol foi o clube paulista São Paulo Athletic Club (SPAC), em 1894, incentivado por Miller, inicialmente praticado exclusivamente por sócios da instituição e progressivamente se espalhando a outros clubes.[9] Em 1901 foi fundada a Liga Paulista de Foot-Ball, articulada por Antonio Casimiro da Costa, esportista filiado ao Sport Club Internacional, inspirado por modelos semelhantes de ligas que conhecera na Europa.[9][10] No ano seguinte, em 1902, ocorreu a primeira edição do Campeonato Paulista de Futebol - vencida pela equipe do SPAC - a qual inaugurou o entusiasmo do público da capital paulista pelo esporte, que não o tinha aderido completamente até então, além do estabelecimento das primeiras rivalidades futebolísticas, como a entre SPAC e Paulistano.[9][11]
Meio classificatório para competições nacionais editar
As primeiras competições nacionais de clubes eram torneios entre competições estaduais.
Em 1920, a CBD lançou o Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, reunindo os campeões carioca, gaúcho e paulista do ano anterior. O triangular, em pleno amadorismo, é tido como um dos antecedentes do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Antes do Torneio Rio-São Paulo, taça que deu origem ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata, o mais importante interestadual era a Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo, uma supercopa entre os vencedores destes respectivos estaduais. Na primeira metade do século XX, o confronto RJ-SP possuía dimensões nacionais.
Em 1937, a FBF, entidade defensora do profissionalismo, organiza o Torneio dos Campeões, reunindo campeões estaduais de ligas filiadas, em vez de organizar o que seria seu quarto Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. O certame reuniu 5 campeões estaduais profissionais (antigo DF, ES, MG, antigo RJ, SP) de 1936. Em 2023, foi oficializado pela CBF como primeira edição do Brasileirão.
A Taça Brasil foi jogada de 1959 a 1968, reunindo os campeões estaduais da maioria das unidades federativas do Brasil. Apresentou 16 clubes em sua edição inaugural e 23 na última. Suas dez edições foram unificadas como Campeonato Brasileiro, em 2010.
A Copa do Brasil, a segunda grande competição nacional, jogada desde 1989, possui os estaduais como principal forma de classificação, englobando times de todos os estados.
O Campeonato Brasileiro de Futebol - Série D, estreada em 2009, é jogada por todas as federações, uma vez que utiliza os estaduais como meio classificatório.
Em 2000 e 2001, os campeões carioca e paulista do mesmo ano ganharam vaga na Copa dos Campeões Regionais.
Valor editar
Protagonistas em quase todo o século XX, sendo reconhecido o papel histórico que tiveram no desenvolvimento do esporte em um país continental e de desigualdades regionais como o Brasil, os estaduais são há algum tempo alvos de críticas e questionamentos por parte dos grandes clubes e impressa especializada, de modo que o "peso" de tal conquista vem diminuindo.[1][2][12][13]
Em que pese ser popular o pensamento de que são exclusividade brasileira, certames regionais/provinciais também existem na Europa, embora quase sempre como uma divisão inferior do sistema de ligas nacional, caso da Inglaterra. Outro caso é o de ficar restrito aos clubes menores e elencos "B" dos principais clubes, como na Copa Cataluña, em que o Barcelona utiliza seu time alternativo. O Brasil difere por ter estaduais com autonomia, calendário e plantel principal de grandes clubes.[14]
Baixo rendimento financeiro; má organização; desinteresse dos torcedores (em um contexto de futebol globalizado), principalmente nas fases inicias; desgaste físico dos jogadores em torneios mais prestigiados; pouco desafio técnico; dentre outros problemas de logística, são alguns apontamentos.[15][16][17]
A principal crítica, no entanto, se refere ao espaço que ocupam no calendário, inflando o total de partidas no ano, o que reduz a pré-temporada e influi negativamente no desempenho dos atletas durante o começo do Campeonato Brasileiro. Além disso, como o Brasileirão é "empurrado", rodadas ocorrem pouco antes das datas da FIFA, o que faz com que a convocação para a Seleção Brasileira desfalque os times em jogos importantes. Sem os estaduais, as rodadas do nacional ocorreriam de forma mais espaçada entre uma e outra, o que refletiria diretamente na qualidade das mesmas.[1][2][13][18][19]
Em 2002, verificou-se um dos calendários mais conturbados do futebol nacional, tendo a CBF de compatibilizar: estaduais, interestaduais, competições nacionais — Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa dos Campeões —, Copa Libertadores e a parada para a Copa do Mundo. Ocorreu uma valorização dos interestaduais frente aos estaduais, saindo-se como solução, em alguns estados, a disputa destes últimos apenas por não participantes daqueles, e depois, a confrontação entre os melhores de cada qual em um "superestadual".[20] No ano seguinte, extinguiu-se quase todos os regionais e a Copa dos Campeões.
Porém, também é notório a importância social e econômica que ainda possuem para os clubes pequenos da capital, do interior e de regiões de futebol menos desenvolvido, sendo em muitos casos a única competição na temporada.[18][21][22][23][24] Servem também para que profissionais dos times de menor investimento sejam vistos pelos de maior, servindo de verdadeira vitrine, em especial para os mais jovens.[18][25][26] Outro papel é o de manter e fortalecer rivalidades locais, principalmente em cenário de distanciamento dos rivais no âmbito nacional.[27] Frutos das especificidades do país, estaduais são tidos como elementos importantes da cultura futebolística brasileira, sendo que campanhas ruins nestes possuem o condão de demitir treinadores de clubes da Série A.[26]
Apesar da extinção não estar no plano da CBF e muito menos das federações estaduais, reformas foram feitas, tendo havido nas últimas edições um processo de redução no número de times e datas dos principais estaduais.[18] Pelo Paulistão, por exemplo, os finalistas enfrentaram 23 jogos em 2013, passando para 19 em 2014, 18 em 2017 e 16 desde 2020. O estadual paulista é considerado o mais competitivo e rico, sendo uma exceção em razão da quantidade de times das três primeiras divisões nacionais, mais bem estruturados, portanto.[18][28][29]
Pesquisa de dezembro de 2021 (Convocados/XP Investimentos), sobre a "competição mais amada" pelos torcedores brasileiros (2,3 mil entrevistados), que permitia mais de uma opção, teve os estaduais com 21%, atrás de Brasileiro (60%), Libertadores (58%), Copa do Brasil (57%), Copa do Mundo (54%) e Champions League (36%), mas à frente dos nacionais da Europa, cujo mais votado, Premier League, teve 16%.[30]
O Partido da Causa Operária (PCO) é um partido político que se manifestou em defesa dos estaduais.[31]
Peculiaridade fluminense editar
O único campeonato estadual a não utilizar o gentílico oficial de quem nasce no estado é o do Rio de Janeiro, já que, popularmente, o torneio se chama Campeonato Carioca (carioca é o gentílico oficial do município do Rio de Janeiro), ao invés de Campeonato Fluminense. Isso ocorre por três motivos: o primeiro, por conta da tradição, já que os quatro grandes clubes e os demais times da atual capital da UF, quando esta era a capital do Brasil e então Distrito Federal, disputavam o prestigiado Campeonato Carioca, e não o desvalorizado Campeonato Fluminense, que era disputado apenas pelas equipes do que hoje é o interior do estado (a capital do antigo RJ era Niterói); o segundo, pela razão popular e cultural de carioca ser o gentílico pelo qual os habitantes de todo o estado do RJ são usualmente conhecidos nas demais regiões do país;[32] e o terceiro, por haver uma tradicional agremiação no estado que se chama Fluminense, o que poderia gerar reclamações dos rivais. Por esses motivos, a competição é oficialmente chamada de Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, em convergência com a instituição que o organiza: a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), fruto da fusão, em 1978, entre a Federação Carioca de Futebol (FCF), do extinto Estado da Guanabara, e a Federação Fluminense de Desportos (FFD). Sem participação popular no processo, os estados foram unificados em 1975.
Campeonatos estaduais editar
Estaduais da primeira divisão editar
Todas as 27 unidades federativas do Brasil possuem a primeira divisão.
- Campeonato Acriano
- Campeonato Alagoano
- Campeonato Amapaense
- Campeonato Amazonense
- Campeonato Baiano
- Campeonato Brasiliense
- Campeonato Capixaba
- Campeonato Carioca
- Campeonato Catarinense
- Campeonato Cearense
- Campeonato Gaúcho
- Campeonato Goiano
- Campeonato Maranhense
- Campeonato Mato-Grossense
- Campeonato Mineiro
- Campeonato Paraense
- Campeonato Paraibano
- Campeonato Paranaense
- Campeonato Paulista
- Campeonato Pernambucano
- Campeonato Piauiense
- Campeonato Potiguar
- Campeonato Rondoniense
- Campeonato Roraimense
- Campeonato Sergipano
- Campeonato Sul-Mato-Grossense
- Campeonato Tocantinense
Estaduais da segunda divisão editar
Apenas a unidade federativa de Roraima nunca teve a segunda divisão. Acre e Amapá não organizaram uma em 2023.
- Campeonato Alagoano - 2ª Divisão
- Campeonato Amazonense - 2ª Divisão
- Campeonato Baiano - 2ª Divisão
- Campeonato Brasiliense - 2ª Divisão
- Campeonato Capixaba - Série B
- Campeonato Carioca - Série A2
- Campeonato Catarinense - Série B
- Campeonato Cearense - Série B
- Campeonato Gaúcho - Série A2
- Campeonato Goiano - 2ª Divisão
- Campeonato Maranhense - 2ª Divisão
- Campeonato Mato-Grossense - 2ª Divisão
- Campeonato Mineiro - Módulo II
- Campeonato Paraense - Série B
- Campeonato Paraibano - 2ª Divisão
- Campeonato Paranaense - 2ª Divisão
- Campeonato Paulista - Série A2
- Campeonato Pernambucano - Série A2
- Campeonato Piauiense - Série B
- Campeonato Potiguar - 2ª Divisão
- Campeonato Rondoniense - 2ª Divisão
- Campeonato Sergipano - Série A2
- Campeonato Sul-Mato-Grossense - Série B
- Campeonato Tocantinense - 2ª Divisão
Estaduais da terceira divisão editar
Onze unidades federativas tiveram uma terceira divisão em 2023.
- Campeonato Carioca - Série B1
- Campeonato Catarinense - Série C
- Campeonato Cearense - Série C
- Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão
- Campeonato Goiano - 3ª Divisão
- Campeonato Mineiro - 2ª Divisão
- Campeonato Paraense de Futebol - Série B2
- Campeonato Paraibano - 3ª Divisão
- Campeonato Paranaense - 3ª Divisão
- Campeonato Pernambucano - 3ª Divisão
- Campeonato Paulista - Série A3
Estaduais da quarta divisão editar
Atualmente, somente duas unidades federativas, Rio de Janeiro e São Paulo, têm a quarta divisão.
Estaduais da quinta divisão editar
Atualmente, somente a unidade federativa do Rio de Janeiro organizou a quinta divisão.
Supercampeonatos editar
Campeonato estadual extra editar
Outros estaduais extintos ou sem disputa editar
Entre os estaduais que não são mais disputados, temos um de primeira divisão: o Campeonato Fluminense, que acabou devido a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara
Torneios extras editar
Estes títulos são designados aos times de melhor campanha após os times de maior investimento do Brasil que estão na disputa do estadual. Em alguns casos é jogado um mata-mata que define o campeão, mas geralmente o time é designado campeão por fazer campanha de destaque.
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Turnos estaduais editar
Ao final de um turno do campeonato estadual, seus vencedores levam o troféu que designam figuras que remetem a cultura e história do estado. Se destacam por ter uma tradição muito grande. Ídolos e finais marcantes fazem parte de sua história.
Abaixo as unidades federativas com turnos definidos. À esquerda corresponde ao primeiro turno, e à direita ao segundo turno:
- Campeonato Amazonense — Taça Estado do Amazonas/Taça Cidade de Manaus
- Campeonato Carioca — Taça Guanabara/Taça Rio
- Campeonato Carioca - Série A2 — Taça Santos Dumont/Taça Corcovado
- Campeonato Carioca - Série B1 — Taça Maracanã/Taça Waldir Amaral
- Campeonato Gaúcho — Taça Piratini/Taça Farroupilha
- Campeonato Potiguar — Taça Rio Grande do Norte/Taça Cidade de Natal
- Campeonato Roraimense — Taça Boa Vista/Taça Roraima
Estatísticas editar
Atuais e maiores campeões editar
O clube mais vezes campeão estadual no Brasil é o ABC, vencedor de 57 títulos potiguares, o que lhe rende o recorde mundial de mais títulos em uma mesma competição. Esta equipe também detém o recorde de títulos seguidos, dez (entre 1932 e 1941), ao lado do América Mineiro (que ganhou o Campeonato Mineiro seguidamente entre 1916 e 1925). Bahia aparece em segundo, com 50 taças; Paysandu e Rio Branco-AC aparecem em seguida, com 49 títulos.[33][34] Atlético-MG (48) fecha o top-5.[34]
ABC é também o com mais títulos em relação ao número de edições do respectivo estadual: 55,33% (o único com mais de 50%).
Os campeões em mais de um estado, por razão de desmembramento, foram Operário (ganhou 4 títulos no MT e 11 no MS) e Comercial (ganhou 1 título no MT e 9 no MS).[35]
Em sublinhado, maior campeão de sua respectiva região.
Todos os campeonatos de 2022 foram encerrados
Campeões estaduais por século editar
Estes são os clubes que obtiveram o maior número de títulos em seus estados no século XX e no século XXI.
Cronologia editar
Atualizado até 2023
Maiores goleadas editar
Estado | Divisão | Data | Mandante | Placar | Visitante | Estádio | Fontes |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Acre | Primeira Divisão | 8 de março de 1958 | Independência | 20 — 0 | Botafogo Futebol Clube (Rio Branco) | José de Melo | |
Segunda Divisão | 26 de agosto de 2014 | São Francisco | 0 — 7 | Amax | Florestão | ||
Alagoas | Primeira Divisão | 28 de janeiro de 1945[nota 6] | Maceió | 0 — 22 | CSA | Pajuçara | |
Segunda Divisão | 1943 | Andaraí | 11 — 0 | Torre | |||
Amapá | Primeira Divisão | 27 de outubro de 2004 | São José | 17 — 2 | Santos | Zerão | |
Segunda Divisão | 1988 | Cristal | 5 — 0 | Lagoa | |||
Amazonas | Primeira Divisão | 24 de setembro de 1922 | Nacional | 24 — 0 | Brasil Sport | [51] | |
Segunda Divisão | 2 de dezembro de 2007 | Nacional B | 9 — 0 | CDC Manicoré | Vivaldo Lima | ||
Terceira Divisão | Desconhecido | ||||||
Bahia | Primeira Divisão | 1 de maio de 1930 | Ypiranga | 16 — 0 | Democrata | ||
Segunda Divisão | 9 de julho de 2023 | UNIRB | 9 — 0 | Leônico | Arena Cajueiro | ||
Terceira Divisão | 5 de novembro de 2000 | Itapetinga | 11 — 1 | Renascente | Primavera | ||
Ceará | Primeira Divisão | 1919 | Bangu | 16 — 0 | Hespéria | ||
Segunda Divisão | 10 de junho de 2004 | América | 0 — 10 | Uruburetama | Antony Costa | ||
21 de fevereiro de 2016 | Ferroviário | 10 — 0 | Campo Grande | Presidente Vargas | [52] | ||
Terceira Divisão | 27 de setembro de 2009 | Pacajuense | 19 — 1 | Aliança Atlética | Assis Benício | ||
Distrito Federal | Primeira Divisão | 30 de julho de 1961 | Rabello | 12 — 0 | Sobradinho | Paulo Linhares | |
Segunda Divisão | 3 de outubro de 2021 | ARUC | 10 — 0 | Bolamense | Defelê | ||
Terceira Divisão | 24 de outubro de 2006 | Legião | 12 — 0 | Bosque | Mané Garrincha | ||
Espírito Santo | Primeira Divisão | 10 de fevereiro de 2010 | Espírito Santo | 2 — 14 [nota 7] | Rio Branco | Sumaré | |
Segunda Divisão | 29 de junho de 2002 | CTE Colatina | 8 — 1 | Riachuelo | Justiniano de Melo e Silva | ||
9 de abril de 2016 | Castelo | 7 — 0 | ESSE | Emílio Nemer | |||
Antigo Rio de Janeiro | Primeira Divisão | 4 de março de 1944 | Petropolitano | 14 — 4 | Portela | Carlos Guinle | |
13 de dezembro de 1942 | Fluminense | 11 — 1 | Cordeiro | ||||
Segunda Divisão | 12 de novembro de 1978 | Rio das Ostras | 0 — 5 | Costeira | |||
Goiás | Primeira Divisão | 12 de setembro de 1948 | Atlético | 14 — 0 | Botafogo | ||
Segunda Divisão | 10 de junho de 2004 | Goiânia | 10 — 0 | América | Pedro Ludovico | ||
Terceira Divisão | 9 de novembro de 2008 | Inhumas | 12 — 1 | Monte Cristo | Zico Brandão | ||
Maranhão | Primeira Divisão | 2 de setembro de 1934 | Sampaio Corrêa | 20 — 0 | Santos Dumont | ||
Segunda Divisão | 23 de novembro de 2008 | JV Lideral | 6 — 0 [nota 8] | Urbano Santos | Walter Lira | ||
Mato Grosso | Primeira Divisão | 7 de novembro de 1943 | Dom Bosco | 15 — 1 | Estado Novo | ||
9 de julho de 1980 | Mixto | 14 — 0 | Humaitá | ||||
21 de março de 2010 | Cáceres | 0 — 14 | Sorriso | Geraldão | |||
Segunda Divisão | 20 de agosto de 2009 | Mixto | 14 — 0 | Tangará | Dutrinha | ||
Terceira Divisão | 23 de agosto de 2008 | Sorriso | 8 — 1 | Vera | |||
17 de agosto de 2008 | Matupá | 7 — 0 | Guarantã do Norte | ||||
26 de outubro de 2008 | Água Boa | 7 — 0 | Porto Alegre do Norte | ||||
Mato Grosso do Sul | Primeira Divisão | 5 de novembro de 1980 | Operário | 11 — 0 | Taveirópolis | Morenão | |
Segunda Divisão | 15 de setembro de 2012 | Corumbaense | 23 — 1 | Coxim | Arthur Marinho | [53] | |
Terceira Divisão | 3 de agosto de 2008 | Nova Andradina | 7 — 0 | Alcinópolis | Andradão | ||
Minas Gerais | Primeira Divisão | 17 de junho de 1928 | Palestra Itália | 14 — 0 | Alves Nogueira | Estádio do Barro Preto | |
29 de julho de 1928 | América | 14 — 0 | Palmeiras | ||||
Segunda Divisão | 31 de julho de 1932 | Tupy | 10 — 0 | Montes Claros | |||
Terceira Divisão | 11 de setembro de 2016 | Arsenal | 0 — 9 [nota 9] | Coimbra | Arena do Jacaré | ||
Pará | Primeira Divisão | 11 de junho de 1922 | Paysandu | 17 — 0 | Panther FC | Curuzu | |
Segunda Divisão | 25 de outubro de 2015 | Águia de Marabá | 12 — 1 | Tiradentes | Zinho de Oliveira | ||
Paraíba | Primeira Divisão | 1 de junho de 1941 | Botafogo | 16 — 1 | Sport | ||
24 de agosto de 1941 | Treze | 15 — 0 | Sport | ||||
Segunda Divisão | 27 de junho de 2009 | Perilima | 1 — 9 | Atlético Cajazeirense | Amigão | ||
17 de maio de 2009 | Cruzeiro | 8 — 0 | Perilima | José Cavalcanti | |||
21 de julho de 2012 | Sport Campina | 0 — 8 | Desportiva Guarabira | Amigão | |||
26 de setembro de 2018 | Queimadense | 0 — 8 | Perilima | Romerão | [54] | ||
Terceira Divisão | 17 de Novembro de 2021 | Paraíba | 5 — 0 | Santos-PB | Zezão | ||
Paraná | Primeira Divisão | 7 de setembro de 1931 | Palestra Itália | 16 — 0 | Paranaense | ||
Segunda Divisão | 30 de março de 2000 | Cataratas | 19 — 0 | Real Beltronense | Estádio do ABC | ||
Terceira Divisão | 15 de julho de 2001 | Roma Apucarana | 10 — 0 | Tamandaré | Bom Jesus da Lapa | ||
Quarta Divisão | 28 de outubro de 2001 | Dois Vizinhos | 7 — 0 | Quatro Barras | Frederico Galvão | ||
Pernambuco | Primeira Divisão | 1 de julho de 1945 | Náutico | 21 — 3 | Flamengo | Aflitos | [55] |
Segunda Divisão | 11 de maio de 2003 | Petrolândia | 0 — 9 | Serrano | Galegão | ||
15 de setembro de 2013 | Araripina | 9 — 0 | Flamengo | Chapadão do Araripe | |||
4 de outubro de 2017 | Ferroviário do Cabo | 0 — 9 | Cabense | Gileno de Carli | |||
Terceira Divisão | 14 de maio de 2000 | Comercial | 5 — 0 | Nacional | |||
Piauí | Primeira Divisão | 18 de dezembro de 1960 | Botafogo | 14 — 3 | Rio Negro | ||
20 de novembro de 1960 | Auto Esporte | 12 — 1 | Santa Cruz | Lindolfo Monteiro | |||
2 de outubro de 1960 | Flamengo | 11 — 0 | Santa Cruz | ||||
Segunda Divisão | 21 de novembro de 2015 | Altos | 6 — 0 | Comercial | Felipão | ||
Rio de Janeiro | Primeira Divisão | 30 de maio de 1909 | Botafogo | 24 — 0 | Mangueira | Voluntários da Pátria | [56] |
Segunda Divisão | 5 de novembro de 1933 | São Christóvão | 14 — 0 | Édison | Figueira de Melo | ||
Terceira Divisão | 13 de março de 2011 | Duquecaxiense | 13 — 0 | Futuro Bem Próximo | Maracanãzinho | ||
Quarta Divisão | 15 de outubro de 2017 | 7 de Abril | 8 — 0 | Riostense | Los Larios | ||
Quinta Divisão | 11 de julho de 2021 | Belford Roxo | 9 — 0 | Bela Vista | CFZ | ||
Rio Grande do Norte | Primeira Divisão | 1 de dezembro de 1944 | Santa Cruz | 13 — 0 | Atlético Potiguar | ||
Segunda Divisão | 6 de agosto de 2005 | Macau | 9 — 0 | Universal | Walter Bichão | ||
Rio Grande do Sul | Primeira Divisão | 23 de maio de 1976 | Internacional | 14 — 0 | Ferro Carril | Beira-Rio | |
Segunda Divisão | 13 de junho de 1985 | Santa Cruz | 11 — 0 | Encantado | Plátanos | ||
Terceira Divisão | 31 de maio de 2015 | Garibaldi | 0 — 8 | Palmeirense | Alcides Santa Rosa | ||
1 de maio de 2016 | Sapucaiense | 0 — 8 | Guarany | Cristo Rei | |||
4 de maio de 2016 | Sapucaiense | 0 — 8 | Rio Grande | Cristo Rei | |||
Rondônia | Primeira Divisão | 14 de maio de 2006 | Ulbra Ji-Paraná | 21 — 0 | Shallon | Biancão | [57] |
Segunda Divisão | 25 de setembro de 2005 | Ulbra Ji-Paraná | 17 — 1 | Operário | Biancão | ||
Roraima | Primeira Divisão | 20 de abril de 2002 | Atlético Roraima | 16 — 1 | Progresso | Canarinho | |
Santa Catarina | Primeira Divisão | 20 de janeiro de 1963 | Metropol | 12 — 1 | Flamengo | Euvaldo Lodi | |
Segunda Divisão | 5 de junho de 2015 | Juventus | 9 — 0 | Blumenau | Victório Pierozan | ||
Terceira Divisão | 12 de setembro de 2013 | Pinheiros | 14 — 0 | Maga | Estádio Domingos Silveira Gonzales | ||
16 de setembro de 2018 | Próspera | 14 — 0 | Curitibanos | Mário Balsini | |||
São Paulo | Primeira Divisão | 16 de maio de 1920 | A.A. das Palmeiras | 0 — 12 | Paulistano | Chácara da Floresta | [58] |
Segunda Divisão | 12 de dezembro de 1955 | Ferroviária | 15 — 1 | Velo Clube | Fonte Luminosa | [59] | |
Terceira Divisão | 9 de novembro de 1986 | Descalvadense | 15 — 1 | Estrela da Bela Vista | Felisberto Bortoletto | ||
Quarta Divisão | 16 de agosto de 2015 | Grêmio Mauaense | 14 — 2 | ECUS | Pedro Benedetti | [60] | |
Quinta Divisão | 18 de abril de 1999 | Flamengo | 10 — 0 | Jacareí | Ninho do Corvo | ||
Sexta Divisão | 25 de agosto de 2002 | Grêmio Barueri | 9 — 0 | Gazeta | Vila Porto | ||
Sergipe | Primeira Divisão | 6 de junho de 1996 | Sergipe | 14 — 0 | Propriá | João Hora | |
Segunda Divisão | 23 de outubro de 2011 | Neópolis | 12 — 0 | Canindé | Velho Chico | ||
Tocantins | Primeira Divisão | 12 de março de 2022 | Tocantinópolis | 13 — 1 | Tocantins | Ribeirão | [61] |
Segunda Divisão | 7 de novembro de 2015 | Tocantins | 13 — 0 | Nova Conquista | Castanheirão |
Jogadores com mais títulos editar
# | Jogadores | NT | NC | NE | NR | Estaduais | APT | AUT | Tempo |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1º | Quaretinha | 12 | 1 | 1 | 1 | PA (12) | 1956 (PA) | 1972 (PA) | 16 anos |
Givanildo Oliveira | 12 | 4 | 3 | 2 | PE (10), RJ, SP | 1969 (PE) | 1982 (PE) | 13 anos | |
Durval | 12 | 5 | 5 | 4 | DF, PA, PB, PE (6), SP (3) | 2003 (PB) | 2017 (PE) | 14 anos | |
Jorge Henrique de Souza | 12 | 8 | 8 | 4 | CE, DF, PE (3), PR, RJ, RS (2), SC e SP (2) | 2001 (PE) | 2021 (SC) | 20 anos | |
5º | Quarenta | 10 | 1 | 1 | 1 | PA (10) | 1928 (PA) | 1945 (PA) | 17 anos |
Fontes:[62][63][64][65][66][67][68] |
NT = número de títulos; NC = número de clubes; NE = número de estados; NR = número de regiões; APT = ano primeiro título; AUT = ano último título.
Por times:
- Quarentinha: Paysandu (12), maior campeão por um mesmo estado e mesmo clube;[64]
- Givanildo: Santa Cruz (7), Sport (3), Corinthians, Fluminense;
- Durval: Sport (6), Santos (3), Athletico Paranaense, Botafogo-PB, Brasiliense. Venceu 10 vezes em 10 anos, de 2003 a 2012 (o que inclui um tetracampeonato com o Sport e um tri com o Santos);[69]
- Jorge Henrique: Náutico (3), Corinthians (2), Athletico Paranaense, Brasiliense, Ceará, Figueirense, Internacional, Vasco da Gama. Venceu ainda um Mineiro - Segunda Divisão (terceiro nível estadual), em 2022, pelo North EC;
- Quarenta: Paysandu (10).
Treinadores com mais títulos editar
# | Treinadores | NT | NC | NE | NR | Estaduais | APT | AUT | Tempo |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1º | Givanildo Oliveira | 19 | 10 | 6 | 3 | AL (2), BA, CE (2), MG, PA (8), PE (5) | 1986 (AL) | 2018 (PA) | 32 anos |
2º | Maurício Simões | 14 | 6 | 4 | 1 | MA, PB (3), PI (3), SE (7) | 1994 (PI) | 2008 (SE) | 14 anos |
Vanderlei Luxemburgo | 14 | 9 | 5 | 2 | ES, MG (2), PE, RJ, SP (9) | 1983 (ES) | 2020 (SP) | 37 anos | |
4º | Ferdinando Teixeira | 13 | 4 | 2 | 1 | CE (2), RN (11) | 1984 (RN) | 2008 (RN) | 24 anos |
5º | Hélio dos Anjos | 12 | 6 | 4 | 3 | BA, GO (5), PA (2), PE (4) | 1992 (BA) | 2021 (PE) | 29 anos |
Fontes:[65][70][71][72] |
NT = número de títulos; NC = número de clubes; NE = número de estados; NR = número de regiões; APT = ano primeiro título; AUT = ano último título.
Por times:
- Givanildo: Paysandu (5), Sport (4), Remo (3), CRB, CSA, América-MG, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Vitória;
- Maurício Simões: Confiança (4), Picos (3), Sergipe (3), Treze (2), Campinense, Maranhão;
- Vanderlei: Palmeiras (5), Santos (2), Atlético-MG, Bragantino, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Rio branco, Sport;
- Ferdinando Teixeira: ABC (5), América-RN (4), Alecrim (2), Fortaleza (2). Venceu ainda um Alagoano Segunda Divisão, em 2005, pelo CSA;
- Hélio dos Anjos: Goiás (5), Sport (3), Naútico, Paysandu, Remo, Vitória. Venceu ainda um Paulista - Série A2, em 2023, pela Ponte Preta;
Givanildo e Vanderlei empatam em títulos no século XXI (9). Givanildo venceu por mais times diferentes neste século (8).[73]
Conquistas como jogador: Givanildo: 12 (sub-título acima), sendo o maior campeão geral (como jogador e treinador: 31 taças); Vanderlei Luxemburgo: 3 Cariocas (pelo Flamengo); Hélio dos Anjos: 5 (RJ: 3, pelo Flamengo; SC: 2, pelo Joinville).
Ver também editar
Notas e referências
Notas
- ↑ 1978.
- ↑ a b c d e Esses campeonatos começaram no mesmo ano, mas:
- o Campeonato Fluminense começou no dia 2 de maio;
- o Campeonato Paranaense começou no dia 23 de maio;
- o Campeonato Mineiro começou no dia 4 de julho;
- o Campeonato Pernambucano começou no dia 1º de agosto;
- e o Campeonato Cearense começou em uma data indeterminada, provavelmente depois dos campeonatos Mineiro e Pernambucano.
- ↑ A última edição, em 1978, possuiu seis times.
- ↑ a b c A federação considera apenas a fase profissional.
- ↑ Os números do Campeonato Fluminense não são considerados para esta coluna.
- ↑ A partida válida pelo Campeonato de 1944
- ↑ Em 1919, o Vitória venceu o Moscoso por 19 a 0, porém, como ambas as equipes desistiram, essa partida foi cancelada
- ↑ Em 2009, o Viana venceu o Chapadinha por 11 a 0, porém, devido a uma suspeita de manipulação de resultado, o jogo foi cancelado.
- ↑ Em 2016, o Itaúna (representado pelo Guarani de Conselheiro Lafaiete) venceu o Venda Nova por 11 a 0, porém, devido ao Itaúna ser eliminado da competição por não registrar seus jogadores, essa partida foi cancelada.
Referências
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